Inicio > To Love-Ru Darkness 3: Onde as Estrelas se Dissolvem
To Love-Ru Darkness 3: Onde as Estrelas se Dissolvem
Escrita por: Matheus Leandro (Magnatah)
Capítulo 36 - O Evangelho da Brincalhona Sedutora
Rito soltou um suspiro, frustração e resignação misturadas. "Vamos..." Ele concordou, levantando-se finalmente da cama, a coberta ainda firmemente presa. A manhã fora um turbilhão, revelando segredos, despertando desejos e testando limites. O plano de Momo avançara de forma explosiva, mas o caminho a seguir, sob a luz clara do dia e os olhares mais conhecedores de Mikan, prometia ser ainda mais complexo. O "Modo Dourado" talvez tivesse passado, mas as sementes plantadas naquela manhã caótica germinariam, mudando para sempre a dinâmica do lar dos Yuuki.
\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\
Rito e as garotas (Lala, Momo e Nana) Tomaram o café da manhã, se arrumaram e foram para a escola. A caminho para a escola Sainan, Rito estava pensativo: "Se Mikan não tivesse chegado a situação iria sair do controle... se bem que já tinha saido." Ele coçou a cabeça. "Só que meu problema ainda não foi resolvido... Eu to sentindo um desejo gigantesco de fazer aquilo com elas de novo... Preciso me acalmar, se não algo ruim pode acontecer hoje." O coração de Rito era um tambor em seu peito.
"Rito! RITO!" Nana gritou, agitando os braços para chamar sua atenção.
"Desculpe, Nana... Eu estava distraído." Rito se desculpou, seus olhos encontrando os dela - aqueles profundos olhos violeta que sempre o deixavam sem fôlego.
"Não esqueça que a Momioka vai se confessar para você hoje!" Nana exclamou, apontando um dedo acusatório, como se ele fosse capaz de se esquecer de algo tão importante.
"Rito, boa sorte!" Lala disse, seu rosto iluminado por um sorriso radiante, cheio de confiança nele.
"Mais uma bela adição, Rito-san~! Você está mesmo virando um verdadeiro rei de harém!" Momo provocou, piscando maliciosamente enquanto o observava com um olhar cheio de diversão.
Rito inadvertidamente deixou seu olhar pousar sobre os seios fartos de Momo por um breve instante. Quando percebeu o que fizera, virou o rosto às pressas, com um leve rubor nas orelhas.
Momo, é claro, notara tudo. "Rito-san~" Cantou ela, aproximando-se com passos felinos. Seus olhos semicerrados brilhavam de divertimento. "Estava admirando meus seios? Tá difícil se controlar hoje, não é?"
Rito engoliu seco, sentindo o calor se espalhar por seu pescoço. "S-sim... Não estou conseguindo me controlar direito, não sei por quê." Confessou, as mãos suando. "Meu coração dispara, meu corpo fica quente... Quando olho para vocês, meus olhos simplesmente... agem por conta própria. Desculpe."
Momo riu, um som musical e acolhedor. "Rito-san~" Murmurou, afagando seu rosto. "Por que se desculpar? Pergunta se alguma de nós se importa em ser admirada por quem amamos." Seus olhos brilharam intensamente. "Ser desejada por você é... maravilhoso."
Nana, com as bochechas cor de cereja, torceu as pontas do blusa. "C-concordo com a Momo..." Gaguejou, a voz sumindo como fumaça. "N-não me importo se... se você olhar um pouquinho..."
Lala, sempre direta, abraçou Rito com entusiasmo, esmagando seu rosto contra seus seios. "Pode olhar o quanto quiser!" Declarou, radiante.
Rito sentiu um peso se desprender de seus ombros. "Obrigado, garotas..." Murmurou, afundando no abraço de Lala enquanto um sorriso tímido lhe tomava o rosto.
//////////
Escola Sainan...
Chegando na escola, eles foram para a sala de aula, cumprimentaram seus amigos e foram para seus lugares.
Nana falou para Mea que iria começar a se sentar do lado de Rito, ela não perguntou o motivo apenas concordou, até porque Mea tambem queria se sentar perto de Rito.
//////////
O sol da manhã filtrado pelas janelas da Escola Sainan iluminava Rito Yuuki de uma maneira que chamava atenção. Ele não era mais o adolescente desengonçado e tímido de outrora. Seus ombros preenchiam o novo uniforme com uma definição muscular visível, seus movimentos eram mais seguros, e uma serenidade confiante substituíra boa parte de sua antiga hesitação. A maior transformação, porém, era interna: ele havia aceitado o audacioso "Plano Harém" arquitetado por Momo. Um plano que já incluía: Lala, Momo, Nana e Mikan, enquanto todas as outras garotas permaneciam completamente alheias.
Rito revisava anotações quando um toque suave em seu ombro o fez virar. Risa Momioka estava ali, seus grandes olhos castanho-escuros fixos nele com uma intensidade incomum. Seu rosto estava levemente corado e ela mordia o lábio inferior nervosamente, muito diferente da Risa provocativa de sempre.
"Yuuki-kun." Sussurrou, com a voz mais suave que o habitual. "P-Pode vir comigo um instante? É rapidinho."
Nada surpreso, Rito assentiu. "Claro, Momioka."
Risa o guiou para um canto isolado perto das janelas. O coração dela parecia querer saltar do peito. "É sobre o intervalo." Começou, evitando seu olhar. "Você... poderia me encontrar no telhado? Na hora do intervalo? Tem algo muito importante que preciso te dizer... em particular."
Rito manteve a calma, ele já tinha sido avisado por Nana sobre o que ela contara. A seriedade de Risa era palpável. "O telhado, no intervalo? Está bem. Eu vou."
