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To Love-Ru Darkness 3: Onde as Estrelas se Dissolvem
Escrita por: Matheus Leandro (Magnatah)
Capítulo 33 - Mãos Aderentes e Banhos Reveladores
No Capítulo Anterior...
Nana olhou para Momo, vendo além da irmã provocadora e calculista. Viu a protetora, a cuidadora, a garota que amava Rito tanto quanto ela e que queria o melhor para todas. Um sentimento de gratidão quente substituiu parte do ciúme e do choque. Lala, ainda processando tudo, deu um pequeno aceno, seu olhar perdido em pensamentos profundos sobre "fazer amor" e "tesão".
Momo sorriu, um sorriso cansado mas satisfeito. A semente estava plantada. O caminho para o futuro do harém, cheio de amor, desejo e complicações, estava um pouco mais iluminado. E ela estava ao lado de suas irmãs e amantes, prontas para enfrentá-lo juntas. O jogo terminara, mas o verdadeiro desafio - viver esse amor intenso e plural - só começara.
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O sol poente tingia a sala de estar de tons dourados quando Rito, sentado no sofá, franzia a testa. Seus músculos bem definidos tensionavam-se levemente sob a camiseta enquanto seus olhos castanhos estudavam o espaço vago entre a TV e a parede.
"A cama de solteiro... está ficando impossível" Pensou, lembrando das últimas noites com Lala, Momo e Nana se aconchegando (e às vezes brigando por espaço) ao seu redor. "Mal cabe eu sozinho, imagina quatro pessoas... e se Mikan resolver..." Um calor súbito subiu-lhe ao rosto. A solução surgiu clara: "O quarto delas está praticamente vazio... melhor elas se mudarem de vez para o meu quarto. Mas precisamos de espaço... vou pedir para Lala expandir o quarto e fazer uma cama gigante. Algo digno de um..." Ele hesitou, evitando até pensar na palavra "harém" em voz alta. O som de passos descendo as escadas interrompeu sua reflexão.
Mikan surgiu da cozinha, um pano de prato nas mãos, sentindo a atmosfera carregada. "E aí? Como foi o jogo?" perguntou, inclinando a cabeça.
"Foi ótimo!" Lala respondeu, sua voz um pouco mais aguda que o normal. Seus olhos brilharam ao pousar em Rito, e um rosa intenso coloriu suas maçãs. "Aprendi tantas coisas novas! Coisas muito importantes sobre amor e... biologia!"
Mikan ergueu uma sobrancelha, desconfiada. "Momo... o que exatamente você mostrou para a Lala?" A pergunta saiu em uníssono com a de Rito, que se levantou do sofá, alarmado com a expressão translúcida de Lala.
"Um joguinho inocente..." Momo murmurou, brincando com uma ponta do cabelo rosa, evitando o olhar fixo de ambos.
"Inocente?" Mikan cruzou os braços. "Com essa cara que a Lala está fazendo? Parece que descobriu uma nova lei da física!"
Foi quando Lala, incapaz de conter a onda de entusiasmo e conhecimento recém-adquirido, saltou à frente, apontando um dedo dramático para Rito. "Rito! Vamos fazer bebês!" A declaração saiu com a doçura ingênua de uma criança pedindo um brinquedo, mas carregada de uma malícia inconsciente que fez o ar parar na sala.
"F-Fazer..." Rito engasgou, os olhos arregalados como pratos.
"... Bebês?!" Mikan completou, o pano de prato caindo de suas mãos.
"Onee-sama, não use esse termo!" Momo gritou, encobrindo o rosto com as mãos, mortificada.
"MOMO!" A voz de Rito e Mikan ecoou em perfeita sincronia, acusadora.
Rito avançou um passo, seu corpo musculoso bloqueando momentaneamente a luz da janela. "O que exatamente você mostrou a ela?" Sua voz estava firme, mas um tremor de pânico a perpassava.
