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To Love-Ru Darkness 3: Onde as Estrelas se Dissolvem
Escrita por: Matheus Leandro (Magnatah)
Notas do Autor:
Fala galerinha do bem!
Hoje é meu aniversário, mas o presente é para vocês, fiquem com mais um capítulo!
Capítulo 32 - Tesouros Escondidos e Confissões ao Amanhecer
No Capítulo Anterior...
"Isso vai me dar problemas." Ele pensou, olhando para as sombras dançantes no teto, um suspiro quase inaudível escapando de seus lábios. Mas o pequeno sorriso que teimou em se formar nesses mesmos lábios contava outra história. Ele estava exatamente onde queria estar. Onde pertencia. A noite profunda terminava, mas o turbilhão do seu amor harem só estava começando. E ele, mais forte, mais confiante, e agora mais pervertido do que nunca, estava pronto para enfrentá-lo.
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A noite estava profunda na casa dos Yuuki, mas enquanto o quarto de Rito fervilhava com segredos descobertos e corpos tremendo de excitação e vergonha, outro coração batia acelerado no silêncio do quarto ao lado. Mikan estava deitada em sua cama, de costas, fitando o teto iluminado pela lua que entrava pela janela entreaberta. A quietude da casa contrastava com o turbilhão em sua mente.
"Rito tá namorando a Momo, Lala, Nana... e eu..." O pensamento ecoou, carregado de uma incredulidade doce e assustadora. Ela virou de lado, abraçando o travesseiro. "Um harém, é? Rito realmente virou um playboy." Um sorriso involuntário surgiu em seus lábios, misturado com um leve abanar de cabeça. Era surreal. Seu irmão desastrado, que tropeçava em tudo e em todos, agora era o centro de um romance secreto e proibido com quatro garotas - incluindo ela mesma.
Seu rosto esquentou ao lembrar. "Ele ficou forte..." A imagem do abdômen definido de Rito, os músculos tensos sob a pele quando ele se espreguiça de manhã, invadiu sua mente. Aquele corpo transformado, tão diferente do adolescente magricela que ela conhecia. Era... atraente. Muito atraente. Ela enterrou o rosto no travesseiro, sufocando um gemido baixo de constrangimento. "Idiota! Não devia pensar assim do Onii-chan!"
Mas era impossível não pensar. "Eu e o Onii-chan... estamos namorando... que confusão!" A palavra "namorando" soava estranha, proibida, mas também incrivelmente quente dentro dela. Ela tocou os próprios lábios, suavemente. A memória do beijo que compartilharam - o primeiro beijo verdadeiro, apaixonado - queimou como brasa. "Eu beijei o Onii-chan!" O rubor subiu violentamente, tingindo suas orelhas e pescoço. Era uma confissão interna que ainda a deixava sem fôlego.
"Eu já sabia que o que eu sentia pelo Rito, era algo a mais... Porém eu tinha dúvidas se ele sentia o mesmo." A ansiedade daqueles dias, o medo de estragar tudo, de ser rejeitada, veio à tona. Mas então veio o alívio, transformando-se em um sorriso genuíno, amplo e feliz que iluminou seu rosto mesmo na escuridão. "Agora somos um casal..." O sentimento era avassalador. Um laço novo, profundo, que transcendia o sangue. Eles eram amantes.
Um pensamento intrusivo, quente e inesperado, surgiu sem pedir licença: "Eu queria beijá-lo de novo." A intensidade do desejo a pegou de surpresa. Ela enfiou o rosto com força no travesseiro, como se pudesse esmagar a vergonha e a ousadia daquele anseio. "Que pensamento pervertido! Pare com isso, Mikan!"
Mas o coração não obedecia. Ele saltou dentro do peito quando a memória das palavras de Rito ecoou, claras e firmes como uma promessa gravada em pedra: 'Onde eu for, você vai. Seja aqui, seja em Deviluke, seja no fim da Via Láctea. Você é parte de mim. Sempre foi. Sempre será.' Aquele juramento, feito no momento mais vulnerável e verdadeiro deles, era seu tesouro mais precioso. Um grito abafado, agudo e cheio de pura felicidade escapou de seus lábios, abafado pelo algodão do travesseiro. Seu corpo se contorceu de leve no colchão, os pés batendo suavemente contra os lençóis. Ele a amava. Ele a queria. Para sempre. A confusão ainda existia, o medo do futuro também, mas naquele momento, envolta na escuridão segura do seu quarto, Mikan permitiu-se flutuar na bolha de felicidade absoluta que seu novo amor por Rito proporcionava. O sorriso não saía do seu rosto. O harém era um desafio, sim, mas ela estava dentro dele. Pertencia a ele. E ele pertencia a ela também.
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A primeira luz do amanhecer pintava o céu de tons pastéis quando um leve toque rompeu o sono profundo de Rito. Ele estava afundado em um mar de calor e corpos macios - Lala ainda abraçava seu braço com força, seu rosto sereno repousando perto do seu ombro; Nana, depois da noite conturbada, dormia meio de lado, sua cabeça aninhada confortavelmente sobre seu peitoral, uma mão solta pousada sobre seu abdômen; Momo estava de costas, respirando suavemente, seu perfil delicado iluminado pela luz que começava a invadir o quarto.
"Onii-chan, acorda!" O sussurro insistente veio novamente, acompanhado de um leve balançar em seu ombro.
Rito abriu os olhos pesados, pestanejando para focar. Mikan estava inclinada sobre ele, seu rosto fresco da manhã, seus olhos castanhos brilhando com uma mistura de preocupação e diversão. Ela usava seu pijama simples, mas seu cabelo já estava preso, pronta para o dia.
"Mikan!? Bom dia!" Rito respondeu, a voz rouca pelo sono. Ele se espreguiçou com extrema cautela, tentando não perturbar as três garotas adormecidas ao seu redor. Cada movimento era calculado para não deslocar Nana de seu peito ou soltar o braço de Lala. Os músculos de seus braços e costas tensionaram sob a camiseta pijama, uma lembrança silenciosa de sua transformação física.
Mikan observou o espetáculo com um ar de divertida reprovação. "Bom dia! Onii-chan." Ela começou, cruzando os braços e levantando uma sobrancelha de forma expressiva. "Essa cama está bem apertada, hein? Está na hora de comprar uma maior... agora que você virou um playboy de verdade!" A provocação foi lançada com um sorrisinho malicioso nos lábios.
Rito corou instantaneamente, o rubor subindo do pescoço até as orelhas. "Mikan!" Ele protestou, baixinho, tentando não acordar as outras. O apelido "playboy" ainda o pegava desprevenido, mesmo sendo uma realidade que ele abraçara com todas as consequências.
Mikan não conseguiu conter uma risadinha baixa, tapando a boca com a mão. "Só estou constatando os fatos, Onii-chan. Quatro namoradas? Isso exige logística de cama, sabia?"
Antes que Rito pudesse replicar, Lala estremeceu ao seu lado. Seus olhos se abriram, lentos e sonolentos, como dois sóis nascendo. Ela bocejou adoravelmente, esticando-se como um gatinho, mas com cuidado para não empurrar Nana. "Bom dia, Rito! Bom dia, Mikan!" Sua voz era melada de sono, mas cheia de alegria genuína. Sem hesitar, ela se aproximou do rosto de Rito, sua inocência permitindo-lhe ignorar completamente a proximidade ou o contexto. Seus lábios encontraram os dele em um beijo matinal que já se tornara ritual - suave, carinhoso, mas com uma familiaridade íntima que falava de inúmeras manhãs assim.
Rito respondeu ao beijo com naturalidade e uma ponta de calor, seus lábios se movendo contra os dela.
Eles se separaram ao som da voz chocada de Mikan. "Lala, o que você está fazendo!?" Ela perguntou, os olhos arregalados, mesmo sabendo perfeitamente da relação. Ver aquela intimidade tão desinibida ainda a deixava atordoada.
Lala sorriu, radiante e despreocupada. "É o beijo de bom dia!" Ela anunciou, como se estivesse explicando o óbvio. "Todo dia eu e o Rito nos beijamos assim quando acordamos! É muito gostoso e deixa o dia mais feliz!" Ela sorriu para Mikan, totalmente inconsciente do constrangimento que causava.
"B-Beijo de bom dia!?" Mikan repetiu, a voz um pouco estridente. A ideia de um ritual tão íntimo sendo executado com tanta naturalidade era... intensa.
Quase como se tivesse esperado o momento perfeito, Momo se mexeu. Ela não bocejou, nem deu bom dia. Seus olhos roxos se abriram, já alertas e perspicazes, e ela simplesmente se inclinou sobre Rito, ignorando Nana que dormia sobre ele, e capturou seus lábios em outro beijo. Este foi um pouco diferente do de Lala - mais lento, mais exploratório, com a ponta da língua roçando suavemente o lábio inferior de Rito antes de se aprofundar por um instante provocador. Durou alguns segundos, carregado de uma intimidade que falava de segredos compartilhados e noites quentes.
Quando se separaram, Momo sorriu, seus olhos brilhando com malícia. "Bom dia, todo mundo!" Ela cumprimentou, olhando diretamente para Mikan. "Tudo bem, Mikan? Você parece um pouco... surpresa." Seu olhar então desviou para Rito, e um sorrisinho danado surgiu. "Mikan não vai dar o beijo de bom dia no Rito-san?" A provocação foi lançada como uma luva, direta e eficiente. Era Momo começando o dia como pretendia continuar: aprofundando laços e testando limites.
"B-beijar o Onii-chan?" Mikan engasgou. As memórias do beijo apaixonado deles, da noite em que tudo mudou, inundaram-na. Seu coração acelerou como um tambor de guerra, e um rubor intenso tomou conta de seu rosto e pescoço. Ela olhou para Rito, ainda parcialmente preso sob Nana e com Lala agarrada a seu braço. A expectativa no olhar dele era palpável, mesmo tentando disfarçar com um tom tranquilizador.
"Mikan, não precisa se forçar, nós podemos ir com calma." Rito disse, sua voz suave, mas havia uma ansiedade inegável por trás das palavras, um brilho de desejo no fundo dos olhos castanhos que a fitavam.
