Capítulo 7 - Ser Provocado ou Provocar?

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To Love-Ru Darkness 3: Onde as Estrelas se Dissolvem


Escrita por: Matheus Leandro (Magnatah)

Notas do Autor:
Fala galerinha do bem!
Demorei para postar, pois estava empolgado escrevendo os capítulos posteriores.

Capítulo 7 - Ser Provocado ou Provocar?

To Love-Ru Darkness 3: Onde as Estrelas se Dissolvem

No Capítulo Anterior...

Rito dormia profundamente, sua mente lutando entre sua natureza gentil e os desejos sombrios que agora habitavam nele.
Quando ele acordasse de novo... o mundo ao seu redor não estaria preparado.
E nem ele.

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Um dia depois...
Rito acordou abruptamente, como se alguém tivesse despejado um balde de água gelada em sua alma. A primeira coisa que registrou foi o teto branco da enfermaria da mansão Mikado, iluminado pela suave luz do luar que entrava pelas cortinas de seda. Depois, vieram as memórias. "Você está ainda mais gostosa"... "Que seios magníficos"... "Queria apertá-los". As palavras ecoaram em sua mente como marteladas, e um calor intenso subiu do pescoço até as orelhas, tingindo seu rosto de um vermelho escarlate.

"Meu Deus... eu realmente disse isso tudo?" Murmurou ele para o vazio, cobrindo o rosto com as mãos. A vergonha era uma onda sufocante, mas algo novo pulsava sob ela — uma estranha ausência do pânico habitual. O Rito de antes teria enterrado a cabeça no travesseiro gritando, mas agora... agora ele sentia apenas um constrangimento profundo misturado com uma centelha de confusão. Por que não estava morrendo de ansiedade?

Determinado a pedir desculpas, ele se sentou na cama. Os sensores médicos presos ao seu peito e braços piavam em protesto. Com um movimento fluido que surpreendeu até a si mesmo, ele puxou os adesivos e fios. O equipamento pesado — monitores cardíacos e um dispositivo de biofeedback que deveria exigir duas pessoas para mover — tombou no chão com um baque metálico estrondoso. Rito saltou da cama, olhando para as mãos e depois para o equipamento caído.

"O que...? Isso era pesadíssimo!" Ele sussurrou, os olhos arregalados. Foi então que seu olhar caiu sobre seu próprio corpo. O roupão hospitalar aberto revelava seu torso. Ondulações perfeitas marcavam seu abdômen, definições musculares que antes só existiam em seus sonhos mais otimistas. Ele ergueu as mãos, virando-as diante dos olhos. Os braços, antes magros, agora exibiam uma musculatura densa e harmoniosa, veias saltando levemente sob a pele.

"Impossível..." Ele respirou, caminhando até um espelho decorativo na parede. O reflexo que o encarou era e não era ele. O rosto era o mesmo, mas o porte... era de um atleta de elite. Contraiu o bíceps direito experimentalmente. Como resposta, uma bola de músculo firme e arredondada inflou sob a pele, tão definida que parecia esculpida em mármore. Ele tocou o músculo com a ponta dos dedos, sentindo a densidade inédita. "Isso é real... a Darkness fez isso?"

A admiração momentânea foi interrompida por um leve soluço atrás dele. Rito se virou e viu Oshizu parada na porta, os olhos arregalados e cheios de lágrimas que ameaçavam transbordar. Seu uniforme de enfermeira estava impecável, mas suas mãos tremiam.

"R-Rito-kun... você está... você está de pé!" Ela engasgou, a voz carregada de emoção. Antes que ele pudesse responder, ela se lançou para frente, envolvendo-o em um abraço desesperado. O cheiro suave de sua fragrância floral e o calor de seu corpo contra o dele foram quase avassaladores. "Estávamos tão preocupadas... Uma semana... foi uma semana inteira..." Ela sussurrou contra seu peito, os ombros sacudindo com soluços contidos.

Rito hesitou por um instante — o contato físico íntimo ainda trazia ecos da timidez antiga — mas então uma nova serenidade o envolveu. Lentamente, ele ergueu a mão e acariciou os cabelos macios de Oshizu, num gesto instintivo de conforto. "Oshizu-san... obrigado. Por cuidar de mim. Estou bem, veja?" Disse ele, sua voz mais calma e profunda do que lembrava.

