Capítulo 3 - A Grande Invenção de Lala

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To Love-Ru Darkness 3: Onde as Estrelas se Dissolvem


Escrita por: Matheus Leandro (Magnatah)

Notas do Autor:
Eai galerinha do bem!
Na capa desse capítulo, meti uma Lala-Tech exclusiva (sim, inventei essa bagunça, o anime não tem!).
Agora chega de blá-blá-blá, vão lá e aproveitem o caos.

Capítulo 3 - A Grande Invenção de Lala

To Love-Ru Darkness 3: Onde as Estrelas se Dissolvem

No Capítulo Anterior...
Momo se aproximou, pegando sua mochila. "Acidentes acontecem, Rito-san" ela disse, sua voz doce como mel, mas seus olhos roxos carregados de um significado mais profundo. "Especialmente entre pessoas que... convivem tão intimamente. Talvez seja apenas uma questão de aceitar que certos toques... certos desejos... são naturais." Ela deu um piscadela quase imperceptível. "Vamos para a escola? O dia está apenas começando, e quem sabe quais outras... oportunidades... podem surgir?"

Rito olhou para ela, depois para a porta por onde Mikan saíra, depois novamente para sua mão. O desconforto, a vergonha, o medo da reação de Mikan... mas sob tudo isso, uma pequena faísca de algo diferente. Uma confusão que ia além do acidente. Uma pergunta que ele não ousava formular. Ele respirou fundo, tentando afastar os pensamentos perigosos.

"Sim" ele murmurou, pegando sua mochila. "Vamos." O primeiro dia do resto de sua vida caótica, controlada por princesas alienígenas e seu próprio destino de pervertido desastrado, começava. E Momo, andando ao seu lado com um passo saltitante, já planejava o próximo 'acidente'. O Plano de Harém seguia implacável.
A mente do menino Rito estava um caos, mas essa pequena confusão da Lala fez Rito esquecer temporariamente sua conversa com Zastin.

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A tranquilidade da Sala 2-A da Escola Sainan foi abruptamente interrompida quando quatro garotas adentraram a sala sob o olhar atônito de Yuuki Rito. Momo Deviluke, com seu sorriso malicioso, anunciou: "A partir de hoje, somos suas colegas de classe, Rito-san!"

Voltando no tempo, trinta minutos antes...
As princesas Momo e Nana dominaram todo o currículo da série anterior em tempo recorde. Sem desafios à vista, decidiram pular para o ano seguinte — que, por 'incrível coincidência', era justamente a turma de Rito e de sua irmã mais velha, Lala. 
Convenceram o diretor com facilidade: afinal, quem recusaria as gêmeas prodígios que os professores tanto elogiavam?
Momo, estrategista do 'Plano Harém', viu na mudança uma oportunidade para acelerar seu projeto: "Se todas estivermos na mesma sala, Rito-san perceberá mais rápido nossos sentimentos…". Nana, embora relutante, admitiu: "Até os exercícios de biologia terrestre eram infantis."

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Nana segurava o formulário de transferência com as pontas dos dedos, como se o papel pudesse queimar. Enquanto Momo falava animada sobre horários e proximidade com Rito-san, os olhos de Nana vagavam pela sala vazia onde haviam passado tantos intervalos com Mea.
"Ir pra sala da Ane-ue... e do Rit- Não que eu me importe com aquele animal.", o pensamento era tentador. Ver a irmã mais velha todos os dias, observar de perto o garoto que, mesmo sem querer admitir muito alto, fazia seu coração acelerar às vezes... Era o sonho da Momo se concretizando mais rápido. Além disso, ficar na série anterior era chato. Até os experimentos mais complexos pareciam brincadeira de criança depois de dominados.