"Mas eu quero, idiota!" O pensamento rugiu dentro de Mikan, mais forte que a vergonha. Aquele anseio que a consumira durante a noite voltou com força total. Ela respirou fundo, juntando toda a coragem. Ignorando o olhar atento de Momo e a presença sonolenta de Lala, ela se inclinou sobre a cama. Com mãos ligeiramente trêmulas, ela tocou o rosto de Rito e aproximou seus lábios dos dele. O beijo começou tímido, um toque suave e hesitante.
Rito ficou imóvel por uma fração de segundo, surpreso pela iniciativa direta ali, na frente das outras. Mas então, como se um gatilho tivesse sido puxado, a mecha dourada perto de seu olho brilhou intensamente, banhando parte de seu rosto em um dourado metálico. Sua expressão suave se transformou em algo mais lascivo, mais possessivo. Com um movimento rápido e inesperado, sua mão livre voou para a nuca de Mikan, prendendo-a com firmeza. Ele não a deixou recuar. Em vez disso, ele devolveu o beijo com uma paixão avassaladora.
Foi como ser atingida por um raio. Mikan emitiu um pequeno som de surpresa que foi imediatamente abafado pela boca de Rito. Seus lábios se moveram contra os dela com uma fome que a deixou tonta. Sua língua invadiu sua boca com autoridade, explorando, saboreando, exigindo resposta. Mikan, inicialmente congelada, derreteu-se naquele calor. Seus dedos se enterraram nos cabelos dele, puxando-o ainda mais perto, respondendo ao fogo com fogo próprio. O mundo ao redor desapareceu - Lala, Momo, Nana, tudo se dissolveu naquele vórtice de sensações. Era apenas ela e Rito, e a confirmação brutal e deliciosa de que o que sentiam era real, intenso e incontrolável.
Quando Rito finalmente a soltou, após longos e ardentes segundos, um fio de saliva prateado conectou seus lábios inchados e brilhantes. Ambos estavam ofegantes, com os rostos ruborizados, os olhos escuros de desejo mútuo e uma expressão de pura surpresa e êxtase. O ar no quarto parecia carregado de eletricidade.
"Estava com vontade de beijar ela mesmo, Rito-san~" Momo provocou, sua mão tapando a boca para conter um risinho malicioso, seus olhos roxos cintilando de diversão e aprovação. "Belo começo de dia."
Lala apenas observava, um pouco confusa, mas sorrindo. "O beijo de bom dia da Mikan foi mais longo que o meu e o da Momo!" Ela comentou, inocente.
Mikan não ouviu direito. A realidade voltou a golpes. Ela viu o fio de saliva, sentiu o calor abrasador no rosto, percebeu os olhares fixos nela. Um pânico doce e avassalador tomou conta. "E-Eu vou arrumar a mesa!" Ela gritou, a voz estridente, e virou-se tão rápido que quase tropeçou. Saiu do quarto como um furacão, fechando a porta atrás de si com um clique suave.
Mas, do outro lado da porta, apoiada na parede fria do corredor, Mikan não chorou nem se lamentou. Um sorriso enorme, impossível de conter, estampou seu rosto, indo literalmente de orelha a orelha. Ela tocou os lábios ainda formigantes, sentindo o sabor dele. "Ele me beijou assim... na frente delas..." A felicidade era uma bolha dourada que a elevava do chão. Ela estava realmente namorando Rito. E ele a desejava. Tanto quanto ela o desejava. O constrangimento era real, mas a alegria era mil vezes maior.
Dentro do quarto, Momo soltou uma risadinha. "Onee-sama, vamos ajudar a Mikan?" Ela sugeriu, olhando para Lala com um brilho conspiratório nos olhos.
"Vamos!" Lala concordou com entusiasmo, saltando da cama com sua energia matinal característica. Ela saiu pela porta, ainda bocejando adoravelmente.
Momo se levantou com mais elegância. Antes de sair, parou na porta e olhou diretamente para o monte de cobertores que era Nana, ainda deitada sobre Rito. "Nana" Ela disse, sua voz baixa mas carregada de significado. "Eu sei que você está acordada." Um último sorrisinho de raposa, e ela fechou a porta suavemente.
O silêncio que se seguiu foi espesso. Rito olhou para o vulto sob os lençóis. "Nana?" Ele chamou suavemente. "Está acordada?"
Lentamente, os cobertores se moveram. A cabeça de Nana emergiu, seus cabelos rosa desalinhados, seu rosto ainda marcado pelo rubor intenso da noite anterior. Ela evitava olhar diretamente para ele, fitando um ponto no peito dele. "E-Eu estava... envergonhada." Ela admitiu, a voz rouca e baixa. "Depois... do que aconteceu ontem à noite." A lembrança do gemido involuntário provocado por ele, a humilhação de ter sido descoberta por Momo e Lala, ainda queimava.
Rito sentiu uma onda de culpa. Ele levantou a mão livre (a outra estava presa sob o corpo dela) e acariciou suavemente o cabelo dela. "Desculpa, Nana..." Ele sussurrou, com sinceridade. "É que..." Ele hesitou, procurando as palavras certas. "Você estava tão fofa ontem... Eu não consegui resistir!" O tom era confessional, quase desesperado.
Nana estremeceu, e desta vez olhou diretamente para ele, seus olhos vermelhos arregalados. "Idiota! Não diz isso do nada!" O rubor explodiu em seu rosto novamente, atingindo as pontas das orelhas. A mistura de raiva e vergonha era evidente.
Rito, no entanto, viu a abertura. Um pequeno sorriso teimoso se formou em seus lábios. "Mas é verdade." Ele insistiu, sua voz ficando mais suave, mais íntima. "Você realmente fica incrivelmente fofa quando está envergonhada." Com cuidado, ele colocou os dedos sob o queixo dela, levantando gentilmente seu rosto para que seus olhos se encontrassem.
O contato visual foi como um choque. Nana viu a sinceridade no olhar castanho de Rito, o desejo ainda presente, mas agora misturado com afeição profunda. O medo e a vergonha começaram a se dissolver, substituídos por uma atração magnética. Rito moveu-se lentamente, seus lábios se aproximando dos dela. Nana não recuou. Ela fechou os olhos um instante antes de seus lábios se encontrarem.
O beijo começou suave, exploratório, um pedido de desculpas e uma confirmação. Mas rapidamente a intensidade cresceu. Rito abraçou-a com força, puxando-a mais para cima dele, seus lábios se movendo com crescente paixão. Nana respondeu com igual fervor, sua mão agarrando o ombro dele, seus dedos se enterrando no tecido da camiseta. A mecha dourada de Rito brilhou com força, iluminando parte do rosto de Nana. O ar entre eles ficou quente, pesado. Quando Rito aprofundou o beijo, sua língua encontrando a dela, Nana emitiu um gemido baixo, abafado, de pura entrega.
Após alguns segundos que pareceram uma eternidade, eles se separaram por necessidade de ar, mas um fio de saliva prateado e brilhante ainda os conectava. Eles fitaram-se, ofegantes, o desejo ardendo claramente em seus olhos. Nana estava visivelmente envergonhada, mas também havia uma ousadia nova ali, uma aceitação do que sentia.
"Eu te amo, minha princesa fofa!" Rito sussurrou, seu sorriso amplo e adorável, enquanto sua mão alisava suavemente a bochecha corada dela. O termo de afeto, combinado com a sinceridade brutal, foi um golpe direto no coração de Nana.
O coração dela acelerou violentamente, batendo contra as costelas como um pássaro preso. O amor que sentia por Rito, já intenso, parecia explodir em novas dimensões. Desta vez, foi Nana quem se moveu. Sem hesitar, sem pensar nas consequências, ela capturou os lábios dele novamente em um beijo feroz, apaixonado, quase desesperado. Foi um beijo que falava de posse, de desejo acumulado e da felicidade avassaladora de ser amada daquela forma. Rito, pego de surpresa mas rapidamente dominado pelo próprio fogo, respondeu com igual intensidade, seus braços envolvendo-a com força. Sua mão, que estava em sua cintura, começou a descer lentamente, explorando as curvas de seu quadril, descendo pela lateral da coxa com uma possessividade que fez Nana estremecer contra ele.
"Ham, ham!" O som claro de alguém limpando a garganta ecoou no quarto.
Rito e Nana se separaram como se tivessem levado um choque, virando-se assustados para a porta. Momo estava lá, apoiada na moldura, seus olhos roxos brilhando com divertida reprovação e um sorrisinho de raposa estampado no rosto.
"Calma, pombinhos..." Ela disse, sua voz meliflua carregada de ironia. "Ainda vai ter bastante tempo para isso." Seu olhar pousou especificamente em Nana, o sorriso se alargando. "Nana... eu não esperava isso de você. Tão agressiva logo pela manhã~?"
"M-Momo, cala a boca!" Nana gritou, a vergonha voltando com força total. Ela enterrou o rosto no peito de Rito novamente, tentando se esconder da irmã e do mundo. "Eu realmente gosto muito dele..." O pensamento ecoou em sua mente, intenso e inegável, fazendo-a corar ainda mais contra o tecido da camiseta de Rito. Ela sentia que aquilo que tinha por ele não era algo fraco ou passageiro.
Então, uma coragem inédita, nascida do fundo de seu núcleo mais íntimo, brotou dentro dela. Ela se soltou do abraço de Rito, sentou-se na cama e encarou Momo diretamente, seus olhos violeta brilhando com uma determinação feroz, apesar do rubor intenso. "Nós somos amantes!" Ela declarou, sua voz tremendo ligeiramente, mas alta e clara. "E eu amo ele! Então não tem problemas se eu beijá-lo quando eu quiser!" Foi um grito de independência, uma afirmação de seus sentimentos e seu lugar ao lado de Rito.
Momo ficou imóvel por um segundo. Então, seu rosto iluminou-se. Mas não foi seu sorriso habitual, provocativo e malicioso. Foi um sorriso amplo, genuíno, radiante de felicidade pura. "Estou tão feliz em ouvir isso, Nana." Ela disse, sua voz macia e quente, quase emocionada. "Você finalmente admitiu que ama o Rito." A cumplicidade entre irmãs, aquela conexão profunda que só elas compartilhavam, estava visível no ar.