Os pensamentos negativos que apertavam o coração de Risa desfizeram-se como névoa ao amanhecer. Um sorriso radiante e aliviado iluminou o rosto de Risa. "Obrigada, Yuuki-kun! Não se atrase!" Com um último olhar intenso, ela se afastou, deixando Rito a ponderar sobre o peso daquela reunião e como revelar o segredo que mantinha.
Haruna, Yui e Mio ficaram olhando para Rito e Risa conversando, elas já tinham uma ideia do que Risa estava falando para Rito, já que a mesma já tinha falado que iria se confessar para ele na cafeteria onde Mio trabalha (Risa, Mio, Haruna, Yui e Nana estavam na cafeteria nesse dia), isso foi há algumas semanas atrás.
Haruna levou a mão ao peito ao vê-los conversando. Seu coração contraiu-se como se apertado por uma mão invisível, e uma urgência selvagem de correr e interromper aquela cena queimava em suas veias. Mas então lembrou - Risa era uma de suas melhores amigas. Machucá-la estava fora de questão.Nana falou para Mea que iria começar a se sentar do lado de Rito, ela não perguntou o motivo apenas concordou, até porque Mea tambem queria se sentar perto de Rito.
//////////
O sol da manhã filtrado pelas janelas da Escola Sainan iluminava Rito Yuuki de uma maneira que chamava atenção. Ele não era mais o adolescente desengonçado e tímido de outrora. Seus ombros preenchiam o novo uniforme com uma definição muscular visível, seus movimentos eram mais seguros, e uma serenidade confiante substituíra boa parte de sua antiga hesitação. A maior transformação, porém, era interna: ele havia aceitado o audacioso "Plano Harém" arquitetado por Momo. Um plano que já incluía: Lala, Momo, Nana e Mikan, enquanto todas as outras garotas permaneciam completamente alheias.
Rito revisava anotações quando um toque suave em seu ombro o fez virar. Risa Momioka estava ali, seus grandes olhos castanho-escuros fixos nele com uma intensidade incomum. Seu rosto estava levemente corado e ela mordia o lábio inferior nervosamente, muito diferente da Risa provocativa de sempre.
"Yuuki-kun." Sussurrou, com a voz mais suave que o habitual. "P-Pode vir comigo um instante? É rapidinho."
Nada surpreso, Rito assentiu. "Claro, Momioka."
Risa o guiou para um canto isolado perto das janelas. O coração dela parecia querer saltar do peito. "É sobre o intervalo." Começou, evitando seu olhar. "Você... poderia me encontrar no telhado? Na hora do intervalo? Tem algo muito importante que preciso te dizer... em particular."
Rito manteve a calma, ele já tinha sido avisado por Nana sobre o que ela contara. A seriedade de Risa era palpável. "O telhado, no intervalo? Está bem. Eu vou."
Os pensamentos negativos que apertavam o coração de Risa desfizeram-se como névoa ao amanhecer. Um sorriso radiante e aliviado iluminou o rosto de Risa. "Obrigada, Yuuki-kun! Não se atrase!" Com um último olhar intenso, ela se afastou, deixando Rito a ponderar sobre o peso daquela reunião e como revelar o segredo que mantinha.
Haruna, Yui e Mio ficaram olhando para Rito e Risa conversando, elas já tinham uma ideia do que Risa estava falando para Rito, já que a mesma já tinha falado que iria se confessar para ele na cafeteria onde Mio trabalha (Risa, Mio, Haruna, Yui e Nana estavam na cafeteria nesse dia), isso foi há algumas semanas atrás.
Seus olhos encheram-se de lágrimas que teimavam em escapar, mas ela cerrou as pálpebras com força, engolindo o nó na garganta. Com um gesto discreto, passou os dedos sob os olhos antes que qualquer traição emocional pudesse ser notada.
Do lado oposto, Yui mordiscou o lábio inferior. "Que indecentes!" Murmurou, voz carregada de desdém. Mas por trás da máscara de indiferença, sua mente era um turbilhão: "Ela vai mesmo se confessar? hoje? O que eu devo fazer?" Com um movimento brusco, virou o rosto para o horizonte, fingindo um súbito interesse pelas nuvens que se acumulavam no céu.
Mea, sempre atenta, captou imediatamente a troca de olhares. Seus olhos estreitaram enquanto um brilho curioso acendia neles - estava oficialmente no Modo Detetive.
"Nana-chaaan~" Cantarolou Mea, aproximando-se como um gato farejando sua presa. "Por que será que você estava sorrindo tão fofo para o nosso senpai, hein?"
"Q-quem?! Eu?!" Nana esticou o pescoço como uma galinha assustada, suas bochechas ganhando um tom rosado. "D-doida! Eu jamais sorriria para aquele bobo!"
Do outro lado da sala, Yami disfarçadamente abaixou seu livro alguns centímetros. Seus olhos ávidos saltavam entre as garotas sobre a capa da obra, enquanto suas orelhas se erguiam, captando cada sílaba da conversa.
Enquanto isso, Rito, alheio ao burburinho que causara, simplesmente retornou ao seu lugar e se acomodou na cadeira, completamente inconsciente do pequeno terremoto emocional que deixara em seu rastro.
"Bobo? normalmente você chama o senpai de: 'animal', 'idiota' e 'besta', mas agora é só 'bobo'? o que aconteceu? não vai me dizer que você está gostando do senpai?" Brincou Mea rindo dando um tapinha em Nana.
Rito estava completamente absorto em seus próprios problemas. Dois pensamentos o atormentavam: a ansiedade pela iminente confissão de Risa e... aquela reação inconveniente em suas calças, desencadeada pelo suave perfume dela. "Controle-se, idiota! Se entrar no 'modo dourado' aqui na escola, será desastroso e humilhante!" Com os dentes cerrados, suas mãos se agarraram à mesa com força desesperada, os nós dos dedos ficando brancos pela pressão.