Mas um peso frio se instalou no seu estômago. "Mas... e a Mea?" Virou-se discretamente para olhar a melhor amiga, que rabiscava algo absorta em seu caderno anotando o que parecia ser medidas, mas de quem? A ideia de passar os dias sem aquele caos peculiar que Mea trazia, suas gargalhadas e até mesmo suas travessuras que acabavam envolvendo Nana... O coração apertou. A sala nova seria cheia de expectativas, do Plano Harém da Momo, da presença intensa de Lala-oneechan. Onde ficaria o espaço para a amizade fácil e descomplicada que tinha com Mea?

"Mea..." A voz saiu mais baixa e carregada de dúvida do que pretendia.

Mea ergueu os olhos do caderno, um brilho de curiosidade imediato no olhar. "Hmm? O que foi, Nana-chan? Tá com cara de quem perdeu o último pedaço de bolo."

Nana agitou o formulário. "É sobre isso... Mudar de série. Pra sala da Ane-ue... e do Rito."

"Ah, sim! O grande plano da Momo-chan! Vai ser divertido, né? Perturbar o Senpai todo dia!"  Mea sorriu, mas percebeu a expressão indecisa da amiga. O sorriso dela suavizou. "Mas...?"

Nana baixou os olhos, brincando com a ponta do cabelo. "Mas... vai ser estranho. Sem você aqui. Quem vai me ajudar a consertar as coisas que a gente quebra? Quem vai inventar os lanches mais estranhos no intervalo? Quem vai... sabe?" A voz sumiu. Era bobo, mas era verdade. Mea era sua parceira de caos e confusão cotidiana.

Mea deu uma risadinha suave e, num movimento rápido, envolveu Nana num abraço rápido e desajeitado. "Nana-chan! Achou mesmo que eu ia te deixar sozinha nessa aventura nova?" Ela soltou a amiga e apontou para o formulário com confiança. "Se você e a Momo-chan tão indo pra lá, eu vou também! e claro, não vou deixa a Yami-Onee-chan sozinha nessa sala ela tambem vai."

Sem protestar, Yami escutou a conversa e aprovou a ideia com um sorriso discreto.

Nana arregalou os olhos. "Mas... como? O diretor só deixou a gente porque dominamos tudo..."

Mea colocou as mãos nos quadris, assumindo sua pose característica de 'gênia maquiavélica'. "Pfft! Regras? São só sugestões criativas esperando para serem... readaptadas!" Seus olhos brilharam com malícia. "Deixa comigo! Tenho uns projetinhos guardados que vão convencer o diretor de que minha presença naquela sala é... vital para o avanço acadêmico da escola! Ou pelo menos vital para a diversão e para manter meu posto de Melhor Amiga ao lado da Nana-chan!" Ela deu um cutucão amigável em Nana. "Se você vai estar lá, eu vou estar lá. Código de amigas, lembra? Nada de caras tristes!"

Um sorriso genuíno e aliviado começou a se formar no rosto de Nana. O peso no estômago diminuiu. Talvez, só talvez, a nova sala pudesse ter o melhor dos dois mundos: a família e o Rito que a Momo tanto queria aproximar, *e* a parceria imprevisível e insubstituível da Mea ao seu lado.

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Com as irmãs Deviluke transferidas, Mea se recusou a ficar para trás. Separar-se de Nana, sua melhor amiga, ou abandonar Yami naquela turma sozinha? Inaceitável! Ela bolou dois planos — o segundo, é claro, era o "plano reserva" (ou, como ela chamava: "a artilharia pesada").

Armada com uma mochila suspeita e um sorriso de gato que engoliu o canário, Mea marchou até a sala do diretor.
 "Senhor Diretor~", ela começou, fingindo inocência, "que tal transferir a gente pra turma da Momo e da Nana? Prometo que eu e a Yami Onee-chan vamos se comportar!"

O diretor, um homem gordinho de meia-idade com uma careca brilhante, nem olhou para ela:
— "Negado".

Mea suspirou, como se esperasse por isso.
— "Que pena... Eu até trouxe um presentinho para o senhor."