Oshizu afastou-se um passo, limpando as lágrimas com as costas da mão. Seu rosto estava corado, e seus olhos fugiram do torso exposto de Rito, fixando-se em seu rosto com uma intensidade que fez seu batimento acelerar. "Você... você tem certeza? Não está sentindo tontura? Dor? A Dra. Mikado disse que sua regeneração foi... anômala."

"Estou ótimo. Melhor do que nunca, na verdade" Rito respondeu, puxando o roupão para fechá-lo, notando o rubor persistente nas bochechas de Oshizu. "Onde está a Dra. Mikado? Preciso falar com ela... e me desculpar."

Oshizu apontou para o corredor. "Ela está em seu quarto."
"Rito-Kun!" Ela o chamou quando ele já se movia em direção à porta. "Tenha cuidado. Você... você mudou. E ela notou."

Rito acenou com a cabeça, um peso no peito. Ele sabia. O caminho até o quarto foi estranhamente silencioso. Suas passadas eram firmes, poderosas, cada músculo respondendo com precisão. Ele se sentia... capaz, confiante. Mas também estranhamente vulnerável, como se uma parte fundamental de si estivesse suspensa sobre um abismo.

A porta do quarto estava entreaberta. Rito empurrou-a suavemente e congelou no limiar.

Dentro, sob a luz fria das lâmpadas de LED que iluminavam roupas intimas femininas em cima da cama, estava Mikado Ryouko. Mas não a médica profissional que ele conhecia. Ela estava de costas para ele, vestindo apenas uma calcinha de renda preta que contrastava brutalmente com a alvura de sua pele. Seus cabelos castanho-avermelhados estavam úmidos, mas nada escondia a curva voluptuosa de seus quadris ou a linha sinuosa de sua coluna que levava o olhar inevitavelmente para baixo. Ela estava se trocando, claramente, sua camisa e saia penduradas em uma cadeira próxima.

Rito não conseguiu desviar os olhos. Era como se uma força magnética o puxasse para os seios generosos que balançavam levemente com seu movimento ao pegar uma blusa limpa da cadeira. A luz acentuava cada curva, cada sombra suave da pele macia. A respiração de Rito ficou presa. A vergonha que sentira ao acordar evaporou-se, substituída por uma admiração crua, quase reverente.

"Caramba... são perfeitos" A frase escapou de seus lábios num sussurro rouco, carregado de uma sinceridade que ele nunca permitira antes.

Mikado girou no mesmo instante, surpresa, mas não assustada. Seus olhos verdes, geralmente cheios de humor ou severidade profissional, arregalaram-se por uma fração de segundo antes de se estreitarem num olhar calculista e... intrigado. Um rubor suave subiu pelo seu pescoço até suas bochechas, mas seu sorriso foi lento, deliberado, provocador.

"Bom dia, paciente especial~" Ela cumprimentou, sua voz baixa e sedutora. Em vez de se cobrir, ela ergueu levemente os braços, alongando-se como uma gata, fazendo os músculos de seu torso se definirem e seus seios se projetarem ainda mais. "Admirando a paisagem? Não posso culpá-lo. É um investimento de anos, sabe?" Ela riu, um som rico e convidativo.
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Rito engoliu seco. O calor que começara em seu rosto agora se espalhava por todo o corpo, uma onda intensa que parecia emanar de seu núcleo. "D-Doutora... eu... eu vim me desculpar. Pelas coisas que disse quando acordei. Foi inapropriado..." As palavras soaram fracas, mesmo para ele.

Mikado deu um passo à frente, fechando a distância entre eles. Seu olhar era um turbilhão de intenções. "Você é um paradoxo vivo, Yuuki-kun" Sussurrou ela, o dedo traçando a linha de seu músculo peitoral. "Sua gentileza ingênua sempre me intrigou... mas agora?" Seus olhos verdes cintilaram com uma mistura de curiosidade científica e atração visceral. "Este corpo bem esculpido, esta honestidade brutal... É como assistir a uma borboleta emergir de seu casulo com garras de lobo. Fascinante." Ela inclinou-se, o perfume envolvendo-o. "Você nem imagina o que desperta nos outros..."