Momo respirou fundo, enfrentando o furacão que ajudara a criar. "Nós... só jogamos um jogo de romance... para adultos..." Admitiu, a vergonha queimando suas orelhas. "Elas aprenderam biologicamente como são feitos os bebês... e como um homem e uma mulher... fazem um bebê... na cama." As últimas palavras saíram num sussurro quase inaudível.
"Calma, a Lala é super inteligente, mas não sabia? Na escola ensinam isso!" Mikan argumentou, ela própria corando até a raiz dos cabelos castanhos.
"Então Mikan já sabia?" Lala virou-se para ela, sua cabeça inclinada com genuína curiosidade.
"Biologicamente sim..." Mikan confirmou, torcendo as mãos.
"Não estou falando desse jeito... na cama." Lala insistiu, seu tom ganhando um matiz mais íntimo, seu rosto um pouco mais rosado.
"N-Na cama? E-Eu... não tenho muito conhecimento..." A voz de Mikan sumiu, seu rosto transformando-se num tomate. A inocência prática da princesa era desarmante.
"Lala..." Rito interveio, colocando uma mão firme, mas gentil, no ombro dela. Seus olhos sérios encontraram os dela. "Isso... fazer amor... é algo muito especial. Que só deve ser feito com muito amor e... depois de um compromisso sério, como o casamento." A explicação soou um pouco rígida, mas era o máximo que sua mente embaralhada conseguia formular para conter a explosiva Lala.
"Mas você e Momo fizeram!" Lala soltou a bomba com a naturalidade de quem comenta o clima, sem perceber o impacto.
"F-Fizeram... fizeram o que?" Mikan engasgou, seus olhos castanhos arregalando-se em puro pânico.
"Fizeram beb-" Lala começou, mas interrompeu-se bruscamente, lembrando da correção de Momo. Seu rosto ficou ainda mais vermelho. "Fizeram amor." A palavra saiu num sussurro constrangido.
"Onee-sama!" Momo gemeu, desejando que o chão a engolisse.
"A-Amor!?" Mikan girou para enfrentar o irmão, os punhos cerrados. "RITO! Me explica isso direitinho! AGORA!"
Rito fechou os olhos por um segundo, sentindo o peso das revelações e do olhar furioso da irmã. Ele respirou fundo, inflando o peito musculoso, e abriu os olhos com uma determinação que surpreendeu a todos. Encarou Mikan diretamente. "S-Sim. Eu e Momo... f-fizemos." A admissão foi difícil, sua voz falhou no início, mas se firmou. "Nós estamos namorando, Mikan. E eu... eu amo ela. Amo todas vocês." Seu olhar percorreu Lala, Nana (que ficou imóvel, corada) e Momo (cujos olhos marejaram). "E quando for a hora certa... futuramente... seremos casados. Todos juntos, de alguma forma. Eu assumo toda e qualquer responsabilidade. Pelo amor, por... qualquer consequência." Sua voz era clara, inabalável. Era a declaração de um Rito transformado - não mais o garoto tímido, mas um homem que enfrentava suas escolhas.
"Rito..." Momo sussurrou, uma lágrima de felicidade escapando. A afirmação pública, diante de Mikan, era mais do que ela esperara.
"Rito é incrível!" Lala exclamou, saltitando, toda a tensão anterior dissipada pela confiança do amado.
"Mudando de assunto..." Rito tossiu, aliviando um pouco a intensidade e aproveitando a brecha. Seu rosto ainda estava quente. "Já que as três." Ele indicou Lala, Momo e Nana. "Estão praticamente morando no meu quarto, seria mais lógico vocês se mudarem oficialmente para lá. Mas claro, o quarto de vocês continua lá, caso precisem de privacidade ou um tempo sozinhas." Ele fez uma pausa estratégica. "E... eu ia pedir para a Lala." Ele olhou para a princesa inventora. "Se ela consegue ampliar meu quarto? Principalmente... o tamanho da cama. A atual está um pouco... apertada para quatro." O constrangimento voltou a tingir suas orelhas.