"Nana..." Momo continuou, seu olhar cheio de um orgulho terno. "Você cresceu tanto."
Nana olhou para Momo, vendo além da fachada de provocadora. Viu o alívio, a alegria sincera por ela ter enfrentado seus medos e abraçado seu coração. Um sorriso hesitante, mas verdadeiro, surgiu nos lábios de Nana. Era um sorriso de aceitação, de gratidão, de amor de irmã. "Momo..."
"RRRRRRRR!" Um rugido cavernoso e inoportuno cortou o momento emocional. A barriga de Rito protestava alto e claramente contra a falta de comida.
O som absurdo foi o estopim. As duas irmãs, presas no olhar carregado de cumplicidade e afeto, soltaram uma gargalhada sincera e alta. A tensão, a vergonha, a emoção intensa - tudo se dissolveu naquele riso compartilhado.
Após alguns segundos que pareceram uma eternidade, eles se separaram por necessidade de ar, mas um fio de saliva prateado e brilhante ainda os conectava. Eles fitaram-se, ofegantes, o desejo ardendo claramente em seus olhos. Nana estava visivelmente envergonhada, mas também havia uma ousadia nova ali, uma aceitação do que sentia.
"Eu te amo, minha princesa fofa!" Rito sussurrou, seu sorriso amplo e adorável, enquanto sua mão alisava suavemente a bochecha corada dela. O termo de afeto, combinado com a sinceridade brutal, foi um golpe direto no coração de Nana.
O coração dela acelerou violentamente, batendo contra as costelas como um pássaro preso. O amor que sentia por Rito, já intenso, parecia explodir em novas dimensões. Desta vez, foi Nana quem se moveu. Sem hesitar, sem pensar nas consequências, ela capturou os lábios dele novamente em um beijo feroz, apaixonado, quase desesperado. Foi um beijo que falava de posse, de desejo acumulado e da felicidade avassaladora de ser amada daquela forma. Rito, pego de surpresa mas rapidamente dominado pelo próprio fogo, respondeu com igual intensidade, seus braços envolvendo-a com força. Sua mão, que estava em sua cintura, começou a descer lentamente, explorando as curvas de seu quadril, descendo pela lateral da coxa com uma possessividade que fez Nana estremecer contra ele.
"Ham, ham!" O som claro de alguém limpando a garganta ecoou no quarto.
Rito e Nana se separaram como se tivessem levado um choque, virando-se assustados para a porta. Momo estava lá, apoiada na moldura, seus olhos roxos brilhando com divertida reprovação e um sorrisinho de raposa estampado no rosto.
"Calma, pombinhos..." Ela disse, sua voz meliflua carregada de ironia. "Ainda vai ter bastante tempo para isso." Seu olhar pousou especificamente em Nana, o sorriso se alargando. "Nana... eu não esperava isso de você. Tão agressiva logo pela manhã~?"
"M-Momo, cala a boca!" Nana gritou, a vergonha voltando com força total. Ela enterrou o rosto no peito de Rito novamente, tentando se esconder da irmã e do mundo. "Eu realmente gosto muito dele..." O pensamento ecoou em sua mente, intenso e inegável, fazendo-a corar ainda mais contra o tecido da camiseta de Rito. Ela sentia que aquilo que tinha por ele não era algo fraco ou passageiro.
Então, uma coragem inédita, nascida do fundo de seu núcleo mais íntimo, brotou dentro dela. Ela se soltou do abraço de Rito, sentou-se na cama e encarou Momo diretamente, seus olhos violeta brilhando com uma determinação feroz, apesar do rubor intenso. "Nós somos amantes!" Ela declarou, sua voz tremendo ligeiramente, mas alta e clara. "E eu amo ele! Então não tem problemas se eu beijá-lo quando eu quiser!" Foi um grito de independência, uma afirmação de seus sentimentos e seu lugar ao lado de Rito.
Momo ficou imóvel por um segundo. Então, seu rosto iluminou-se. Mas não foi seu sorriso habitual, provocativo e malicioso. Foi um sorriso amplo, genuíno, radiante de felicidade pura. "Estou tão feliz em ouvir isso, Nana." Ela disse, sua voz macia e quente, quase emocionada. "Você finalmente admitiu que ama o Rito." A cumplicidade entre irmãs, aquela conexão profunda que só elas compartilhavam, estava visível no ar.
"Nana..." Momo continuou, seu olhar cheio de um orgulho terno. "Você cresceu tanto."
Nana olhou para Momo, vendo além da fachada de provocadora. Viu o alívio, a alegria sincera por ela ter enfrentado seus medos e abraçado seu coração. Um sorriso hesitante, mas verdadeiro, surgiu nos lábios de Nana. Era um sorriso de aceitação, de gratidão, de amor de irmã. "Momo..."
"RRRRRRRR!" Um rugido cavernoso e inoportuno cortou o momento emocional. A barriga de Rito protestava alto e claramente contra a falta de comida.
O som absurdo foi o estopim. As duas irmãs, presas no olhar carregado de cumplicidade e afeto, soltaram uma gargalhada sincera e alta. A tensão, a vergonha, a emoção intensa - tudo se dissolveu naquele riso compartilhado.
"Vamos descer!" Momo anunciou, ainda rindo, enxugando uma lágrima de diversão do canto do olho. "A Mikan já preparou o café da manhã! E alguém aqui." Ela apontou dramaticamente para Rito, que estava ruborizado e rindo de si mesmo. "precisa urgentemente ser alimentado!"
Nana saiu da cama, ainda com um sorriso no rosto e o rubor diminuindo. Rito se levantou, esticando-se, seus músculos se delineando sob a camiseta. Ele se aproximou de Nana, deu um beijo rápido e suave em sua bochecha ainda quente e disse: "Vou indo na frente." Ele saiu pela porta, deixando Nana sozinha no quarto por um instante, com o toque de seus lábios queimando em sua pele e um novo rubor, desta vez mais feliz do que envergonhado, subindo em seu rosto.
A atmosfera na mesa do café da manhã era uma mistura eletrizante de constrangimento, felicidade e ciúmes doces. Mikan, ocupada servindo o arroz e o peixe frito, lançava olhares rápidos e intensos para Rito sempre que ele não estava olhando diretamente. Cada olhar fazia seu coração dar um salto, uma lembrança do beijo ardente da manhã. Nana, sentada ao lado de Rito, fazia o mesmo. Ela tentava disfarçar, concentrando-se em sua comida, mas seus olhos vermelhos escapuliam constantemente em sua direção, especialmente para seus braços ou seu rosto, e um leve rubor teimava em voltar às suas bochechas. Lala comia com o apetite de sempre, feliz e despreocupada, enquanto Momo observava a cena com um sorriso satisfeito e ligeiramente malicioso, saboreando cada nuance das interações.
Foi Nana quem quebrou a relativa calma, seu garfo parando no ar enquanto um pensamento importante a atingiu. "Ah! Momo, eu esqueci de te contar!" Ela olhou para a irmã, seus olhos sérios. "Lembra quando o Rito estava em coma? A Momioka Risa... ela disse algo importante!"
Todas as atenções se voltaram para Nana. Rito, que estava levando uma colher de arroz à boca, congelou.
"Ela disse..." Nana fez uma pausa dramática, olhando diretamente para Rito. "... que assim que ele acordasse, ela ia se confessar para ele. Que ia dizer tudo o que sentia."
"COF! COF! COF!" Rito engasgou violentamente com o arroz, batendo no peito enquanto tossia, seus olhos arregalados de choque genuíno. Mikan correu para lhe dar um copo d'água.
"Que ótima notícia!" Momo exclamou, seus olhos brilhando como duas estrelas maliciosas. Um sorriso de raposa, largo e calculista, esticou seus lábios. "Ela sempre provocou o Rito de um jeito tão... específico. Agora sabemos o verdadeiro motivo por trás de tudo. Pobre Risa-chan, sofrendo em silêncio~♥"
"EEHHHH!?" Lala quase pulou da cadeira, seu garfo caindo no prato com um tilintar. "A Risa também gosta do Rito!? Sério!?" Sua surpresa era inocente e total.
Rito, ainda tossindo, mas recuperando o fôlego com a água, concordou com a cabeça, o rosto ainda vermelho. "Agora faz sentido... o que aconteceu outra vez." Ele murmurou, mais para si mesmo.
"Aconteceu o quê?" Mikan perguntou, sentando-se novamente, sua curiosidade superando momentaneamente o constrangimento. Seus olhos estavam fixos em Rito.
Rito esfregou a nuca, constrangido. "Foi... um tempo atrás. Um cara estava dando em cima dela de um jeito muito insistente, assustador até. Ela... ela agarrou meu braço e disse que eu era o namorado dela, para espantar o cara." Ele fez uma pausa, sentindo os olhares intensos sobre ele. "Funcionou, ele foi embora. Mas aí... ela disse que eu merecia uma recompensa. Fomos até o café onde a Mio trabalha, tomamos algo... e depois... ela me pediu para levar ela em casa."
O suspense era palpável. Momo estava inclinada para a frente, seus olhos brilhando, uma pequena gota de saliva involuntária aparecendo no canto de sua boca. Nana franziu o cenho, um ciúme previsível nítido em seu rosto. Mikan mordeu o lábio inferior.
"Chegando na porta da casa dela..." Rito continuou, evitando o contato visual. "... ela me convidou para entrar. Disse que seus pais não estavam." Ele engoliu seco. "Eu... entrei. Ela me mostrou o quarto dela... e então... fechou a porta." Ele fez outra pausa dramática. "E... me empurrou na cama."
"Aquela pervertida..." Nana rosnou baixinho, seus punhos se apertando sobre a mesa.
Rito continuou, a voz mais rápida agora. "Ela pulou em cima de mim... falou umas coisas... realmente pervertidas... e tentou me beijar." Ele fez uma careta de constrangimento. "Só que eu... eu virei o rosto. Tava envergonhadíssimo. Fiquei gaguejando 'n-nã, n-não, não, Risa-san!' várias vezes..." Ele imitou sua própria voz desesperada, fazendo Lala soltar uma risadinha. "Ela riu... uma risada meio... estranha. E me disse: 'Obrigada por ajudar a matar o meu tempo, Yuuki-kun.'" Ele terminou, soltando um suspiro. "E... por favor, não contem nada disso para ela, tá? Foi constrangedor o suficiente na época."