Mea ficou com os olhos arregalados como pratos, sua boca formando um perfeito "O" de espanto. "SÉRIO?! Você-"
"Shhh!" Nana interrompeu, cobrindo a boca de Mea com as mãos. "Mais tarde eu conto tudo" Murmurou, tão baixo que quase parecia um pensamento.
A curiosidade de Yami estava a ponto de explodir. Por mais que esticasse suas orelhas, não conseguiu captar uma só palavra.
CLACK!
O som da mesa de Rito se partindo ao meio ecoou pela sala.
"E-Eh, essa mesa estava mesmo muito velha!" Ele gaguejou, tentando disfarçar enquanto observava os pedaços de madeira em suas mãos.
Yami e Mea trocaram um olhar perspicaz. Ambas sabiam perfeitamente que aquilo fora pura força bruta - e a revelação as deixou fascinadas.
"Rito-Senpai está se tornando cada vez mais... interessante" Pensou Mea, enrolando uma trança nos dedos enquanto observava Rito com renovado interesse.
//////////
No Telhado - Hora do Intervalo...
O vento brincava com o cabelo loiro e a saia de Risa enquanto ela esperava, encostada no parapeito. Ao ouvir a porta se abrir, ela se virou, o rosto novamente ruborizado.
"Yuuki-kun! Você veio!"
"Disse que viria." Rito respondeu, fechando a porta. O sol destacava sua silhueta mais definida. "O que queria me dizer?" Ele perguntou fingindo não saber.
Risa respirou fundo, fechou os olhos por um segundo e encarou Rito com determinação. "Rito... eu preciso te dizer isso há tanto tempo. Eu... eu gosto de você! Mais do que só como amigo!" A confissão saiu em um sopro, carregada de alívio e medo.
Rito não pareceu surpreso, apenas profundamente atento. Seus olhos mantiveram o contato com os dela. "Desde quando, Momioka-san?" perguntou, sua voz suave mas direta. "Desde quando você sente isso?"
Risa ficou surpresa com a pergunta, mas encorajada pelo interesse genuíno. "É... uma história meio embaraçosa. Mas... se você quer saber..." Ela fechou os olhos, mergulhando na memória.
//////////
Flashback da Risa...
Um mês se passara desde que a princesa alienígena Lala Satalin Deviluke transferira-se para a Escola Sainan, agitando a rotina de todos - especialmente a de Rito Yuuki -, mas naquele dia, algo muito mais pessoal estava prestes a sacudir o mundo de Risa Momioka.
O toque do almoço ecoou pelo corredor da Escola Sainan, liberando uma enxurrada de alunos famintos. Risa Momioka, normalmente o centro das atenções com sua risada contagiante e passos saltitantes, seguia um pouco mais devagar hoje. Estava absorta em pensamentos sobre a prova de matemática que acabara de fazer quando vozes masculinas, ásperas e carregadas de uma familiaridade desagradável, cortaram o burburinho.
"- Aquela Risa Momioka, hein? Aquele corpão não é brincadeira. Deve dar mole pra todo mundo, fácil assim."
Risa congelou. O sangue pareceu parar nas suas veias por um instante antes de voltar a correr, quente e furioso. Ela recuou rapidamente, escondendo-se atrás da esquina de uma parede de concreto, o coração batendo forte contra as costelas.
"- Fácil mesmo, tá sempre mostrando, provocando. Aposto que é do tipo que adora um rolo rápido, sabe? Aquelas coisas..."
Os termos obscenos que seguiram foram como facadas. Cada palavra era um insulto ao seu jeito de ser, uma distorção grosseira da sua personalidade alegre e descontraída. Risa apertou as mãos com tanta força que as unhas cavaram sulcos vermelhos nas palmas. Os olhos, normalmente cheios de luz e brincadeira, estreitaram-se em fendas perigosas, um turbilhão de raiva, vergonha e uma ferida profunda agitando-se dentro dela. Quase... quase saiu de trás da parede para enfrentá-los, a língua afiada pronta para retaliar. Mas algo a prendeu no lugar - uma onda súbita de vulnerabilidade que a deixou tremula.
Foi então que outra voz surgiu. Suave, normalmente hesitante, mas agora carregada de uma firmeza inesperada.
"Parem com isso!"
Risa arfou, reconhecendo a voz imediatamente. Rito?
"O que vocês estão dizendo está completamente errado!" A voz de Rito Yuuki continuou, mais forte do que ela jamais ouvira. "A Momioka não é nada disso que vocês estão falando!"
Um silêncio pesado pairou no corredor. Risa podia quase visualizar a cena: Rito, provavelmente um pouco corado, mas de pé firme diante dos valentões, seus olhos gentis agora sérios.
"Ela... ela é brincalhona, sim. Gosta de zoar, de provocar às vezes." Rito admitiu, sua voz perdendo um pouco da força inicial, mas mantendo a convicção. "Mas é só a maneira dela de ser! É como ela se relaciona, como ela faz as pessoas rirem! Não significa nada daquilo que vocês insinuaram!"
Risa sentiu um calor estranho subir pelo pescoço, misturando-se à raiva que ainda a consumia. Ela se inclinou um pouco mais para ouvir.
"Por trás de tudo isso, ela é uma garota incrível!" Rito prosseguiu, seu tom se aquecendo com um fervor defensivo. "Ela se importa profundamente com as amigas! Está sempre ajudando, sempre apoiando. Se alguém está triste ou com problemas, a Risa é uma das primeiras a perceber e a fazer algo para animar. Ela tem um coração enorme, e vocês estão... estão cuspindo nele com essas palavras horríveis! Parem agora e deixem ela em paz!"
O silêncio que se seguiu foi absoluto. Risa mal conseguia respirar. A raiva que a consumia momentos antes começou a se transformar. Não desapareceu, mas foi envolvida por algo novo, algo quente e tremulante que nasceu bem no fundo do seu peito. As mãos, antes cerradas em punhos de fúria, relaxaram ligeiramente. Os insultos dos garotos pareciam ter se dissipado no ar, substituídos pelas palavras de Rito, que ecoavam em sua mente com uma clareza cristalina.