"Eu faço!" Lala anunciou com entusiasmo explosivo, já puxando Seu D-Dial do bolso de seu vestido. "Vai ficar enorme! Vamos dormir todos juntos com o Rito todos os dias!" Seus olhos brilhavam com projetos malucos.
"Está ficando ousado, Rito-san~" Momo provocou, um sorriso furtivo nos lábios, apreciando a iniciativa.
"Eu não vejo problemas." Nana murmurou, olhando para Rito e desviando o olhar rapidamente, uma leve cor rosa subindo em seu pescoço. O pensamento de compartilhar uma cama grande com ele, após o que aprendera, era ao mesmo tempo assustador e... intrigante.
Mikan observou a cena, seu rosto ainda sério, mas a fúria inicial amenizada pela solenidade da declaração de Rito. Ela estudou o irmão, depois as três alienígenas, e soltou um longo suspiro. "Tudo bem... eu vou dormir com você também, onii-chan." A declaração foi feita com uma resolução prática. "Alguém tem que garantir que vocês... descansem direito. E evitar que... bebês sejam feitos por acidente." Seus olhos estreitaram em uma ameaça silenciosa.
Rito ficou violentamente escarlate. "M-Mikan!"
"Vou à loja de conveniências comprar shampoo." Ele anunciou abruptamente, levantando-se. "O meu está quase acabando." Era uma fuga clássica, mas necessária.
Celine, que observava tudo de seu sofá próximo, como um gatinho vigilante, ouviu a palavra "sair". Num piscar de olhos, ela estava ao pé de Rito, agarrando-se à sua perna com força. "Mau!" Seu olhar grande e redondo era suplicante.
"Ela quer ir junto com você, Rito-san." Traduziu Momo, um sorriso suave no rosto.
"É claro, Celine, vamos." Rito sorriu genuinamente, aliviado pela interrupção fofa. Ele se abaixou e pegou a pequena planta humanóide no colo. Ela aninhou-se contra seu peito. "Mau Mau."
"Eu também vou junto." Nana anunciou, afastando-se da tensão residual na sala. "Preciso de... umas coisas." Ela evitou especificar, mas o rubor em seu rosto sugeria algo relacionado ao "joguinho" ou talvez apenas ao desejo de estar perto de Rito fora de casa.
Momo, entretanto, estava com os olhos fixos nas mãozinhas de Celine. Um brilho de reconhecimento e malícia surgiu em seus olhos rosa. Ela soltou um sorrisinho rápido, quase imperceptível. "Eu vou ficar para ajudar a Onee-sama com os planos da cama." Disse, sua voz doce como mel. "Não demorem."
Mikan lançou um olhar desconfiado para Momo. Era raro a criadora do harém deixar Rito sair sem ela, especialmente com Nana. Algo estava acontecendo.
"Vamos, Nana." Rito disse, ajustando Celine no braço esquerdo. Ele segurava a pequena planta com segurança, deixando o braço direito livre. Nana seguiu-o, um passo atrás, seus olhos periodicamente pousando naquela mão livre. O caminho até a loja foi silencioso, apenas o som dos passos. Nana caminhava com as mãos entrelaçadas atrás das costas.Rito percebeu num reflexo fugaz na vitrine de uma loja à esquerda, que os olhos de Nana estavam fixos na sua mão direita. Um desejo claro, misturado com timidez.
Rito diminuiu o passo, permitindo que Nana ficasse ao seu lado. Sem olhar para ela, sem fazer alarde, sua mão direita deslizou suavemente e envolveu a dela. "A-Assim é mais seguro!" Ele exclamou, sua voz um pouco mais alta que o necessário, as orelhas ficando rosadas.
"T-Tá bom." Nana murmurou, desviando o rosto. Mas um pequeno, incontrolável sorriso iluminou seus lábios, e seus dedos se entrelaçaram firmemente com os dele.
"Estamos de mãos dadas... igual a um casal de verdade... Calma, nós SOMOS um casal de verdade!" Seu coração batia forte contra as costelas, um misto de alegria e nervosismo. Ela apertou sua mão com um pouco mais de força.