Um silêncio pesado caiu sobre a mesa. Todas processavam a história, a imagem da audaciosa Risa Momioka tentando seduzir (ou assediar?) um Rito muito mais tímido no passado.
"Interessante..." Momo quebrou o silêncio, seu dedo indicador batendo suavemente no queixo, seus olhos semicerrados em pensamento calculista. "Então ela realmente sente algo forte por você, Rito-san. Mais do que eu imaginava." Ela olhou diretamente para ele. "Ela vai se confessar para você amanhã, segundo a Nana. Ela é bonita e cheia de personalidade... uma ótima adição para o harém, não acha? E ela gosta de você. O que você vai fazer?"
Rito olhou para o prato, seu rosto sério. A ideia de outra garota se juntando ao seu já complicado relacionamento era assustadora. Mas ele também lembrava da Risa - sua coragem, sua lealdade (mesmo disfarçada de provocação),e aquele momento vulnerável na escola, quando ela, segundo contaram as garotas, chorou ao vê-lo ferido. "Eu... vou ouvir o que ela tem a dizer." Ele começou, sua voz firme. "Vou perguntar o motivo dela gostar de mim... como tudo começou." Ele levantou o olhar, encontrando os olhos de Momo, depois de Nana, Lala e Mikan. "Preciso entender."
"Rito-san." Momo disse, sua voz suave mas cheia de apoio incondicional. "Pode falar o que está realmente pensando. Nós somos suas parceiras. Iremos te apoiar em tudo, seja qual for a decisão." Lala concordou entusiasticamente com a cabeça. Nana fez um pequeno aceno, ainda com o cenho franzido, mas sem hostilidade. Mikan manteve-se quieta, mas seu olhar era de aceitação.
Rito respirou fundo, sentindo o peso, mas também a força que aquele apoio lhe dava. Ele olhou para cada uma delas - Lala com seu amor puro, Momo com sua astúcia protetora, Nana com sua paixão teimosa, Mikan com seu amor profundo e familiar. O harém era um desafio, mas era seu desafio, sua família escolhida. E Risa... Risa sempre fizera parte da vida dele, de um jeito conturbado, mas real. "Eu..." Ele começou, sua voz ganhando convicção. "... vou aceitar a confissão dela."
A reação foi imediata. "É claro que vai!" Mikan exclamou, um sorriso travesso iluminando seu rosto enquanto ela apontava o hashi para ele. "Você agora é um playboy de mão cheia! Cinco garotas? O Onii-chan está insaciável!"
A piada foi o estopim perfeito. Nana foi a primeira a soltar uma risada alta e genuína, aliviando a tensão. Momo seguiu, com sua risada melodiosa e maliciosa. Lala riu junto, contagiosa pela alegria das outras. Rito apenas gemeu e enterrou o rosto nas mãos, o rubor queimando suas orelhas, mas um pequeno sorriso teimoso também apareceu sob seus dedos. Ele podia ser um "playboy", mas era um playboy amado, e isso fazia toda a diferença.
"Oneee-sama, Nana." Momo anunciou, recuperando o fôlego e limpando uma lágrima de riso. "Após o café, vamos jogar aquele jogo que eu prometi! Está na hora de descobrirmos algumas... coisinhas interessantes."
"Tô ansiosa para ver a continuação!" Lala pulou na cadeira, seus olhos brilhando com antecipação ingênua.
"Hum!" Nana concordou, com um aceno mais contido, mas seus olhos mostravam uma curiosidade genuína, agora temperada com o conhecimento do que provavelmente a aguardava.
"Que jogo? É sobre o quê?" Mikan perguntou, inclinando-se para a frente, sua curiosidade natural superando a cautela.
Momo virou-se para ela, seu sorriso assumindo um tom ligeiramente mais sério, mas ainda com um brilho travesso. "Está na hora da Onee-sama e da Nana entenderem algumas coisinhas mais... adultas." Ela explicou, escolhendo as palavras com cuidado, mas deixando a implicação clara. "Coisas sobre amor, sentimentos... e como os corpos reagem. Você também pode vir se quiser, Mikan!" O convite foi feito com um sorriso aberto, mas os olhos de Momo eram perspicazes, avaliando a reação.
"C-Coisinhas de Adultos?" Mikan engasgou, seu rosto ficando instantaneamente vermelho como um tomate. Ela recuou na cadeira como se tivesse levado um choque. "Eu... eu tenho outras coisas para fazer! Lavar roupa, arrumar a cozinha... Se divirtam sozinhas!" Ela levantou-se rapidamente, começando a juntar os pratos vazios com movimentos bruscos, evitando qualquer contato visual.
Em seus pensamentos, no entanto, a verdade era clara: "Acho que agora não... Não estou pronta para ver... essas coisas agora... mesmo que seja só um jogo. E com as princesas do espaço!? Muito constrangedor! Daqui há uns 2 anos talvez..." O rubor em seu rosto não diminuía.
Momo observou o rosto flamejante de Mikan e a agitação nervosa. Ela viu a hesitação, o medo do desconhecido e do constrangimento. Por um instante, considerou pressionar, sabendo que o conhecimento seria benéfico para Mikan também, que ela era parte integrante do harém. Mas viu também a vulnerabilidade nos olhos castanhos da amiga. "Não é o momento." Momo decidiu internamente, seu instinto protetor falando mais alto. "Ela precisa de mais tempo para se acostumar com o que já temos. Forçá-la agora só a afastaria." Ela deu um pequeno aceno, aceitando a recusa. "Tudo bem, Mikan. Outra hora, então."
As irmãs Deviluke terminaram o café rapidamente, a antecipação pelo "jogo" pairando no ar. Elas subiram as escadas em direção ao quarto de Momo, deixando Mikan na cozinha, aliviada mas com uma pequena pontada de curiosidade reprimida.
O quarto de Momo era um santuário rosa e itens fofos. Bichos de pelúcia disputavam espaço com consoles de aparência futurista. Momo sentou-se diante de sua estação de trabalho principal, um assento ergonômico flutuando levemente. Lala se acomodou em uma poltrona inflável roxa ao seu lado direito, balançando as pernas animadamente. Nana ficou à esquerda, em pé inicialmente, seus braços cruzados, tentando parecer desinteressada, mas sua postura rígida traía a tensão.
"Vamos começar!" Momo anunciou, seus dedos voando sobre um teclado. A grande tela do computador ligou, mostrando uma interface colorida e animada de um jogo de romance japonês com gráficos impressionantemente realistas. O título brilhava: "The sacred story: Um Amor Intergaláctico". Momo selecionou "Continuar" em um save point claramente preparado.
Peke, que havia seguido as garotas discretamente, flutuou perto da porta, seus olhinhos se arregalando conforme as primeiras cenas românticas inocentes se desenrolavam - passeios no parque, conversas fofas, troca de presentes. "Lala-sama." Ele pipocou, sua voz sintética carregada de preocupação. "Este conteúdo não me parece adequado para as princesa-"
Momo não deixou ele terminar. Com um movimento rápido e fluido, ela pegou o pequeno robô flutuante. "Desculpe, Peke." Ela disse, sem um pingo de arrependimento real, enquanto o levava até a porta. "O futuro emocional da Onee-sama está em jogo. É necessário." Antes que Peke pudesse protestar, ela o colocou para fora do quarto e fechou a porta com um clique decisivo. "Silêncio absoluto." Ela ordenou através da porta, ativando um bloqueio de som suave no painel ao lado.
Voltando ao assento, Momo respirou fundo. "Agora, sem interrupções." Ela avançou no jogo. A narrativa progrediu rapidamente para momentos mais íntimos. O protagonista masculino e sua interesse romântica estavam sozinhos em seu quarto, a tensão romântica palpável. Em uma cena, após um beijo apaixonado, o personagem masculino timidamente colocou as mãos sobre os seios da garota, apertando-os suavemente através do tecido da blusa.
Nana soltou um pequeno suspiro, seu rosto aquecendo levemente. Lala inclinou-se para a frente, seus olhos verdes fixos na tela, uma expressão de pura curiosidade fascinada em seu rosto.
"Por quê... meu corpo está tão quente?" A voz suave e confusa da personagem feminina ecoou pelos alto-falantes do quarto. "O que é esse formigamento estranho... entre minhas pernas?"
"Igual a mim." O pensamento escapou de Nana, quase audível. Ela cruzou as pernas inconscientemente.
"Ah! Eu também sinto isso!" Lala exclamou, apontando para a tela, totalmente imersa. "O formigamento lá em baixo! E o corpo ficando quente! É exatamente assim que eu fico quando o Rito faz aquelas coisas comigo enquanto dorme!" Sua afirmação foi feita com a mesma naturalidade com que comentaria o clima.
Momo quase caiu da cadeira flutuante. Seus olhos arregalaram-se, e ela girou rapidamente para encarar Lala. "Onee-sama! Que tipo de 'coisas' o Rito-san faz com você enquanto dorme!?" A voz de Momo estava carregada de alarme genuíno e uma ponta de pânico. "Rito-san, o que você aprontou com a inocência da Onee-sama enquanto eu não estava olhando!?"
"Aquele idio-" Nana começou, sua raiva habitual contra Rito surgindo, mas Momo a interrompeu com um gesto brusco.
"Nana." Momo disse, recuperando um pouco da compostura, mas seu olhar ainda estava sério. "Você também sentiu isso, né? Ontem na banheira... e à noite na cama. Deu pra perceber pelo seu rosto." A provocação estava lá, mas também uma busca por confirmação, por solidariedade naquela descoberta.
Nana ficou petrificada. Ela não conseguia olhar para Momo, seu rosto queimando como brasa. As memórias invadiram-na: as mãos fortes de Rito acariciando sua barriga sob a água quente, seus dedos encontrando lugares íntimos, o calor insuportável e o formigamento avassalador que a dominaram na cama quando ele tocou sua cauda... Ela engoliu seco e fez um pequeno aceno, quase imperceptível.