O cheiro dela — um perfume inerentemente feminino — invadiu seus sentidos.

O toque foi como um choque elétrico. Rito recuou instintivamente, mas Mikado seguiu, outro passo, seu sorriso se tornando mais predatório. "O Darkness... está te libertando. Tirando todas essas inibições bobas. Não é mais fácil... dizer o que se quer?" Ela inclinou-se para frente, sua respiração quente atingindo seu pescoço. "Como você disse... quer apertar? Lamber? Seus desejos não mentem, Yuuki-kun. Eles revelam."

A provocação era um fogo alimentando outra chama dentro dele. Rito sentiu uma energia estranha, pesada, fervendo em suas veias. Era quente, poderosa... e cheia de desejo. No reflexo de uma tela holográfica próxima, ele viu a mecha de cabelo próxima à sua têmpora brilhar com um dourado intenso, como metal sob o sol.

"Pare..." Ele tentou dizer, mas sua voz estava rouca, sem força. "Você precisa se vestir..."

"Por quê?" Mikado desafiou, outro passo. Agora seus seios quase tocavam seu peito. Ela ergueu a mão novamente, desta vez para acariciar sua mandíbula. "Está com medo de si mesmo? Do que você pode fazer? Do que você quer fazer?" Seu dedo polegar passou sobre seu lábio inferior. "Mostre-me, Yuuki-kun. Mostre-me o quanto você mudou."

Foi o estilhaço final. A energia dourada explodiu dentro dele, não como dor, mas como uma onda avassaladora de desejo. O constrangimento, a racionalidade, a timidez — tudo foi varrido. fixaram-se nos lábios provocadores de Mikado.

Ele avançou.

Não foi um movimento desajeitado ou tropeçante. Foi rápido, fluido, predatório. Suas mãos, grandes e fortes agora, agarraram a cintura nua de Mikado, puxando-a contra seu corpo com uma força que a fez perder o fôlego num suspiro ofegante. Ela não esperava a velocidade, a certeza daquele movimento. Seus olhos verdes arregalaram-se de genuína surpresa — e algo mais. Excitação? Desafio?

"Y-Yuuki!?" O nome dele foi um sussurro surpreso, mas não um protesto.

Rito não ouviu. O mundo se reduziu ao calor dela, ao cheiro dela, à curva macia de seus quadris sob suas mãos, à visão de seus seios pressionados contra seu peito. Um eco de seu próprio desejo amplificado sussurrava em sua mente: "Isso é... o paraíso? Não, é melhor que o paraíso! Seus peitos macios e perfeitos estão esmagando meu coração."

Ele inclinou a cabeça. Seus lábios estavam a centímetros dos dela, seu hálito quente misturando-se. Mikado não se afastou. Seus olhos estavam fixos nos dele, a respiração ofegante. Dominada por uma curiosidade intensa e uma perigosa atração que seu corpo emanava. Ela mal conseguia processar a mudança — o garoto desajeitado que tropeçava em sombras agora a dominava com uma presença magnética, seus músculos como cordas de aço sob a pele.

"Pela primeira vez estou com vontade de provocar." Rito sussurou, sua voz uma vibração profunda que parecia ecoar no quarto. Sua mão direita subiu das curvas de seu quadril, deslizando pela pele quente das costas dela até travar na nuca, seus dedos se entrelaçando em seus cabelos. A esquerda permaneceu firme na cintura, mantendo-a presa. "Ohh... está com frio Doutora?"

"Não... porque?" Mikado ficou confusa com a pergunta, sentindo todo o seu corpo pulsar e a temperatura aumentar.

"Eu consigo sentir seus mamilos... e eles estão durinhos e pulsando" Rito sorriu pela reação da Mikado.

Mikado ficou um pouco corada, olhando para baixo notou que ele disse a verdade. Ela levantou a cabeça e fixou seu olhar nos lábios dele.

Rito concentrado nos lábios da Mikado avançou para beija-la.

Ele apertou sua nuca, puxando-a ainda mais perto. Seus lábios estavam prestes a selar os dela. Mikado ao perceber a aproximação dos lábios dele apenas sorriu, e lá no fundo... Ela tambem queria isso... ser amada por alguém que tem um coração gentil.

"CRASH!"