"Rito..." Ela começou, a voz um pouco trêmula, após alguns minutos caminhando em silêncio confortável. "E... e se algum conhecido nos ver? Assim... juntos?" A apreensão era palpável.
Rito olhou para ela, sua expressão calma e resoluta. "Sem problemas." Ele afirmou, sua voz firme. "Eu digo a verdade. Que estamos n-namorando." A simplicidade e a coragem da declaração fizeram o coração de Nana dar um salto. Ela corou profundamente, mas uma onda de alívio e felicidade quente a inundou. Ele não tinha vergonha dela. "Idiota... idiota corajoso..."
A loja de conveniências estava vazia, exceto pelo jovem atendente. Rito e Nana se separaram para buscar seus itens - ele o shampoo, ela algumas barras de cereal e um pacote de balas que Lala adorava. No caixa, enquanto Rito organizava as compras, o atendente, um rapaz de cabelos desgrenhados, observou-os com um sorriso amigável.
"Vocês formam um belo casal!" Ele comentou casualmente, passando o shampoo pelo leitor.
"O-Obrigado!" Rito respondeu, um leve rubor subindo em seu rosto, mas sem hesitar. Num gesto natural, quase protetor, ele pegou a mão de Nana novamente enquanto esperava o troco. O contato era reconfortante, uma afirmação silenciosa do comentário do atendente.
Nana ficou paralisada por um segundo, o sangue subindo violentamente ao seu rosto. "Ele... ele agarrou minha mão! Logo depois do cara falar isso!" A surpresa deu lugar a uma felicidade intensa. "Ele não se incomoda mesmo..." Ela baixou a cabeça, tentando esconder o sorriso bobo que insistia em aparecer.
Foi quando seu olhar caiu sobre a mãozinha de Celine. A pequena planta segurava com força um pequeno objeto metálico, braços cilíndricos duplos, tela azul, símbolo de Deviluke acima da tela - uma das incontáveis "invenções inofensivas" de Lala que sempre acabavam espalhadas pela casa. Nana reconheceu a invenção. Era relativamente inofensiva... até ser ativada.
"Celine, não pode brincar com isso." Nana disse baixinho, tentando tirar o objeto gentilmente da mão da pequena. "É perigoso."
Celine, no entanto, agarrou-o com mais força, emitindo um "Mau!" de protesto. Ela gostava do brilho da tela.
Rito, terminando de pagar, virou-se e viu a pequena disputa. Seus olhos se arregalaram quando reconheceu a invenção. "Ah, não! Clingy-Clingy Glue-Kun" Ele conhecia bem os efeitos imprevisíveis (e embaraçosos) daquele dispositivo. "Celine, Nana, soltem! Não toquem nisso!" Ele se apressou, tentando intervir.
Com a mão esquerda ainda ocupada segurando Celine, ele tentou agarrar o objeto com a direita. Nana, tentando ajudar, também agarrou-o com mais força. Na confusão, Celine saltou de seu colo e aterrissou com graça no chão, enquanto Rito, desequilibrando-se, caiu para trás - ainda segurando firmemente ambas as mãos de Nana na tentativa de se apoiar em algo.
PIIIIIIIIII!
O objeto emitiu um som agudo e uma luz azul forte pulsou dele, envolvendo instantaneamente as mãos entrelaçadas de Rito e Nana. Quando a luz se dissipou, o objeto caiu no chão, inerte. Mas as mãos de Rito e Nana estavam firmemente coladas uma na outra, palma contra palma, dedos entrelaçados como se tivessem sido soldados. Não havia dor, apenas uma aderência impossível de romper.
"De novo essa invenção!" Rito gemeu, olhando para suas mãos fundidas. Lembranças de outras ocasiões igualmente constrangedoras passaram por sua mente.
"Não solta!" Nana puxou, tentando separar as mãos, mas foi como tentar separar magnetos superpoderosos. A pele simplesmente não se separava.
"Mau Mau!" Celine observava, fascinada, como se assistisse a um show interessante.