"Eu também fiquei assim quando ele beijou meu peito na banheira!" Lala ofereceu, feliz por contribuir, um leve rubor finalmente aparecendo em suas bochechas ao lembrar.
Um pensamento sarcástico e incontrolável passou pela mente de Momo: "Aquilo não foi um 'beijo', Onee-sama... ele abocanhou seu peito e começou a chupar como se fosse um bebê faminto!" Ela teve que morder o lábio inferior com força para conter uma risada inapropriada. A imagem era hilariante e extremamente pervertida.
"O que vocês estão sentindo pelo Rito." Momo começou, sua voz séria agora, tentando redirecionar o foco. "Tem um nome. Mas..." Ela hesitou, olhando para a Lala, cuja inocência era um tesouro frágil. "... É difícil falar isso na frente da Onee-sama de um jeito direto. Então, vou conduzir vocês até acharem a palavra. É um jogo dentro do jogo!" Ela forçou um tom leve, pegando uma caneta azul comum de sua mesa.
"Qual o diminutivo de 'caneta'?" Momo perguntou, segurando a caneta no ar.
"Canetinha." Nana respondeu prontamente, intrigada com a direção estranha.
"Qual o aumentativo?" Momo balançou a caneta.
"Canetão!" Lala respondeu animada, gostando do "jogo".
Momo apontou para a pequena mesa de cabeceira ao lado. "Qual o diminutivo de 'mesa'?"
"Mesinha." Nana respondeu, sua curiosidade crescendo.
"Qual o aumentativo de 'mesa'?" Momo apontou para a mesa maior onde ficava o computador.
"Mesão!" Lala gritou, sorrindo.
Momo pegou uma folha de papel branco e desenhou rapidamente uma letra "T" maiúscula bem visível. Ela segurou o papel. "Qual o diminutivo de 'T'?" Ela perguntou, sua voz ficando um pouco mais tensa, um leve rubor começando a tingir suas bochechas.
"Têzinho?" Nana arriscou, confusa, notando a mudança no comportamento de Momo.
Momo respirou fundo, como se se preparando para um salto. O rubor se intensificou. "Qual o... aumentativo de 'T'?" A pergunta saiu um pouco mais alta do que o pretendido.
"Tesão!" Lala declarou, com toda a força e inocência do mundo, sua voz clara e sem qualquer constrangimento.
O efeito foi instantâneo. Momo soltou um pequeno grito abafado, tapando a boca com as mãos, seu rosto agora vermelho vivo. "O-Onee-sama! Não fala isso tão alto!" Ela sussurrou, constrangida até a alma. Nana estava igualmente escarlate, cobrindo o rosto com as mãos e emitindo um gemido baixo de pura vergonha.
Lala olhou de uma para a outra, perplexa. "Por quê? É só uma palavra do jogo..."
Momo respirou fundo algumas vezes, tentando se recompor. "Nana e a Onee-sama amam o Rito..." Ela começou, sua voz voltando ao tom sério, embora ainda trêmula. "Isso é o coração. A forma como o coração de vocês demonstra esse amor é através de palavras e ações. Como o Rito confessando seu amor por nós... Isso é uma forma bonita."
Ela fez uma pausa, escolhendo as palavras com cuidado. "O que vocês sentem fisicamente pelo Rito, esse formigamento, esse calor... esse... impulso... tem um nome. É o 'Tesão'." A palavra saiu em um sussurro quase inaudível. "O Tesão... é uma forma do corpo demonstrar amor. É... uma reação natural quando se está perto de quem se ama muito, de um jeito íntimo."
O silêncio que se seguiu foi pesado. Lala parecia estar processando, seus olhos fixos em Momo. Nana olhava para as próprias mãos, o rosto ainda ardente.
"Mas, Onee-sama." Momo continuou, olhando diretamente para Lala, sua voz ficando mais firme, "Isso é algo muito, muito íntimo. Você não pode sair falando sobre isso para todo mundo, entendeu? Nem sobre o que sente, nem sobre o que o Rito faz."
"Eu também não falaria!" Lala protestou, finalmente ficando visivelmente envergonhada, seu rosto corado. "Dá um friozinho na barriga só de pensar!"
"A Onee-sama envergonhada é tão fofa!" Momo pensou, seu coração derretendo um pouco.
"O motivo não é só pela vergonha." Momo explicou. "É porque as pessoas podem não entender. Podem te chamar de... pervertida." Ela franziu o cenho levemente ao dizer a palavra.
Momo respirou fundo novamente, reunindo coragem para o próximo passo. "Mas... vou contar um segredinho para vocês." Ela baixou a voz, criando uma atmosfera de cumplicidade. "Vocês podem ser... pervertidas." As irmãs arregalaram os olhos. "Mas somente quando estiverem a sós com o Rito... ou quando estiverem só com as outras integrantes do harém. Como agora." Ela fez uma pausa significativa, olhando para Lala. "Só que... a Onee-sama já faz coisas pervertidas sem saber."
"Eu faço? Como?" Lala perguntou, genuinamente perplexa e curiosa.
"Dormir nua com o Rito." Momo listou. "Tomar banho com ele pelada... Se o Rito fosse um garoto maldoso, ele poderia se aproveitar muito de você nessas situações, Onee-sama." O tom era sério agora. "Mas o Rito... ele é gentil. Bondoso. Ele sempre pensa nos outros antes de si mesmo. Ele nos respeita." Havia um profundo afeto e gratidão na voz de Momo.
"O Rito é perfeito!" Lala afirmou com convicção absoluta.
"Ele realmente não é ruim." Nana admitiu, embora relutantemente. "Mas ele ainda se aproveita quando dorme... toca onde não deve."
"Mas ele está dormindo, Nana." Momo argumentou, tentando defender Rito. "Ele não faz por maldade. É o subconsciente dele, o desejo dele por vocês vazando. E... não é tão ruim, né?" Ela arriscou um pequeno sorriso.
Nana corou novamente e olhou para o lado, mas não negou.
"Agora." Momo disse, clareando a voz. "Vamos voltar ao jogo principal. A história está ficando boa!"
Ela avançou rapidamente. O jogo entrou em uma fase mais educativa. Uma amiga da protagonista explicou detalhadamente, com diagramas discretos mas claros, como os bebês eram concebidos - a união do óvulo e do espermatozoide, a gestação.
Lala, estava fascinada. Seus olhos brilhavam como faróis, sua boca ligeiramente aberta. Era como se um universo completamente novo, complexo e fundamental, estivesse se revelando diante dela. Cada palavra, cada imagem, era absorvida com intensa concentração. "Sinto que estou cometendo um crime ao mostrar isso para a Onee-sama." Momo murmurou para Nana, sentindo um peso de responsabilidade. Nana apenas concordou com um aceno, seus próprios olhos fixos na tela como uma estudante aplicada.
O ápice veio quando o jogo, sendo +18, mostrou uma cena explícita de amor entre o protagonista e sua amada. Foi estilizado, romantizado, mas inegavelmente gráfico, mostrando a união física completa.
Nana ficou super corada, mas manteve os olhos na tela. "A Mea já tinha me contado algo parecido... uma vez." Ela murmurou, lembrando-se de Mea e suas explicações indecentes. Ela estava hipnotizada. Seus olhos não piscavam, sua respiração ficou superficial. "N-Não cabe!" O pensamento escapou em um sussurro incrédulo, sua mente imediatamente saltando para a lembrança do tamanho impressionante (e intimidante) do membro de Rito que ela vira no banho.
Nana saiu da cama, ainda com um sorriso no rosto e o rubor diminuindo. Rito se levantou, esticando-se, seus músculos se delineando sob a camiseta. Ele se aproximou de Nana, deu um beijo rápido e suave em sua bochecha ainda quente e disse: "Vou indo na frente." Ele saiu pela porta, deixando Nana sozinha no quarto por um instante, com o toque de seus lábios queimando em sua pele e um novo rubor, desta vez mais feliz do que envergonhado, subindo em seu rosto.
A atmosfera na mesa do café da manhã era uma mistura eletrizante de constrangimento, felicidade e ciúmes doces. Mikan, ocupada servindo o arroz e o peixe frito, lançava olhares rápidos e intensos para Rito sempre que ele não estava olhando diretamente. Cada olhar fazia seu coração dar um salto, uma lembrança do beijo ardente da manhã. Nana, sentada ao lado de Rito, fazia o mesmo. Ela tentava disfarçar, concentrando-se em sua comida, mas seus olhos vermelhos escapuliam constantemente em sua direção, especialmente para seus braços ou seu rosto, e um leve rubor teimava em voltar às suas bochechas. Lala comia com o apetite de sempre, feliz e despreocupada, enquanto Momo observava a cena com um sorriso satisfeito e ligeiramente malicioso, saboreando cada nuance das interações.
Foi Nana quem quebrou a relativa calma, seu garfo parando no ar enquanto um pensamento importante a atingiu. "Ah! Momo, eu esqueci de te contar!" Ela olhou para a irmã, seus olhos sérios. "Lembra quando o Rito estava em coma? A Momioka Risa... ela disse algo importante!"
Todas as atenções se voltaram para Nana. Rito, que estava levando uma colher de arroz à boca, congelou.
"Ela disse..." Nana fez uma pausa dramática, olhando diretamente para Rito. "... que assim que ele acordasse, ela ia se confessar para ele. Que ia dizer tudo o que sentia."
"COF! COF! COF!" Rito engasgou violentamente com o arroz, batendo no peito enquanto tossia, seus olhos arregalados de choque genuíno. Mikan correu para lhe dar um copo d'água.
"Que ótima notícia!" Momo exclamou, seus olhos brilhando como duas estrelas maliciosas. Um sorriso de raposa, largo e calculista, esticou seus lábios. "Ela sempre provocou o Rito de um jeito tão... específico. Agora sabemos o verdadeiro motivo por trás de tudo. Pobre Risa-chan, sofrendo em silêncio~♥"
"EEHHHH!?" Lala quase pulou da cadeira, seu garfo caindo no prato com um tilintar. "A Risa também gosta do Rito!? Sério!?" Sua surpresa era inocente e total.