Ela abriu a mochila, revelando cinco revistas adultas de última edição (revista +18 para cavalheiros). O diretor engoliu seco, os olhos brilhando como os de um adolescente olhando a coelhinha da capa da revista, mas tentou manter a compostura:
— "I-Isso não é o suficiente para me fazer mudar de ideia!"

Mea ergueu uma sobrancelha, devagar, como quem solta a isca final.
— "Então... o senhor também não quer saber as medidas da Doutora Mikado, né?"

Ela virou-se e começou a andar em direção à porta, arrastando os pés propositalmente.
— "Hmm... que desperdício. Acho que vou ter que guardar os dados da Tearju-sensei também..."

O diretor estremeceu. Sua respiração ficou pesada, as mãos trêmulas agarrando a mesa.
— "E-EU... EU PERMITO!", ele gritou, já de joelhos, a voz falhando. "MAS ME DIZ AS MEDIDAS DELAS AGORA!"

Mea sorriu, vitoriosa, e soltou os números como quem recita uma poesia:
— "Doutora Mikado: Busto 95, Cintura 58, Quadril 91. Tearju-sensei: Busto 96, Cintura 56, Quadril 90."

O diretor ofegou, o rosto vermelho como um tomate, enquanto na sua mente, Tearju sussurrava: "Os meus são maiores, diretor~". Antes de desabar na cadeira, murmurando:
— "Vocês podem ir... Não acredito, o da Tearju é maior que o da Mikad—"

"PLOFT!" Desmaiou antes de terminar.

Mea saiu assobiando, satisfeita. "O Plano B sempre funciona".

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O ar na sala 2-A da Escola Sainan estava impregnado com o cheiro doce de poeira de giz, borracha velha e a tensão palpável que sempre precedia uma das 'demonstrações científicas' da Princesa Lala. Rito tentava se concentrar na aula de literatura, mas sua mente estava a quilômetros dali – mais precisamente, na porta da cozinha daquela manhã, no rosto furioso de Mikan, e na sensação fantasma de suavidade que ainda queimava em sua palma. Ele encostou a testa fria na carteira(mesa), tentando afogar a vergonha.

"Rito-san! Presta atenção!" O sussurro urgente veio de seu lado. Momo estava sentada ao seu lado, sua perna roçando levemente na dele sob a mesa – um contato que ele teria pulado como um gato assustado dias antes, mas que agora apenas causava um leve arrepio de constrangimento. Seus olhos roxos estavam fixos nele, cheios de preocupação calculada. "Você parece pálido. Tudo bem depois do... incidente matinal?" O sorrisinho que acompanhou a pergunta era quase imperceptível, mas carregado de intenção.

Rito ergueu a cabeça, evitando seu olhar. "S-sim. Só... cansado." Sua voz soou rouca. Seus olhos fugiram para a frente da sala, onde Haruna Sairenji copiava diligentemente a matéria do quadro, seus cabelos azuis formando uma cortina suave ao redor de um rosto concentrado. "Se ao menos eu pudesse ser normal como ela..." O pensamento foi cortado pela visão de Yami, sentada no fundo da sala, devorando seu quinto taiyaki da manhã com uma intensidade que beirava o ameaçador. "Ou pelo menos não causasse desastres a cada cinco minutos."

"Classe! Atenção!" A voz estridente da professora de literatura, Sra. Sawano, cortou o ar. "Temos uma... apresentação especial antes de continuarmos com a aula." Ela fez um gesto resignado para o canto da sala.

"Finalmente posso ajudar o Rito a ser forte!" Lala decidida se levantou.

E lá estava ela. Lala Satalin Deviluke, em pé, irradiando energia como um sol rosa. Nas mãos, ela segurava um dispositivo que parecia uma mistura de ouriço-do-mar metálico e coração mecânico pulsante, com fios expostos, tubos brilhantes com líquido rosa-choque e um simbolo de coração piscando em vermelho no centro. Tinha o formato de coração e emitia um zumbido baixo e ameaçador.