O atendente olhava boquiaberto, sem entender a cena de ficção que se desenrolava em sua loja.
Rito e Nana conseguiram se levantar, mas a posição era estranha e desconfortável. Para caminhar, precisavam ficar de lado, como dançarinos mal coordenados, com ambas as mãos coladas entre eles. Celine Pegou as sacolas a pedido de Rito. Eles saíram da loja sob o olhar estupefato do atendente.
A caminhada de volta para casa foi lenta, ridícula e intensamente constrangedora. Cada passo era uma coreografia forçada. Nana mantinha o rosto virado, corada até as orelhas. Rito focava em não tropeçar novamente, sua expressão uma mistura de exasperação e resignação. O silêncio entre eles era pesado, carregado de uma intimidade forçada e do ritmo acelerado de dois corações batendo em uníssono.
//////////
A porta da casa dos Yuuki se abriu antes mesmo que eles batessem. Mikan, provavelmente ouvindo passos estranhos, olhou para fora. Seus olhos arregalaram ao ver Rito e Nana colados, lutando para subir os degraus da entrada lado a lado.
"O que...?" Ela começou, perplexa.
"Invenção da Lala." Rito resumiu, o cansaço e o constrangimento evidentes na voz. "Clingy-Clingy Glue-Kun. Ativada por acidente."
Mikan suspirou profundamente, fechando os olhos por um segundo. "De novo..." Ela conhecia muito bem o histórico das criações de Lala. "Quanto tempo?"
"Bastante..." Rito explicou, tentando se acomodar na entrada. Era estranho ficar parado assim, com Nana tão próxima. "Depois volta ao normal. Só temos que... esperar."
"S-Sem problemas." Nana murmurou, ainda sem conseguir olhar diretamente para Rito, mas o ritmo cardíaco começando a diminuir um pouco. Era constrangedor, mas não era perigoso. "Pelo menos... está grudada com ele..." Um pensamento traiçoeiro sussurrou.
Lala e Momo desceram as escadas ao ouvir a confusão. Lala tinha um rolo de plantas sob o braço. Seus olhos se arregalaram ao ver os dois.
"Porquê vocês estão assim?" Ela perguntou, genuinamente curiosa.
"Por causa da sua invenção que você deixou jogada, Lala!" Rito respondeu, um fio de irritação na voz, apesar do amor. "A Celine estava brincando com ela na loja. Causou esse... incidente."
"Ah! Clingy-Clingy Glue-Kun" Lala reconheceu, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Ela riu, sem nenhuma malícia.
Momo, no entanto, observava a cena com um olhar calculista, seus olhos rosa percorrendo os corpos grudados de Rito e Nana. Um leve sorriso, carregado de intenção, tocou seus lábios. "Eu sei que é bem inconveniente ficar assim." Ela começou, sua voz suave como seda. "Mas... vocês tem que tomar banho antes do jantar. O dia foi longo, e vocês saíram... suam um pouco." Seu olhar malicioso pousou em Nana. "Principalmente depois de toda aquela... agitação."
"Banho, assim!?" Nana explodiu, o rubor voltando com força total. A ideia de entrar num banho, pelada, com Rito grudado nela, era inimaginável.
"Eu ajudo vocês." Momo ofereceu, o sorriso se alargando para um verdadeiro sorriso de raposa astuta. "Garanto que será... eficiente."
Se fosse semanas atrás, Mikan teria explodido. Teria se colocado entre Nana e Rito, gritando sobre decência e perversão. Mas as palavras de Rito ecoaram em sua mente: 'Eu assumo a responsabilidade, nós já estamos namorando e futuramente seremos casados!' Ela olhou para o irmão, para Nana, para Momo e Lala. Era uma situação absurda, sim. Mas... fazia parte desse novo mundo estranho que eles estavam construindo. Ela respirou fundo, surpreendendo a todos.
"Se fosse antes, eu impediria." Mikan disse, sua voz calma, mas firme. "Mas como o onii-chan está em um relacionamento sério com todas nós... e assumiu isso... eu não vejo problemas." Ela olhou diretamente para Rito, um aviso implícito nos olhos. "Desde que se comportem." Seu olhar perfurou Momo, que apenas sorriu com inocência fingida.