Rito, ainda tossindo, mas recuperando o fôlego com a água, concordou com a cabeça, o rosto ainda vermelho. "Agora faz sentido... o que aconteceu outra vez." Ele murmurou, mais para si mesmo.
"Aconteceu o quê?" Mikan perguntou, sentando-se novamente, sua curiosidade superando momentaneamente o constrangimento. Seus olhos estavam fixos em Rito.
Rito esfregou a nuca, constrangido. "Foi... um tempo atrás. Um cara estava dando em cima dela de um jeito muito insistente, assustador até. Ela... ela agarrou meu braço e disse que eu era o namorado dela, para espantar o cara." Ele fez uma pausa, sentindo os olhares intensos sobre ele. "Funcionou, ele foi embora. Mas aí... ela disse que eu merecia uma recompensa. Fomos até o café onde a Mio trabalha, tomamos algo... e depois... ela me pediu para levar ela em casa."
O suspense era palpável. Momo estava inclinada para a frente, seus olhos brilhando, uma pequena gota de saliva involuntária aparecendo no canto de sua boca. Nana franziu o cenho, um ciúme previsível nítido em seu rosto. Mikan mordeu o lábio inferior.
"Chegando na porta da casa dela..." Rito continuou, evitando o contato visual. "... ela me convidou para entrar. Disse que seus pais não estavam." Ele engoliu seco. "Eu... entrei. Ela me mostrou o quarto dela... e então... fechou a porta." Ele fez outra pausa dramática. "E... me empurrou na cama."
"Aquela pervertida..." Nana rosnou baixinho, seus punhos se apertando sobre a mesa.
Rito continuou, a voz mais rápida agora. "Ela pulou em cima de mim... falou umas coisas... realmente pervertidas... e tentou me beijar." Ele fez uma careta de constrangimento. "Só que eu... eu virei o rosto. Tava envergonhadíssimo. Fiquei gaguejando 'n-nã, n-não, não, Risa-san!' várias vezes..." Ele imitou sua própria voz desesperada, fazendo Lala soltar uma risadinha. "Ela riu... uma risada meio... estranha. E me disse: 'Obrigada por ajudar a matar o meu tempo, Yuuki-kun.'" Ele terminou, soltando um suspiro. "E... por favor, não contem nada disso para ela, tá? Foi constrangedor o suficiente na época."
Um silêncio pesado caiu sobre a mesa. Todas processavam a história, a imagem da audaciosa Risa Momioka tentando seduzir (ou assediar?) um Rito muito mais tímido no passado.
"Interessante..." Momo quebrou o silêncio, seu dedo indicador batendo suavemente no queixo, seus olhos semicerrados em pensamento calculista. "Então ela realmente sente algo forte por você, Rito-san. Mais do que eu imaginava." Ela olhou diretamente para ele. "Ela vai se confessar para você amanhã, segundo a Nana. Ela é bonita e cheia de personalidade... uma ótima adição para o harém, não acha? E ela gosta de você. O que você vai fazer?"
Rito olhou para o prato, seu rosto sério. A ideia de outra garota se juntando ao seu já complicado relacionamento era assustadora. Mas ele também lembrava da Risa - sua coragem, sua lealdade (mesmo disfarçada de provocação),e aquele momento vulnerável na escola, quando ela, segundo contaram as garotas, chorou ao vê-lo ferido. "Eu... vou ouvir o que ela tem a dizer." Ele começou, sua voz firme. "Vou perguntar o motivo dela gostar de mim... como tudo começou." Ele levantou o olhar, encontrando os olhos de Momo, depois de Nana, Lala e Mikan. "Preciso entender."
"Rito-san." Momo disse, sua voz suave mas cheia de apoio incondicional. "Pode falar o que está realmente pensando. Nós somos suas parceiras. Iremos te apoiar em tudo, seja qual for a decisão." Lala concordou entusiasticamente com a cabeça. Nana fez um pequeno aceno, ainda com o cenho franzido, mas sem hostilidade. Mikan manteve-se quieta, mas seu olhar era de aceitação.
Rito respirou fundo, sentindo o peso, mas também a força que aquele apoio lhe dava. Ele olhou para cada uma delas - Lala com seu amor puro, Momo com sua astúcia protetora, Nana com sua paixão teimosa, Mikan com seu amor profundo e familiar. O harém era um desafio, mas era seu desafio, sua família escolhida. E Risa... Risa sempre fizera parte da vida dele, de um jeito conturbado, mas real. "Eu..." Ele começou, sua voz ganhando convicção. "... vou aceitar a confissão dela."
A reação foi imediata. "É claro que vai!" Mikan exclamou, um sorriso travesso iluminando seu rosto enquanto ela apontava o hashi para ele. "Você agora é um playboy de mão cheia! Cinco garotas? O Onii-chan está insaciável!"
A piada foi o estopim perfeito. Nana foi a primeira a soltar uma risada alta e genuína, aliviando a tensão. Momo seguiu, com sua risada melodiosa e maliciosa. Lala riu junto, contagiosa pela alegria das outras. Rito apenas gemeu e enterrou o rosto nas mãos, o rubor queimando suas orelhas, mas um pequeno sorriso teimoso também apareceu sob seus dedos. Ele podia ser um "playboy", mas era um playboy amado, e isso fazia toda a diferença.
"Oneee-sama, Nana." Momo anunciou, recuperando o fôlego e limpando uma lágrima de riso. "Após o café, vamos jogar aquele jogo que eu prometi! Está na hora de descobrirmos algumas... coisinhas interessantes."
"Tô ansiosa para ver a continuação!" Lala pulou na cadeira, seus olhos brilhando com antecipação ingênua.
"Hum!" Nana concordou, com um aceno mais contido, mas seus olhos mostravam uma curiosidade genuína, agora temperada com o conhecimento do que provavelmente a aguardava.
"Que jogo? É sobre o quê?" Mikan perguntou, inclinando-se para a frente, sua curiosidade natural superando a cautela.
Momo virou-se para ela, seu sorriso assumindo um tom ligeiramente mais sério, mas ainda com um brilho travesso. "Está na hora da Onee-sama e da Nana entenderem algumas coisinhas mais... adultas." Ela explicou, escolhendo as palavras com cuidado, mas deixando a implicação clara. "Coisas sobre amor, sentimentos... e como os corpos reagem. Você também pode vir se quiser, Mikan!" O convite foi feito com um sorriso aberto, mas os olhos de Momo eram perspicazes, avaliando a reação.
"C-Coisinhas de Adultos?" Mikan engasgou, seu rosto ficando instantaneamente vermelho como um tomate. Ela recuou na cadeira como se tivesse levado um choque. "Eu... eu tenho outras coisas para fazer! Lavar roupa, arrumar a cozinha... Se divirtam sozinhas!" Ela levantou-se rapidamente, começando a juntar os pratos vazios com movimentos bruscos, evitando qualquer contato visual.
Em seus pensamentos, no entanto, a verdade era clara: "Acho que agora não... Não estou pronta para ver... essas coisas agora... mesmo que seja só um jogo. E com as princesas do espaço!? Muito constrangedor! Daqui há uns 2 anos talvez..." O rubor em seu rosto não diminuía.
Momo observou o rosto flamejante de Mikan e a agitação nervosa. Ela viu a hesitação, o medo do desconhecido e do constrangimento. Por um instante, considerou pressionar, sabendo que o conhecimento seria benéfico para Mikan também, que ela era parte integrante do harém. Mas viu também a vulnerabilidade nos olhos castanhos da amiga. "Não é o momento." Momo decidiu internamente, seu instinto protetor falando mais alto. "Ela precisa de mais tempo para se acostumar com o que já temos. Forçá-la agora só a afastaria." Ela deu um pequeno aceno, aceitando a recusa. "Tudo bem, Mikan. Outra hora, então."
As irmãs Deviluke terminaram o café rapidamente, a antecipação pelo "jogo" pairando no ar. Elas subiram as escadas em direção ao quarto de Momo, deixando Mikan na cozinha, aliviada mas com uma pequena pontada de curiosidade reprimida.
O quarto de Momo era um santuário rosa e itens fofos. Bichos de pelúcia disputavam espaço com consoles de aparência futurista. Momo sentou-se diante de sua estação de trabalho principal, um assento ergonômico flutuando levemente. Lala se acomodou em uma poltrona inflável roxa ao seu lado direito, balançando as pernas animadamente. Nana ficou à esquerda, em pé inicialmente, seus braços cruzados, tentando parecer desinteressada, mas sua postura rígida traía a tensão.
"Vamos começar!" Momo anunciou, seus dedos voando sobre um teclado. A grande tela do computador ligou, mostrando uma interface colorida e animada de um jogo de romance japonês com gráficos impressionantemente realistas. O título brilhava: "The sacred story: Um Amor Intergaláctico". Momo selecionou "Continuar" em um save point claramente preparado.
Peke, que havia seguido as garotas discretamente, flutuou perto da porta, seus olhinhos se arregalando conforme as primeiras cenas românticas inocentes se desenrolavam - passeios no parque, conversas fofas, troca de presentes. "Lala-sama." Ele pipocou, sua voz sintética carregada de preocupação. "Este conteúdo não me parece adequado para as princesa-"
Momo não deixou ele terminar. Com um movimento rápido e fluido, ela pegou o pequeno robô flutuante. "Desculpe, Peke." Ela disse, sem um pingo de arrependimento real, enquanto o levava até a porta. "O futuro emocional da Onee-sama está em jogo. É necessário." Antes que Peke pudesse protestar, ela o colocou para fora do quarto e fechou a porta com um clique decisivo. "Silêncio absoluto." Ela ordenou através da porta, ativando um bloqueio de som suave no painel ao lado.
Voltando ao assento, Momo respirou fundo. "Agora, sem interrupções." Ela avançou no jogo. A narrativa progrediu rapidamente para momentos mais íntimos. O protagonista masculino e sua interesse romântica estavam sozinhos em seu quarto, a tensão romântica palpável. Em uma cena, após um beijo apaixonado, o personagem masculino timidamente colocou as mãos sobre os seios da garota, apertando-os suavemente através do tecido da blusa.