"Uma garota incrível... se importa profundamente... coração enorme..."
Era ela que ele estava descrevendo? A Risa Momioka, a palhaça, a provocadora? Sim, era. E ele falava com tanta convicção, com uma honestidade que desarmava qualquer dúvida.
Os passos dos garotos se afastaram rapidamente, murmurando algo inaudível, claramente intimidados pela rara demonstração de coragem de Rito. Risa permaneceu imóvel atrás da parede, ouvindo os passos de Rito hesitarem por um momento antes de também seguirem caminho, provavelmente rumo ao refeitório.
Só então ela se permitiu soltar o ar que estava prendendo. Lentamente, saiu do seu esconderijo. O corredor estava vazio agora. Ela olhou para as marcas vermelhas que suas próprias unhas haviam deixado nas palmas das mãos. A raiva ainda estava lá, um carvão quente, mas sobre ele, como uma primeira flor frágil brotando em terreno devastado, havia um sentimento completamente novo.
Um calor diferente inundou seu rosto. Não era mais só vergonha ou raiva. Era... um choque? Uma descoberta? Um reconhecimento?
Quando exatamente aquela sensação estranha e agradável no peito havia começado? Talvez tivesse estado lá o tempo todo, disfarçada de brincadeira, de proximidade fácil. Mas naquele exato momento, ouvindo Yuuki Rito, o garoto mais desastrado e gentil que ela conhecia, defendê-la com tanta paixão e verdade, algo clicou.
Risa levou uma mão ao peito, sentindo o coração acelerado por um motivo totalmente diferente. Um pequeno sorriso, hesitante e totalmente diferente de suas expressões usuais, brincou em seus lábios.
"Yuuki..." Ela sussurrou o nome para o corredor vazio, testando o som. O calor no rosto intensificou-se.
O almoço podia esperar. Risa precisava de um momento. Um momento para processar a fúria. Mas, mais importante, um momento para entender esse novo e estranho turbilhão no seu coração que, subitamente, parecia ter encontrado um nome, um rosto desastrado e um par de olhos sinceros que a viam muito além da imagem que os outros projetavam. O caminho até o refeitório parecia muito mais longo, e o mundo, definitivamente, um pouco diferente.
//////////
O cenário mental de Risa se dissolveu, voltando ao telhado ensolarado. Ela abriu os olhos, um sorriso tímido nos lábios.
"... e foi naquele dia." Concluiu, a voz emocionada. "Que eu percebi que era muito mais que amizade. Você me ajudou sem esperar nada em troca. Apenas sendo você. O Rito gentil que faz qualquer coisa por quem precisa." Ela olhou para baixo, envergonhada. "Parece bobo, né?"
"Simples?" Rito replicou, surpreso. "Eu nem lembrava direito. Foi algo natural. Que qualquer amigo faria."
"Mas foi você quem fez!" Risa insistiu. "E foi como você fez! Sem alarde. E ver você ser assim com todo mundo... só fez meus sentimentos crescerem. Você é especial, Rito."
Rito ficou em silêncio, comovido. A humildade de que um ato tão simples tivesse causado tanto impacto reforçou sua decisão. "Obrigado por me contar, Risa. Obrigado por confiar em mim." Ele respirou fundo, o momento decisivo chegando. "Mas... antes de te dar uma resposta... preciso te contar algo crucial. Se, mesmo depois de saber, você ainda concordar... então minha resposta será 'sim'."
Risa franziu a testa, apreensiva. "A-Algo crucial? O que é?"
Rito olhou-a nos olhos, sério e aberto. "É sobre como decidi lidar com os sentimentos das pessoas importantes para mim. Você conhece a Momo, certo?"
"Claro! A Momo-chan é uma fofa!" Risa respondeu, confusa.
"Ela... arquitetou um plano." Rito continuou, as palavras saindo com dificuldade, mas sem hesitação. "O 'Plano Harém'. Ela acredita - e eu concordei - que a única forma de eu ser feliz e não machucar nenhuma das garotas incríveis que amo... incluindo você... é ter um relacionamento com todas. Simultaneamente. Um harém."
O silêncio foi absoluto. O vento parou. Risa ficou paralisada, olhos arregalados, boca ligeiramente aberta. Choque puro, incredulidade e confusão cruzaram seu rosto expressivo.
"Um... harém?" Ela repetiu,a palavra estranha em seus lábios. "Com... várias garotas? E a Momo-chan!?" Risa balançou a cabeça, tentando processar. "Aquela coisinha fofa, inocente... ela criou esse plano!?"
Rito assentiu, um leve rubor no pescoço. "Sim. Ela é mais perspicaz do que parece. Vê isso como a única solução pacífica. E eu... aceitei. Não quero magoar ninguém escolhendo apenas uma."
Risa ficou em silêncio novamente, seu olhar perdido no horizonte. Rito preparou-se para a rejeição. Então, algo inesperado aconteceu. Um leve sorriso surgiu nos lábios de Risa, crescendo até se tornar uma expressão de surpresa misturada com... diversão.
"Ela... ela é demais!" Risa soltou uma risadinha abafada. "A 'santinha' arquitetando um plano de harém! Isso é incrível!" Seus olhos brilharam ao olhar para Rito. "E você aceitou... para não machucar ninguém?"
"Sim." Rito confirmou, aliviado.
"Então... nesse plano... eu poderia ficar com você? Sem desistir? Sem magoar a Lala?" Perguntou Risa curiosa.
"Sim. Você seria minha amiga, minha n-namorada... e alguém especial ao meu lado. Perto de todas." Afirmou Rito corando levemente.