A porta do quarto se abriu, revelando Tearju parada no limiar, seus olhos arregalados diante da cena inesperada. Seu rosto, antes pálido, inflamou-se num rubor intenso, como se alguém tivesse esfregado pimenta em suas bochechas. Seus dedos se contraíram ao lado do corpo, hesitantes, enquanto sua mente tentava processar o que via.

Rito, surpreso com a intrusão repentina, deu um salto no lugar, quase caindo. Seus músculos se tensionaram por um instante antes de relaxarem, e a mecha dourada de seu cabelo, que antes brilhava em dourado, voltou à cor habitual, como se uma chama tivesse se apagado.

"Tea, veio brincar também?" Mikado provocou, seu sorriso malicioso se aprofundando enquanto inclinava a cabeça, os olhos semicerrados como os de um gato prestes a pular sobre a presa. Seu dedo indicador tocou o próprio lábio inferior, num gesto calculado para aumentar o constrangimento alheio.

"D-DOUTORA MIKADO! E-EU NÃO QUERIA— NÃO FOI MINHA CULPA!" Rito gaguejou, curvando-se em um ângulo quase perpendicular ao chão, as mãos sobre as coxas. Seu rosto estava com um leve rubor. Ele mal conseguia acreditar no que havia acontecido — ou no que quase acontecera. Suas próprias memórias o traíam, exibindo imagens que jamais ousara admitir antes.

Mikado riu, um som suave e melodioso que contrastava com a tensão no ar. "Não se preocupe, Yuuki-kun. Você pode perder o controle comigo sempre que quiser." Seus olhos percorreram seu corpo com uma lentidão deliberada, parando em pontos estratégicos, como se lessem cada pensamento proibido que agora fluía sem barreiras em sua mente.

Tearju, ainda paralisada, engoliu em seco. "M-Mikado, ele é seu paciente… Você não deveria— Isso é inapropriado!" Suas mãos se agarraram ao tecido do próprio jaleco, os nós dos dedos brancos de tanto pressionar. Tearju gritava em protesto, mas algo mais profundo — algo que a envergonhava ainda mais — sussurrava em seu ouvido.

"Ah, então você quer beijá-lo no meu lugar, Tea?" Mikado insinuou, os olhos brilhando com diversão perversa. Seu próprio olhar desceu, notando o relevo inconfundível sob o tecido fino abaixo da cintura de Rito. "Parece que alguém está… ansioso."

Tearju, contra sua vontade, seguiu o olhar de Mikado. Seus olhos pousaram primeiro nos lábios levemente entreabertos de Rito, depois desceram, traçando uma linha imaginária pelo pescoço, pelo peitoral definido, até — Ohh. Ela desviou o rosto tão rápido que um estalo audível ecoou no quarto. Seu coração martelava contra as costelas como um pássaro enjaulado.

"Ara ara, Yuuki-kun…" Mikado murmurou, aproximando-se com passos felinos. "você está bem animadinho... quer uma ajudinha?" Seu dedo traçou um círculo no ar, apontando vagamente para o problema em questão.

"Eu quero si— NÃO! Quer dizer, NÃO, DOUTORA, POR FAVOR—!" Rito gritou, cobrindo-se com as mãos como se pudesse, por pura força de vontade, fazer aquilo desaparecer. Sua voz quebrou. "O que está acontecendo comigo!?"

Tearju, ainda evitando contato visual direto, respirou fundo. "Parece que… seu corpo se fundiu com o poder Darkness da Eve" ela explicou, a voz trêmula. "E esse poder… removeu seu filtro."

"F-Filtro?" Rito olhou para ela, confuso.

Mikado riu novamente, desta vez com um tom mais rouco. "É simples, Rito-kun. Você sempre foi um garoto decente porque sua mente bloqueava esses pensamentos… mas agora?" Ela deu um passo à frente, invadindo seu espaço pessoal. "Agora você está livre. E, pelo visto," seu olhar desceu mais uma vez, "seu corpo está muito feliz com isso."

Rito engoliu em seco. Isso explicava porque cada curva do corpo de Tearju parecia gritar por sua atenção.

"E parece que não foi só sua mente que mudou" Mikado continuou, sua voz um pouco sibilante. "Seu corpo está… deliciosamente diferente. Mais forte. Mais… tentador." Ela mordeu o lábio, deliberadamente lenta. "Não acha, Tea?"