Nana soltou um pequeno suspiro, seu rosto aquecendo levemente. Lala inclinou-se para a frente, seus olhos verdes fixos na tela, uma expressão de pura curiosidade fascinada em seu rosto.
"Por quê... meu corpo está tão quente?" A voz suave e confusa da personagem feminina ecoou pelos alto-falantes do quarto. "O que é esse formigamento estranho... entre minhas pernas?"
"Igual a mim." O pensamento escapou de Nana, quase audível. Ela cruzou as pernas inconscientemente.
"Ah! Eu também sinto isso!" Lala exclamou, apontando para a tela, totalmente imersa. "O formigamento lá em baixo! E o corpo ficando quente! É exatamente assim que eu fico quando o Rito faz aquelas coisas comigo enquanto dorme!" Sua afirmação foi feita com a mesma naturalidade com que comentaria o clima.
Momo quase caiu da cadeira flutuante. Seus olhos arregalaram-se, e ela girou rapidamente para encarar Lala. "Onee-sama! Que tipo de 'coisas' o Rito-san faz com você enquanto dorme!?" A voz de Momo estava carregada de alarme genuíno e uma ponta de pânico. "Rito-san, o que você aprontou com a inocência da Onee-sama enquanto eu não estava olhando!?"
"Aquele idio-" Nana começou, sua raiva habitual contra Rito surgindo, mas Momo a interrompeu com um gesto brusco.
"Nana." Momo disse, recuperando um pouco da compostura, mas seu olhar ainda estava sério. "Você também sentiu isso, né? Ontem na banheira... e à noite na cama. Deu pra perceber pelo seu rosto." A provocação estava lá, mas também uma busca por confirmação, por solidariedade naquela descoberta.
Nana ficou petrificada. Ela não conseguia olhar para Momo, seu rosto queimando como brasa. As memórias invadiram-na: as mãos fortes de Rito acariciando sua barriga sob a água quente, seus dedos encontrando lugares íntimos, o calor insuportável e o formigamento avassalador que a dominaram na cama quando ele tocou sua cauda... Ela engoliu seco e fez um pequeno aceno, quase imperceptível.
"Eu também fiquei assim quando ele beijou meu peito na banheira!" Lala ofereceu, feliz por contribuir, um leve rubor finalmente aparecendo em suas bochechas ao lembrar.
Um pensamento sarcástico e incontrolável passou pela mente de Momo: "Aquilo não foi um 'beijo', Onee-sama... ele abocanhou seu peito e começou a chupar como se fosse um bebê faminto!" Ela teve que morder o lábio inferior com força para conter uma risada inapropriada. A imagem era hilariante e extremamente pervertida.
"O que vocês estão sentindo pelo Rito." Momo começou, sua voz séria agora, tentando redirecionar o foco. "Tem um nome. Mas..." Ela hesitou, olhando para a Lala, cuja inocência era um tesouro frágil. "... É difícil falar isso na frente da Onee-sama de um jeito direto. Então, vou conduzir vocês até acharem a palavra. É um jogo dentro do jogo!" Ela forçou um tom leve, pegando uma caneta azul comum de sua mesa.
"Qual o diminutivo de 'caneta'?" Momo perguntou, segurando a caneta no ar.
"Canetinha." Nana respondeu prontamente, intrigada com a direção estranha.
"Qual o aumentativo?" Momo balançou a caneta.
"Canetão!" Lala respondeu animada, gostando do "jogo".
Momo apontou para a pequena mesa de cabeceira ao lado. "Qual o diminutivo de 'mesa'?"
"Mesinha." Nana respondeu, sua curiosidade crescendo.
"Qual o aumentativo de 'mesa'?" Momo apontou para a mesa maior onde ficava o computador.
"Mesão!" Lala gritou, sorrindo.
Momo pegou uma folha de papel branco e desenhou rapidamente uma letra "T" maiúscula bem visível. Ela segurou o papel. "Qual o diminutivo de 'T'?" Ela perguntou, sua voz ficando um pouco mais tensa, um leve rubor começando a tingir suas bochechas.
"Têzinho?" Nana arriscou, confusa, notando a mudança no comportamento de Momo.
Momo respirou fundo, como se se preparando para um salto. O rubor se intensificou. "Qual o... aumentativo de 'T'?" A pergunta saiu um pouco mais alta do que o pretendido.
"Tesão!" Lala declarou, com toda a força e inocência do mundo, sua voz clara e sem qualquer constrangimento.
O efeito foi instantâneo. Momo soltou um pequeno grito abafado, tapando a boca com as mãos, seu rosto agora vermelho vivo. "O-Onee-sama! Não fala isso tão alto!" Ela sussurrou, constrangida até a alma. Nana estava igualmente escarlate, cobrindo o rosto com as mãos e emitindo um gemido baixo de pura vergonha.
Lala olhou de uma para a outra, perplexa. "Por quê? É só uma palavra do jogo..."
Momo respirou fundo algumas vezes, tentando se recompor. "Nana e a Onee-sama amam o Rito..." Ela começou, sua voz voltando ao tom sério, embora ainda trêmula. "Isso é o coração. A forma como o coração de vocês demonstra esse amor é através de palavras e ações. Como o Rito confessando seu amor por nós... Isso é uma forma bonita."
Ela fez uma pausa, escolhendo as palavras com cuidado. "O que vocês sentem fisicamente pelo Rito, esse formigamento, esse calor... esse... impulso... tem um nome. É o 'Tesão'." A palavra saiu em um sussurro quase inaudível. "O Tesão... é uma forma do corpo demonstrar amor. É... uma reação natural quando se está perto de quem se ama muito, de um jeito íntimo."
O silêncio que se seguiu foi pesado. Lala parecia estar processando, seus olhos fixos em Momo. Nana olhava para as próprias mãos, o rosto ainda ardente.
"Mas, Onee-sama." Momo continuou, olhando diretamente para Lala, sua voz ficando mais firme, "Isso é algo muito, muito íntimo. Você não pode sair falando sobre isso para todo mundo, entendeu? Nem sobre o que sente, nem sobre o que o Rito faz."
"Eu também não falaria!" Lala protestou, finalmente ficando visivelmente envergonhada, seu rosto corado. "Dá um friozinho na barriga só de pensar!"
"A Onee-sama envergonhada é tão fofa!" Momo pensou, seu coração derretendo um pouco.
"O motivo não é só pela vergonha." Momo explicou. "É porque as pessoas podem não entender. Podem te chamar de... pervertida." Ela franziu o cenho levemente ao dizer a palavra.
Momo respirou fundo novamente, reunindo coragem para o próximo passo. "Mas... vou contar um segredinho para vocês." Ela baixou a voz, criando uma atmosfera de cumplicidade. "Vocês podem ser... pervertidas." As irmãs arregalaram os olhos. "Mas somente quando estiverem a sós com o Rito... ou quando estiverem só com as outras integrantes do harém. Como agora." Ela fez uma pausa significativa, olhando para Lala. "Só que... a Onee-sama já faz coisas pervertidas sem saber."
"Eu faço? Como?" Lala perguntou, genuinamente perplexa e curiosa.
"Dormir nua com o Rito." Momo listou. "Tomar banho com ele pelada... Se o Rito fosse um garoto maldoso, ele poderia se aproveitar muito de você nessas situações, Onee-sama." O tom era sério agora. "Mas o Rito... ele é gentil. Bondoso. Ele sempre pensa nos outros antes de si mesmo. Ele nos respeita." Havia um profundo afeto e gratidão na voz de Momo.
"O Rito é perfeito!" Lala afirmou com convicção absoluta.
"Ele realmente não é ruim." Nana admitiu, embora relutantemente. "Mas ele ainda se aproveita quando dorme... toca onde não deve."
"Mas ele está dormindo, Nana." Momo argumentou, tentando defender Rito. "Ele não faz por maldade. É o subconsciente dele, o desejo dele por vocês vazando. E... não é tão ruim, né?" Ela arriscou um pequeno sorriso.
Nana corou novamente e olhou para o lado, mas não negou.
"Agora." Momo disse, clareando a voz. "Vamos voltar ao jogo principal. A história está ficando boa!"
Ela avançou rapidamente. O jogo entrou em uma fase mais educativa. Uma amiga da protagonista explicou detalhadamente, com diagramas discretos mas claros, como os bebês eram concebidos - a união do óvulo e do espermatozoide, a gestação.
Lala, estava fascinada. Seus olhos brilhavam como faróis, sua boca ligeiramente aberta. Era como se um universo completamente novo, complexo e fundamental, estivesse se revelando diante dela. Cada palavra, cada imagem, era absorvida com intensa concentração. "Sinto que estou cometendo um crime ao mostrar isso para a Onee-sama." Momo murmurou para Nana, sentindo um peso de responsabilidade. Nana apenas concordou com um aceno, seus próprios olhos fixos na tela como uma estudante aplicada.
O ápice veio quando o jogo, sendo +18, mostrou uma cena explícita de amor entre o protagonista e sua amada. Foi estilizado, romantizado, mas inegavelmente gráfico, mostrando a união física completa.
Nana ficou super corada, mas manteve os olhos na tela. "A Mea já tinha me contado algo parecido... uma vez." Ela murmurou, lembrando-se de Mea e suas explicações indecentes. Ela estava hipnotizada. Seus olhos não piscavam, sua respiração ficou superficial. "N-Não cabe!" O pensamento escapou em um sussurro incrédulo, sua mente imediatamente saltando para a lembrança do tamanho impressionante (e intimidante) do membro de Rito que ela vira no banho.
Lala estava muito corada, mas sua expressão era de pura descoberta científica. Ela observava cada movimento, cada expressão facial dos personagens, como se estivesse decifrando um código complexo. Era conhecimento puro, sem filtro, entrando em sua mente brilhante e inocente.
Horas se passaram. Elas jogaram, discutiram (Lala fazendo perguntas incrivelmente perspicazes e embaraçosas), riram de nervoso, e finalmente chegaram ao final feliz do jogo.
As três estavam sentadas em silêncio, processando a avalanche de informações. Nana e Lala pareciam atordoadas, seus mundos virados de cabeça para baixo. Momo estava visivelmente corada e se sentindo culpada, especialmente ao olhar para a expressão pensativa de Lala.