Risa fechou os olhos por um instante. Quando os abriu, havia decisão e um brilho travesso. "Sabe? É a coisa mais maluca que já ouvi." Deu um passo à frente. "Mas... se é o único jeito de ficar ao seu lado, de te beijar... e manter minhas amigas... então eu aceito!" Seu sorriso foi radiante. "Além do mais." Acrescentou, provocante. "Promete ser muito divertido!"
Alívio e alegria inundaram Rito. Ele a puxou para um abraço forte. "Risa... obrigado! Obrigado por entender!"
Risa riu, abraçando-o de volta. "Idiota! Como eu poderia dizer não?" Afastou-se o suficiente para olhar em seus olhos. "Você disse 'sim' se eu concordasse... então?"
Rito sorriu, um sorriso lindo e sincero. Segurou suas mãos, entrelaçando os dedos. "Risa Momioka." Começou, voz ganhando uma suavidade profunda. "Você trouxe luz e risadas para minha vida. Saber que você gosta de mim... me enche de felicidade." Apertou suas mãos. "Você é corajosa, vibrante e incrivelmente especial. E agora, sabendo que aceita caminhar comigo nesse caminho... não há nada que eu queira mais." Inclinou-se, seus olhos cheios de promessa. "Risa, você faria a honra de namorar comigo? De ser uma das estrelas que iluminam o meu universo, agora e sempre?"
Lágrimas de felicidade se formaram nos olhos de Risa. Tudo o que conseguiu foi balançar a cabeça afirmativamente, um "sim" mudo, enquanto seu sorriso irradiava felicidade.
Rito sorriu. Lentamente, inclinou a cabeça. Risa fechou os olhos, erguendo o rosto. Seus lábios se encontraram em um toque suave, doce, carregado de emoção. Foi um beijo de aceitação, promessa e calor compartilhado.
Quando se separaram, um fio prateado e fino de saliva se formou, conectando seus lábios por um instante hipnótico antes de se romper e cair, pousando suavemente no canto da boca de Rito.
Risa abriu os olhos, ofegante e ruborizada. Seu olhar caiu sobre o pequeno traço prateado na pele dele. Um sorrisinho lento, íntimo e decididamente provocante curvou seus lábios. Sem quebrar o contato visual, ela inclinou a cabeça e passou a ponta da língua, quente e úmida, sobre o ponto onde a saliva havia caído, limpando-o com um movimento deliberadamente sensual.
Rito estremeceu como se levara um choque. Uma onda de calor invadiu-lhe o corpo, incendiando-lhe o rosto num rubor profundo. Todo o desejo acumulado e a provocação daquela manhã condensaram-se num único ponto em sua mente --e então, aconteceu: a mecha rebelde junto ao seu olho direito brilhou com intensidade dourada, pulsando ao ritmo da excitação que o consumia.
"Whoa!" Risa recuou, olhos arregalados de fascínio. "Rito! Seu cabelo! Está brilhando! Dourado! O que é isso!?"
Rito tocou a mecha, sentindo seu calor suave. "Ah... isso... é complicado. Eu explico depois, prometo." Sua voz estava rouca.
O olhar de Risa desviou da mecha brilhante para o rosto de Rito. Ela viu a direção de seus olhos - fixos na curva de seus seios sob o uniforme. A luz dourada ainda pulsava.
Um sorriso malicioso iluminou o rosto de Risa. Ela arqueou as costas ligeiramente. "Gostou do que viu, Yuuki-kun?" Perguntou, voz baixa e carregada de convite. "Quer... apertá-los?"
A pergunta direta, o olhar desafiador e o brilho dourado quebraram a contenção de Rito. Com um grunhido baixo, ele avançou, mãos erguidas, dedos curvados, destinados aos seios de Risa.
Os olhos dela se arregalaram de surpresa genuína. "Ri-Rito!?" Ela exclamou surpresa.
As mãos de Rito estavam a centímetros de tocar Risa quando um barulho metálico estridente cortou o ar. A pesada porta do telhado foi empurrada com força, batendo contra a parede.
Quatro pares de olhos arregalados encaravam a cena: Mio, Nana, Momo (com um sorriso satisfeito) e Mea (pulando de excitação).
Rito no susto voltou ao normal.
Mio e Mea, ruborizadas, e claramente todas haviam ouvido tudo.
"Eh!?" Mio engasgou, rosto vermelho como um tomate, olhando alternadamente entre Risa e Rito. "Harém!? O que diabos...!?"
"Confissão! Beijo! E avanço no plano Harém de Momo! Tudo ao mesmo tempo! Que emocionante!" Mea pulou, olhos brilhando.
Momo colocou um dedo no queixo, analisando. "Hmm... Deu tudo certo! Bom trabalho, Rito-san."
"Vocês... vocês ouviram TUDO!?" Risa gritou, o rosto incandescente de vergonha, escondendo-se parcialmente atrás de Rito.
Nana observava calada sentindo um pouco de ciúmes.
Rito, distraído pela interrupção Tentou se virar para Risa. Seu pé esquerdo encontrou um desnível no piso do telhado. Ele tropeçou dramaticamente.
"Uwah!" Rito caiu para frente, direto sobre Risa, que tentara se esquivar.
PLOFT!
O resultado foi uma cena de caos e constrangimento máximo:
A mão esquerda de Rito, num movimento instintivo, agarrou a blusa e o sutiã de Risa, puxando-os para cima e expondo completamente seu seio esquerdo.
A mão direita dele agarrou firmemente o seio direito de Risa por cima da parte ainda vestida do sutiã.
Por um instante de puro acidente, o rosto de Rito, impulsionado pela queda, enterrou-se no seio esquerdo exposto de Risa, seus lábios envolvendo o mamilo.
Sua perna direita caiu exatamente entre as pernas de Risa, pressionando firmemente sua região íntima contra o piso.
"NGHAA!~ devagar." Provocou sorrindo, o inesperado prazer escapou dos lábios de Risa, seu corpo arqueando involuntariamente sob o peso e os toques súbitos.