"Eu vou terminar os ajustes no quarto!" Lala anunciou, animada, ignorando completamente o drama do banho. "A cama grande está quase pronta! Vai ter espaço para todos e mais alguns!" Ela desapareceu correndo escada acima.
Momo se aproximou de Rito e Nana, seu sorriso agora era quase fervoso, mas os olhos brilhavam com antecipação. "Vamos? O banho está esperando. E a água quente vai ajudar a relaxar... e talvez até a aliviar um pouco a aderência mais cedo." Era uma mentira óbvia, mas eficaz. "Eu pego suas roupas e toalhas..."
Nana olhou para Rito, seu rosto uma máscara de pânico e constrangimento. Rito, por sua vez, sentiu um frio na espinha e um calor simultâneo em outras regiões. A ideia de estar no banho, nu, com Nana também nua, e com as mãos grudadas... era a materialização de uma situação que só acontecia em pesadelos (ou sonhos proibidos). Mas a mão de Momo já estava gentilmente guiando-os na direção do banheiro, enquanto Mikan ia para a sala com um olhar desconfiado.
O caminho até o banheiro foi curto, mas agonizante. Cada passo os lembrava da proximidade forçada. Momo abriu a porta do banheiro, revelando o ambiente azulejado, com a banheira e o chuveiro.
Momo entrou no banheiro atrás de Rito e Nana e fechou a porta com um clique suave. O som da água sendo ligada no chuveiro ecoou um segundo depois.
Dentro do banheiro, o vapor já começava a encher o ar. Rito e Nana estavam parados no centro, com as mãos grudadas, olhando para a porta da banheira como se fosse a entrada de uma caverna perigosa. A presença de Momo, observando-os com um sorriso tranquilo, só aumentava o constrangimento.
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A porta da casa dos Yuuki se abriu antes mesmo que eles batessem. Mikan, provavelmente ouvindo passos estranhos, olhou para fora. Seus olhos arregalaram ao ver Rito e Nana colados, lutando para subir os degraus da entrada lado a lado.
"O que...?" Ela começou, perplexa.
"Invenção da Lala." Rito resumiu, o cansaço e o constrangimento evidentes na voz. "Clingy-Clingy Glue-Kun. Ativada por acidente."
Mikan suspirou profundamente, fechando os olhos por um segundo. "De novo..." Ela conhecia muito bem o histórico das criações de Lala. "Quanto tempo?"
"Bastante..." Rito explicou, tentando se acomodar na entrada. Era estranho ficar parado assim, com Nana tão próxima. "Depois volta ao normal. Só temos que... esperar."
"S-Sem problemas." Nana murmurou, ainda sem conseguir olhar diretamente para Rito, mas o ritmo cardíaco começando a diminuir um pouco. Era constrangedor, mas não era perigoso. "Pelo menos... está grudada com ele..." Um pensamento traiçoeiro sussurrou.
Lala e Momo desceram as escadas ao ouvir a confusão. Lala tinha um rolo de plantas sob o braço. Seus olhos se arregalaram ao ver os dois.
"Porquê vocês estão assim?" Ela perguntou, genuinamente curiosa.
"Por causa da sua invenção que você deixou jogada, Lala!" Rito respondeu, um fio de irritação na voz, apesar do amor. "A Celine estava brincando com ela na loja. Causou esse... incidente."
"Ah! Clingy-Clingy Glue-Kun" Lala reconheceu, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Ela riu, sem nenhuma malícia.
Momo, no entanto, observava a cena com um olhar calculista, seus olhos rosa percorrendo os corpos grudados de Rito e Nana. Um leve sorriso, carregado de intenção, tocou seus lábios. "Eu sei que é bem inconveniente ficar assim." Ela começou, sua voz suave como seda. "Mas... vocês tem que tomar banho antes do jantar. O dia foi longo, e vocês saíram... suam um pouco." Seu olhar malicioso pousou em Nana. "Principalmente depois de toda aquela... agitação."