"Então..." Lala quebrou o silêncio, sua voz um pouco hesitante, mas clara. Ela olhou diretamente para Momo. "... Para eu ter um bebê com o Rito... ele precisa colocar a coisa dele dentro de mim... e depois soltar aquele líquido branco lá dentro!?" O resumo foi brutalmente direto e fisiológico, dito com a inocência crua que só Lala possuía.
Momo engasgou, corando violentamente novamente. "S-Sim." Ela confirmou, sua voz sumindo para quase um sussurro. "Resumiu... perfeitamente, Onee-sama." A culpa por ter arrancado a última camada de inocência da irmã mais velha pesava como uma pedra.
Nana ainda estava fixada em sua preocupação anterior. "Momo..." Ela começou, seu olhar aguçado voltando-se para a irmã mais nova. "Que cara é essa que você está fazendo?" Ela estudou a expressão de Momo - uma mistura de culpa, constrangimento e... algo mais? Uma memória distante? "Não me diga..." O tom de Nana ficou desconfiado, quase acusatório. "... Que você e o Rito já fizeram isso? Isso que a gente viu no jogo?"
Momo sentiu o sangue drenar e depois voltar com força ao rosto. Ela ficou escarlate, evitando o olhar de ambas as irmãs. "Desculpe, Onee-sama." Ela murmurou, sua voz trêmula. "Eu... eu fui a primeira do Rito-san." A confissão saiu em um fio de voz.
Horas se passaram. Elas jogaram, discutiram (Lala fazendo perguntas incrivelmente perspicazes e embaraçosas), riram de nervoso, e finalmente chegaram ao final feliz do jogo.
As três estavam sentadas em silêncio, processando a avalanche de informações. Nana e Lala pareciam atordoadas, seus mundos virados de cabeça para baixo. Momo estava visivelmente corada e se sentindo culpada, especialmente ao olhar para a expressão pensativa de Lala.
"Então..." Lala quebrou o silêncio, sua voz um pouco hesitante, mas clara. Ela olhou diretamente para Momo. "... Para eu ter um bebê com o Rito... ele precisa colocar a coisa dele dentro de mim... e depois soltar aquele líquido branco lá dentro!?" O resumo foi brutalmente direto e fisiológico, dito com a inocência crua que só Lala possuía.
Momo engasgou, corando violentamente novamente. "S-Sim." Ela confirmou, sua voz sumindo para quase um sussurro. "Resumiu... perfeitamente, Onee-sama." A culpa por ter arrancado a última camada de inocência da irmã mais velha pesava como uma pedra.
Nana ainda estava fixada em sua preocupação anterior. "Momo..." Ela começou, seu olhar aguçado voltando-se para a irmã mais nova. "Que cara é essa que você está fazendo?" Ela estudou a expressão de Momo - uma mistura de culpa, constrangimento e... algo mais? Uma memória distante? "Não me diga..." O tom de Nana ficou desconfiado, quase acusatório. "... Que você e o Rito já fizeram isso? Isso que a gente viu no jogo?"
Momo sentiu o sangue drenar e depois voltar com força ao rosto. Ela ficou escarlate, evitando o olhar de ambas as irmãs. "Desculpe, Onee-sama." Ela murmurou, sua voz trêmula. "Eu... eu fui a primeira do Rito-san." A confissão saiu em um fio de voz.
"Aaaaah!" Lala gritou, pulando da poltrona inflável, seus olhos arregalados de choque e excitação. "Você e o Rito fizeram bebês!? Tem um bebê a caminho!? Onde ele está!?" Sua mente saltou imediatamente para a consequência mais óbvia (e adorável, para ela).
"Onee-sama!" Momo exclamou, ainda mais constrangida, levantando as mãos em um gesto de negação. "'Fazer bebês' não é... bem o termo mais adequado. É um possível resultado, mas..." Ela respirou fundo, tentando encontrar elegância. "... o melhor é dizer 'fazer amor'. Soa mais bonito. Mais... respeitoso. 'Fazer bebês' soa muito... pervertido e objetivo."
"Onee-sama!" Momo exclamou, ainda mais constrangida, levantando as mãos em um gesto de negação. "'Fazer bebês' não é... bem o termo mais adequado. É um possível resultado, mas..." Ela respirou fundo, tentando encontrar elegância. "... o melhor é dizer 'fazer amor'. Soa mais bonito. Mais... respeitoso. 'Fazer bebês' soa muito... pervertido e objetivo."
"E-Então..." Nana se levantou também, sua voz um misto de choque, ciúme e uma ponta de admiração. "Você e o Rito realmente fizeram!? A-Amor?" Ela encarou Momo. "Aquele animal... ele realmente... colocou dentro de você?" A imagem mental era vívida e perturbadora.
Momo assentiu, minúsculo, seu rosto ainda queimando. "Sim, Nana. Fizemos."
"E...?" Nana pressionou, cruzando os braços, precisando de mais. "Como foi? Doía? Como... como cabe?" Sua preocupação prática voltou à tona.
Momo respirou fundo, enfrentando o olhar das irmãs. "A primeira vez... dói um pouco, sim." Ela admitiu honestamente. "Mas depois... é... maravilhoso. É a forma mais profunda de se conectar com quem você ama. E..." Ela olhou diretamente para Nana, sua voz ficando mais confiante. "... cabe sim, perfeitamente. O corpo da mulher foi feito para isso. É... incrivel e... quente, mas é perfeito." Ela não conseguiu evitar um pequeno sorriso sonhador ao lembrar, o que só aumentou o rubor de Nana. "Mesmo o Rito sendo... bem dotado."
O silêncio voltou, carregado de novas informações, emoções conflitantes e uma intimidade recém-descoberta.
"O principal motivo de eu ter mostrado este jogo." Momo continuou, sua voz séria e cheia de propósito. "Foi para que vocês tivessem mais conhecimento. Para que entendessem os próprios corpos, os próprios desejos... e para que não ficassem para trás." Ela olhou para Lala, depois para Nana, seu olhar suplicando compreensão. "Eu não queria que vocês fossem as últimas a... aprofundar os laços com o Rito dessa forma íntima. Vocês também o amam. Merecem entender tudo."
Ela levantou-se, caminhando até elas. "Mas ouçam bem." Ela disse, colocando uma mão no ombro de cada uma, seu olhar intenso. "Não precisam ter pressa. Não se sintam obrigadas a nada. O amor de vocês pelo Rito é válido e lindo, mesmo sem isso." Ela olhou especialmente para Lala. "Vão no tempo de vocês. Quando e se se sentirem prontas. O importante é que estejam confortáveis e seguras. O Rito entenderá. Ele sempre entende."
Nana olhou para Momo, vendo além da irmã provocadora e calculista. Viu a protetora, a cuidadora, a garota que amava Rito tanto quanto ela e que queria o melhor para todas. Um sentimento de gratidão quente substituiu parte do ciúme e do choque. Lala, ainda processando tudo, deu um pequeno aceno, seu olhar perdido em pensamentos profundos sobre "fazer amor" e "tesão".
Momo sorriu, um sorriso cansado mas satisfeito. A semente estava plantada. O caminho para o futuro do harém, cheio de amor, desejo e complicações, estava um pouco mais iluminado. E ela estava ao lado de suas irmãs e amantes, prontas para enfrentá-lo juntas. O jogo terminara, mas o verdadeiro desafio - viver esse amor intenso e plural - só começara.
Momo assentiu, minúsculo, seu rosto ainda queimando. "Sim, Nana. Fizemos."
"E...?" Nana pressionou, cruzando os braços, precisando de mais. "Como foi? Doía? Como... como cabe?" Sua preocupação prática voltou à tona.
Momo respirou fundo, enfrentando o olhar das irmãs. "A primeira vez... dói um pouco, sim." Ela admitiu honestamente. "Mas depois... é... maravilhoso. É a forma mais profunda de se conectar com quem você ama. E..." Ela olhou diretamente para Nana, sua voz ficando mais confiante. "... cabe sim, perfeitamente. O corpo da mulher foi feito para isso. É... incrivel e... quente, mas é perfeito." Ela não conseguiu evitar um pequeno sorriso sonhador ao lembrar, o que só aumentou o rubor de Nana. "Mesmo o Rito sendo... bem dotado."
O silêncio voltou, carregado de novas informações, emoções conflitantes e uma intimidade recém-descoberta.
"O principal motivo de eu ter mostrado este jogo." Momo continuou, sua voz séria e cheia de propósito. "Foi para que vocês tivessem mais conhecimento. Para que entendessem os próprios corpos, os próprios desejos... e para que não ficassem para trás." Ela olhou para Lala, depois para Nana, seu olhar suplicando compreensão. "Eu não queria que vocês fossem as últimas a... aprofundar os laços com o Rito dessa forma íntima. Vocês também o amam. Merecem entender tudo."
Ela levantou-se, caminhando até elas. "Mas ouçam bem." Ela disse, colocando uma mão no ombro de cada uma, seu olhar intenso. "Não precisam ter pressa. Não se sintam obrigadas a nada. O amor de vocês pelo Rito é válido e lindo, mesmo sem isso." Ela olhou especialmente para Lala. "Vão no tempo de vocês. Quando e se se sentirem prontas. O importante é que estejam confortáveis e seguras. O Rito entenderá. Ele sempre entende."
Nana olhou para Momo, vendo além da irmã provocadora e calculista. Viu a protetora, a cuidadora, a garota que amava Rito tanto quanto ela e que queria o melhor para todas. Um sentimento de gratidão quente substituiu parte do ciúme e do choque. Lala, ainda processando tudo, deu um pequeno aceno, seu olhar perdido em pensamentos profundos sobre "fazer amor" e "tesão".
Momo sorriu, um sorriso cansado mas satisfeito. A semente estava plantada. O caminho para o futuro do harém, cheio de amor, desejo e complicações, estava um pouco mais iluminado. E ela estava ao lado de suas irmãs e amantes, prontas para enfrentá-lo juntas. O jogo terminara, mas o verdadeiro desafio - viver esse amor intenso e plural - só começara.
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