As quatro garotas na porta ficaram petrificadas, olhos arregalados como pratos, rostos queimando de um rubor intenso. A cena era surrealmente embaraçosa.
Momo foi a primeira a se recuperar, soltando um suspiro teatral. "Ara ara~ Rito-san... como sempre, uma bela queda." Seus olhos roxos cintilavam com divertido interesse.
"Como as quedas dele são sempre pervertidas?" Nana perguntou retoricamente, ficando levemente corada.
"Ah! S-sinto muito! Muito mesmo, Momioka-san!" Rito gaguejou, escarlate, tentando se levantar rapidamente enquanto ajustava desastradamente a blusa e o sutiã de Risa, evitando olhar para os seios que momentaneamente conhecera tão intimamente. O rubor era mais pela situação absurda do que pela queda em si.
Risa, ainda deitada, respirava ofegante, o rosto vermelho, mas um sorriso tonto e confuso brincava em seus lábios. "Fique tranquilo yuuki-kun... Agora somos um casal..." Provocou, sem conseguir esconder um tremor de excitação residual.
Antes que o constrangimento pudesse se aprofundar, Mea saltou para frente e se agarrou ao braço de Rito. "Rito-kun! Rito-kun! Me beija também! Foi tão romântico o que você disse para a Momioka-san! Quero uma declaração linda e um beijo!" Ela puxou seu braço, tentando alcançar seu rosto.
"Wah! M-Mea! Para com isso!" Rito tentou se soltar, ainda atordoado.
Mio e Risa, vendo a cena cômica de Mea pendurada em Rito enquanto ele tentava se desvencilhar, não aguentaram. Uma risada contagiante escapou primeiro de Risa, seguida por um riso nervoso e aliviado de Mio.
"Cuidado com Rito!" Nana avançou, não para atacar Rito, mas para agarrar Mea pelo colarinho e puxá-la para longe dele. "Fique longe desse causador de acidentes indecentes!"
"Mas Nana-chaaan! Eu só quero um beijinho!" Mea reclamou, pendurada como um gatinho irritado.
A tensão quebrou. Até Momo riu, um som leve e melodioso. Rito, ainda corado, mas aliviado pelo desfecho menos violento, soltou um suspiro e um sorriso tímido. Risa se levantou, ajustando o uniforme, ainda com um rubor alto nas bochechas, mas rindo junto.
"Vamos." Disse Momo, assumindo o comando. "O intervalo está quase acabando." Ela começou a guiar o grupo de volta para a porta.
Rito virou-se lentamente para Momioka. "Se quiser... pode me chamar de Rito de agora em diante. R-Risa..." A voz de Rito suavizou-se ao dizer o nome dela. Um rubor discreto subiu por seu pescoço, traindo a calma que tentava manter.
"Hmm... está ficando corajoso, Riiito~" Momioka respondeu, puxando as sílabas do nome dele como um desafio. Seus olhos brilharam de divertimento ao notar como ele se enrijecera - mas o leve tremor em suas próprias mãos delatava que ela não estava tão no controle quanto parecia.
"Esperem um pouco." Risa disse, recuperando um pouco da compostura, embora ainda sorrindo. "Mio e eu vamos ficar um minuto. Precisamos conversar."
Mio olhou para a amiga, surpresa, mas assentiu.
Rito olhou para Risa, ainda um pouco constrangido. Ela lhe dirigiu um último sorriso radiante, cheio de felicidade e um toque de possessividade recém-descoberta. "Até mais, querido~" Disse, sua voz doce e propositalmente provocante.
A palavra "Querido" atingiu Rito como um raio. Ele ficou escarlate instantaneamente. "R-Risa!" Ele protestou, sem força, antes de ser praticamente empurrado para fora do telhado por Nana ("Vamos, pervertido!") e seguido por Momo e Mea, que acenavam.
A porta do telhado se fechou, deixando Risa e Mio sozinhas sob o sol. O silêncio voltou, carregado de perguntas.
Mio se virou para a amiga, um sorriso genuíno, embora ainda atordoado, iluminando seu rosto. "Risa... você realmente conseguiu. Você se confessou."
Risa sorriu de volta, uma felicidade pura irradiando dela. "Consegui, Mio. E ele aceitou!" Seus olhos brilharam.
"Mas... esse tal de 'Plano Harém'..." Mio franziu a testa, o rosto ficando sério e novamente corado. "O que foi aquilo, Risa? É sério? O Yuuki realmente vai... ficar com várias ao mesmo tempo? E a Momo arquitetou isso!?"
Risa deu uma risadinha, pegando o braço de Mio. "Maluco, não é? Mas sim, é sério. E sabe de uma coisa?" Seu sorriso se tornou travesso. "Aceitei. Porque assim, eu fico com o Rito, continuo sua amiga... e ainda fico perto de você e das outras. Vai ser... uma loucura. Mas uma loucura divertida!"
Mio ficou boquiaberta. "Você realmente aceitou? Sério!?"
"Totalmente!" Risa confirmou, animada. "E agora..." Ela inclinou-se para perto do ouvido de Mio, sua voz baixa e provocante: "...É a sua vez de se preparar. Agora que o caminho está aberto... você também pode ficar com o Yuuk- Rito. Sem medo."
"E-EH!?" Mio deu um salto para trás, o rosto explodindo em um rubor nuclear. "R-Risa! O que você está dizendo!? Eu... eu não... com o Yuuki... isso é... eu não estou preparada para isso! Nem pensei nisso direito!" Ela gaguejou, agitando as mãos em negação frenética.
Risa riu, o som leve e feliz ecoando no telhado vazio. "Tudo bem, tudo bem! Mas pense nisso, okay? O 'Plano Harém' pode ser sua chance também." Ela deu um tapinha nas costas da amiga ainda corada. "Vamos? Aula de matemática não espera."