"Banho, assim!?" Nana explodiu, o rubor voltando com força total. A ideia de entrar num banho, pelada, com Rito grudado nela, era inimaginável.
"Eu ajudo vocês." Momo ofereceu, o sorriso se alargando para um verdadeiro sorriso de raposa astuta. "Garanto que será... eficiente."
Se fosse semanas atrás, Mikan teria explodido. Teria se colocado entre Nana e Rito, gritando sobre decência e perversão. Mas as palavras de Rito ecoaram em sua mente: 'Eu assumo a responsabilidade, nós já estamos namorando e futuramente seremos casados!' Ela olhou para o irmão, para Nana, para Momo e Lala. Era uma situação absurda, sim. Mas... fazia parte desse novo mundo estranho que eles estavam construindo. Ela respirou fundo, surpreendendo a todos.
"Se fosse antes, eu impediria." Mikan disse, sua voz calma, mas firme. "Mas como o onii-chan está em um relacionamento sério com todas nós... e assumiu isso... eu não vejo problemas." Ela olhou diretamente para Rito, um aviso implícito nos olhos. "Desde que se comportem." Seu olhar perfurou Momo, que apenas sorriu com inocência fingida.
"Eu vou terminar os ajustes no quarto!" Lala anunciou, animada, ignorando completamente o drama do banho. "A cama grande está quase pronta! Vai ter espaço para todos e mais alguns!" Ela desapareceu correndo escada acima.
Momo se aproximou de Rito e Nana, seu sorriso agora era quase fervoso, mas os olhos brilhavam com antecipação. "Vamos? O banho está esperando. E a água quente vai ajudar a relaxar... e talvez até a aliviar um pouco a aderência mais cedo." Era uma mentira óbvia, mas eficaz. "Eu pego suas roupas e toalhas..."
Nana olhou para Rito, seu rosto uma máscara de pânico e constrangimento. Rito, por sua vez, sentiu um frio na espinha e um calor simultâneo em outras regiões. A ideia de estar no banho, nu, com Nana também nua, e com as mãos grudadas... era a materialização de uma situação que só acontecia em pesadelos (ou sonhos proibidos). Mas a mão de Momo já estava gentilmente guiando-os na direção do banheiro, enquanto Mikan ia para a sala com um olhar desconfiado.
O caminho até o banheiro foi curto, mas agonizante. Cada passo os lembrava da proximidade forçada. Momo abriu a porta do banheiro, revelando o ambiente azulejado, com a banheira e o chuveiro.
Momo entrou no banheiro atrás de Rito e Nana e fechou a porta com um clique suave. O som da água sendo ligada no chuveiro ecoou um segundo depois.
Dentro do banheiro, o vapor já começava a encher o ar. Rito e Nana estavam parados no centro, com as mãos grudadas, olhando para a porta da banheira como se fosse a entrada de uma caverna perigosa. A presença de Momo, observando-os com um sorriso tranquilo, só aumentava o constrangimento.
"Bem." Momo começou, sua voz suave cortando o silêncio pesado. "A parte mais difícil é começar, não é? Vamos ver como vamos fazer isso de forma... prática." Seus olhos percorreram os dois, avaliando a situação logística com um pragmatismo que era quase mais perturbador do que a malícia.
Momo pegou uma tesoura. "Eu vou começar cortando a blusa de vocês, é a única forma..."
Nana engoliu seco. O verdadeiro teste ao amor, à paciência e ao limite do constrangimento havia apenas começado. O vapor do banho quente prometia dissolver mais do que apenas a sujeira do dia; prometia derrubar as últimas barreiras de timidez entre dois corações que, grudados pelo acaso, estavam prestes a descobrir uma intimidade forçada, mas potencialmente transformadora. E Momo, a mestra dos jogos, observava tudo com olhos atentos, pronta para guiá-los (e talvez provocá-los) através do labirinto de azulejos, vapor e pele desnuda.
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