Tearju sentiu um calafrio percorrer sua espinha. "S-Sim" ela admitiu, a voz quase um suspiro. "Ele está… m-mais bonito." Seus olhos, contra toda sua disciplina, pousaram nos braços musculosos de Rito, depois no V de seus quadris, visível mesmo sob o tecido. "Quando ele ficou assim?" Ela já nutria leves sentimentos por ele antes, mas agora… agora era como se algo primitivo dentro dela tivesse sido despertado.

E, pelo olhar de satisfação de Mikado, ela sabia exatamente o que Tearju estava sentindo.

"Doutora Mikado, Tearju-sensei, estou me sentindo muito bem. Acho que já posso ir para casa." Afirmou Rito, mudando o rumo da conversa. "Onde estão minhas roupas?"

Mikado e Tearju não viram problemas e o liberaram, já que seu corpo transbordava saúde.

Mikado pegou as roupas no armário, segurando as roupas, não as entregou de imediato. Seus dedos roçaram as dobras do tecido, calculada:
"Partir tão cedo, Yuuki-kun? Mal começamos a... experimentar seu potencial." Seu olhar desafiador pousou em Tearju. "Tem certeza que não quer um adeus mais... memorável, Tea?"

Tearju deu um passo atrás, constrangida:
"Mikado, isso é—"

Foi quando Rito agiu. Com uma suavidade que contrastava com seu novo porte, aproximou-se primeiro de Tearju. Seus lábios tocaram sua bochecha como uma pena – rápido, mas suficiente para ela sentir o calor que emanava dele:
"Obrigado por cuidar de mim, sensei" Murmurou ele, enquanto ela congelava, o coração acelerado.

Virou-se para Mikado, desarmando sua pose provocativa. Antes que reagisse, beijou sua bochecha com a mesma doçura, mas seus sussurros foram só para ela:
"E obrigado por sempre me ajudar, doutora. Cuidado... um dia eu posso aceitar seu convite."

Mikado riu, surpreendida pela ousadia controlada:
"Oh, garoto perigoso~ Promete?" Seus dedos apertaram o braço dele ao passar as roupas, tateando a musculatura uma última vez.

Rito vestiu-se rápido, mas na porta, hesitou. Olhou para as três mulheres – Oshizu tímida no corredor, Tearju tocando a bochecha onde fora beijada, Mikado com seu sorriso de gata satisfeita.
"Esta mansão... parece mais viva agora" Disse, quase para si mesmo.

//////////

Ao sair do quarto, Rito encontrou Oshizu encostada na parede do corredor, as mãos apertando o jaleco. Seus olhos estavam marejados, mas não de preocupação – era um turbilhão de admiração e confusão.

Oshizu: "R-Rito-kun... Você parece... diferente."

Ele parou, surpreso pela intensidade do olhar dela. "Diferente como?"

Ela mordeu o lábio, corando. "Mais forte. Mais... presente. Antes, você sempre parecia querer desaparecer." Seus dedos tremiam ao estender uma mochila. "Fiz onigiri para sua viagem. está em um pote na sua mochila."

Rito pegou a mochila, suas mãos cobrindo as dela por um instante. "Obrigado, Oshizu-san. Por tudo."

Ela estremeceu ao contato, uma faísca percorrendo seu braço. "C-cuidado com esse seu novo jeito", ela sussurrou, evitando seus olhos. "Algumas pessoas... podem não entender."

Ele sorriu, genuíno. "Você entende?"

Oshizu ficou em silêncio, o rubor nas maçãs respondendo por ela.

//////////

Rito já estava póximo da saida da mansão, quando Oshizu correu até ele, impulsiva:
"Visite-nos, Rito-kun! Ou... ou eu levo mais onigiri na escola!"

Ele acenou, o luar iluminando seu sorriso antes que desaparecesse na noite. Dentro do quarto, Mikado observava a janela, o dedo sobre a própria bochecha onde seus lábios tinham tocado:
"Liberdade é assustadoramente atraente, não é, Tea?"

Tearju não respondeu. Ainda sentia o calor do beijo – e a inquietante percepção de que aquele "filtro" ausente... talvez tornasse Rito mais real do que qualquer um deles.



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