Mio, ainda atordoada, com o rosto quente e o coração acelerado pela provocação e pela ideia insana que acabara de descobrir, apenas assentiu mutamente. Enquanto seguiam Risa em direção à porta, Mio lançou um último olhar para o lugar onde Risa e Rito se beijaram, sua mente uma tempestade de confusão, vergonha e... uma pequena centelha de algo que se assemelhava a esperança. O mundo de Yuuki Rito, como sempre, acabara de ficar ainda mais complicado e imprevisível. E ela estava bem no meio disso.
Risa abriu os olhos, ofegante e ruborizada. Seu olhar caiu sobre o pequeno traço prateado na pele dele. Um sorrisinho lento, íntimo e decididamente provocante curvou seus lábios. Sem quebrar o contato visual, ela inclinou a cabeça e passou a ponta da língua, quente e úmida, sobre o ponto onde a saliva havia caído, limpando-o com um movimento deliberadamente sensual.
Rito estremeceu como se levara um choque. Uma onda de calor invadiu-lhe o corpo, incendiando-lhe o rosto num rubor profundo. Todo o desejo acumulado e a provocação daquela manhã condensaram-se num único ponto em sua mente --e então, aconteceu: a mecha rebelde junto ao seu olho direito brilhou com intensidade dourada, pulsando ao ritmo da excitação que o consumia.
"Whoa!" Risa recuou, olhos arregalados de fascínio. "Rito! Seu cabelo! Está brilhando! Dourado! O que é isso!?"
Rito tocou a mecha, sentindo seu calor suave. "Ah... isso... é complicado. Eu explico depois, prometo." Sua voz estava rouca.
O olhar de Risa desviou da mecha brilhante para o rosto de Rito. Ela viu a direção de seus olhos - fixos na curva de seus seios sob o uniforme. A luz dourada ainda pulsava.
Um sorriso malicioso iluminou o rosto de Risa. Ela arqueou as costas ligeiramente. "Gostou do que viu, Yuuki-kun?" Perguntou, voz baixa e carregada de convite. "Quer... apertá-los?"
A pergunta direta, o olhar desafiador e o brilho dourado quebraram a contenção de Rito. Com um grunhido baixo, ele avançou, mãos erguidas, dedos curvados, destinados aos seios de Risa.
Os olhos dela se arregalaram de surpresa genuína. "Ri-Rito!?" Ela exclamou surpresa.
As mãos de Rito estavam a centímetros de tocar Risa quando um barulho metálico estridente cortou o ar. A pesada porta do telhado foi empurrada com força, batendo contra a parede.
Quatro pares de olhos arregalados encaravam a cena: Mio, Nana, Momo (com um sorriso satisfeito) e Mea (pulando de excitação).
Rito no susto voltou ao normal.
Mio e Mea, ruborizadas, e claramente todas haviam ouvido tudo.
"Eh!?" Mio engasgou, rosto vermelho como um tomate, olhando alternadamente entre Risa e Rito. "Harém!? O que diabos...!?"
"Confissão! Beijo! E avanço no plano Harém de Momo! Tudo ao mesmo tempo! Que emocionante!" Mea pulou, olhos brilhando.
Momo colocou um dedo no queixo, analisando. "Hmm... Deu tudo certo! Bom trabalho, Rito-san."
"Vocês... vocês ouviram TUDO!?" Risa gritou, o rosto incandescente de vergonha, escondendo-se parcialmente atrás de Rito.
Nana observava calada sentindo um pouco de ciúmes.
Rito, distraído pela interrupção Tentou se virar para Risa. Seu pé esquerdo encontrou um desnível no piso do telhado. Ele tropeçou dramaticamente.
"Uwah!" Rito caiu para frente, direto sobre Risa, que tentara se esquivar.
PLOFT!
O resultado foi uma cena de caos e constrangimento máximo:
A mão esquerda de Rito, num movimento instintivo, agarrou a blusa e o sutiã de Risa, puxando-os para cima e expondo completamente seu seio esquerdo.
A mão direita dele agarrou firmemente o seio direito de Risa por cima da parte ainda vestida do sutiã.
Por um instante de puro acidente, o rosto de Rito, impulsionado pela queda, enterrou-se no seio esquerdo exposto de Risa, seus lábios envolvendo o mamilo.
Sua perna direita caiu exatamente entre as pernas de Risa, pressionando firmemente sua região íntima contra o piso.
"NGHAA!~ devagar." Provocou sorrindo, o inesperado prazer escapou dos lábios de Risa, seu corpo arqueando involuntariamente sob o peso e os toques súbitos.
As quatro garotas na porta ficaram petrificadas, olhos arregalados como pratos, rostos queimando de um rubor intenso. A cena era surrealmente embaraçosa.
Momo foi a primeira a se recuperar, soltando um suspiro teatral. "Ara ara~ Rito-san... como sempre, uma bela queda." Seus olhos roxos cintilavam com divertido interesse.
"Como as quedas dele são sempre pervertidas?" Nana perguntou retoricamente, ficando levemente corada.
"Ah! S-sinto muito! Muito mesmo, Momioka-san!" Rito gaguejou, escarlate, tentando se levantar rapidamente enquanto ajustava desastradamente a blusa e o sutiã de Risa, evitando olhar para os seios que momentaneamente conhecera tão intimamente. O rubor era mais pela situação absurda do que pela queda em si.
Risa, ainda deitada, respirava ofegante, o rosto vermelho, mas um sorriso tonto e confuso brincava em seus lábios. "Fique tranquilo yuuki-kun... Agora somos um casal..." Provocou, sem conseguir esconder um tremor de excitação residual.
Antes que o constrangimento pudesse se aprofundar, Mea saltou para frente e se agarrou ao braço de Rito. "Rito-kun! Rito-kun! Me beija também! Foi tão romântico o que você disse para a Momioka-san! Quero uma declaração linda e um beijo!" Ela puxou seu braço, tentando alcançar seu rosto.
"Wah! M-Mea! Para com isso!" Rito tentou se soltar, ainda atordoado.
Mio e Risa, vendo a cena cômica de Mea pendurada em Rito enquanto ele tentava se desvencilhar, não aguentaram. Uma risada contagiante escapou primeiro de Risa, seguida por um riso nervoso e aliviado de Mio.
"Cuidado com Rito!" Nana avançou, não para atacar Rito, mas para agarrar Mea pelo colarinho e puxá-la para longe dele. "Fique longe desse causador de acidentes indecentes!"
"Mas Nana-chaaan! Eu só quero um beijinho!" Mea reclamou, pendurada como um gatinho irritado.
A tensão quebrou. Até Momo riu, um som leve e melodioso. Rito, ainda corado, mas aliviado pelo desfecho menos violento, soltou um suspiro e um sorriso tímido. Risa se levantou, ajustando o uniforme, ainda com um rubor alto nas bochechas, mas rindo junto.
"Vamos." Disse Momo, assumindo o comando. "O intervalo está quase acabando." Ela começou a guiar o grupo de volta para a porta.
Rito virou-se lentamente para Momioka. "Se quiser... pode me chamar de Rito de agora em diante. R-Risa..." A voz de Rito suavizou-se ao dizer o nome dela. Um rubor discreto subiu por seu pescoço, traindo a calma que tentava manter.
"Hmm... está ficando corajoso, Riiito~" Momioka respondeu, puxando as sílabas do nome dele como um desafio. Seus olhos brilharam de divertimento ao notar como ele se enrijecera - mas o leve tremor em suas próprias mãos delatava que ela não estava tão no controle quanto parecia.
"Esperem um pouco." Risa disse, recuperando um pouco da compostura, embora ainda sorrindo. "Mio e eu vamos ficar um minuto. Precisamos conversar."
Mio olhou para a amiga, surpresa, mas assentiu.
Rito olhou para Risa, ainda um pouco constrangido. Ela lhe dirigiu um último sorriso radiante, cheio de felicidade e um toque de possessividade recém-descoberta. "Até mais, querido~" Disse, sua voz doce e propositalmente provocante.
A palavra "Querido" atingiu Rito como um raio. Ele ficou escarlate instantaneamente. "R-Risa!" Ele protestou, sem força, antes de ser praticamente empurrado para fora do telhado por Nana ("Vamos, pervertido!") e seguido por Momo e Mea, que acenavam.
A porta do telhado se fechou, deixando Risa e Mio sozinhas sob o sol. O silêncio voltou, carregado de perguntas.
Mio se virou para a amiga, um sorriso genuíno, embora ainda atordoado, iluminando seu rosto. "Risa... você realmente conseguiu. Você se confessou."
Risa sorriu de volta, uma felicidade pura irradiando dela. "Consegui, Mio. E ele aceitou!" Seus olhos brilharam.
"Mas... esse tal de 'Plano Harém'..." Mio franziu a testa, o rosto ficando sério e novamente corado. "O que foi aquilo, Risa? É sério? O Yuuki realmente vai... ficar com várias ao mesmo tempo? E a Momo arquitetou isso!?"
Risa deu uma risadinha, pegando o braço de Mio. "Maluco, não é? Mas sim, é sério. E sabe de uma coisa?" Seu sorriso se tornou travesso. "Aceitei. Porque assim, eu fico com o Rito, continuo sua amiga... e ainda fico perto de você e das outras. Vai ser... uma loucura. Mas uma loucura divertida!"
Mio ficou boquiaberta. "Você realmente aceitou? Sério!?"
"Totalmente!" Risa confirmou, animada. "E agora..." Ela inclinou-se para perto do ouvido de Mio, sua voz baixa e provocante: "...É a sua vez de se preparar. Agora que o caminho está aberto... você também pode ficar com o Yuuk- Rito. Sem medo."
"E-EH!?" Mio deu um salto para trás, o rosto explodindo em um rubor nuclear. "R-Risa! O que você está dizendo!? Eu... eu não... com o Yuuki... isso é... eu não estou preparada para isso! Nem pensei nisso direito!" Ela gaguejou, agitando as mãos em negação frenética.
Risa riu, o som leve e feliz ecoando no telhado vazio. "Tudo bem, tudo bem! Mas pense nisso, okay? O 'Plano Harém' pode ser sua chance também." Ela deu um tapinha nas costas da amiga ainda corada. "Vamos? Aula de matemática não espera."
Mio, ainda atordoada, com o rosto quente e o coração acelerado pela provocação e pela ideia insana que acabara de descobrir, apenas assentiu mutamente. Enquanto seguiam Risa em direção à porta, Mio lançou um último olhar para o lugar onde Risa e Rito se beijaram, sua mente uma tempestade de confusão, vergonha e... uma pequena centelha de algo que se assemelhava a esperança. O mundo de Yuuki Rito, como sempre, acabara de ficar ainda mais complicado e imprevisível. E ela estava bem no meio disso.
˚ ♡ ⋆。˚ ♡ ⋆。˚ ♡ ⋆。˚ ♡ ⋆。˚ ♡ ⋆。˚ ♡ ⋆。 ˚ * ✩ • ° ˚ * ✩ • ° ˚ * ✩ • °
˚ * ✩ • ° ˚ * ✩ • ° ˚ * ✩ • °
Chegou ao fim! Obrigado por ler! Se você gostou, a maior ajuda é continuar acompanhando, comentando e compartilhando. Se também quiser apoiar financeiramente (é totalmente opcional!), ficarei imensamente grato - é só escanear o QR Code e escolher o valor. Qualquer contribuição, por menor que seja, é um incentivo maravilhoso! 💜



.png)
Comentários
Postar um comentário