"Obrigada, Sawano-sensei!" Lala anunciou. "Hoje, apresento a vocês a minha mais nova e MARAVILHOSA invenção: O Copiador de Habilidades Mk-II Kun!" Ela ergueu o dispositivo como um troféu. Luzes multicoloridas dispararam de suas extremidades, iluminando os rostos perplexos (e alguns aterrorizados) dos alunos.

Rito sentiu um frio na espinha. "Copiador de Habilidades? Mk-II Kun? Isso soa como uma receita para o desastre absoluto!" Ele conhecia muito bem a curva de aprendizado das invenções de Lala: Mk-0 Kun geralmente explodia, Mk-I Kun explodia *e* causava transformações indesejadas.

"É simples e revolucionário!" Lala continuou, girando o dispositivo. "Este bebê aqui pode copiar habilidades de uma pessoa e passar para outra!" Ela lançou um olhar rápido e sorridente para o Rito, que sorriu de volta assustado.
"Basta um toque! e a a habilidade é copiada imediatamente! Habilidades como: falar com pássaros e com plantas igual a Momo e a Nana! Ou até mesmo..." Seus olhos verde-esmeralda olharam para Rito, "... ou até passar sua incrível capacidade de tropeçar e cair em situações embaraçosas, Rito!"

Risadas nervosas percorreram a sala. Saruyama, o melhor amigo pervertido de Rito, deu uma cotovelada nele. "Ei, isso seria útil, hein, Rito? Poder causar 'acidentes' de propósito!"

Rito empalideceu ainda mais. "Isso não é engraçado, Saruyama." Seus olhos estavam colados no dispositivo pulsante. Cada pulsação de luz parecia sincronizada com seu batimento cardíaco acelerado. "Algo vai dar errado. Algo SEMPRE dá errado!"

"Para demonstração" Lala anunciou, girando em busca de uma vítima, "preciso de um voluntário com uma habilidade muito legal!" Seu olhar pousou no fundo da sala. "Yami-chan! Você!"

Yami, que acabara de engolir o último pedaço de taiyaki e lambia os dedos com uma concentração intensa, ergueu os olhos, surpresa. "Hã? Eu?" Sua voz era plana, mas seus dedos, inconscientemente, se contorceram, lembrando de experiências ruins causadas pelas invenções da Lala.

"Sim! Sua habilidade de transformar suas partes do corpo em armas é incrível!" Lala saltitou em direção a ela, o Copiador Mk-II Kun pulsando mais rápido. "Com este dispositivo, posso copiá-la brevemente e talvez até transformar minha mão numa espada! Seria maravilhoso, não seria?"

"Com as habilidades da Yami, Rito certamente seria muito forte." pensou Lala inocentemente se aproximando da Yami.

"Absolutamente não" Yami respondeu instantaneamente, recuando em sua cadeira. "É perigoso." Seu olhar deslizou para Rito, Lembrando de quando suas mãos ficaram ligadas.

"Ah, não seja assim, Yami-chan! Será rápido e indolo-" Lala não conseguiu terminar a frase, pois ela tropeçou e acabou jogando a a invenção para cima da Yami.

A invenção acaba tocando o braço da Yami, O contato foi mínimo, mas efeito foi instantâneo e catastrófico. "Capturando a assinatura energética!" anunciou a invenção. 

O zumbido do dispositivo aumentou para um rosnado agudo. Luzes intensas, brancas e frias, dispararam de uma lente no centro, varrendo Yami da cabeça aos pés. Raios semelhantes a lasers teceram uma rede sobre seu corpo, concentrando-se em suas mãos.

Yami estava em posição defensiva esperando a explosão, o que é comum vindo das invenções da Lala.

Rito assistia, paralisado. O instinto gritava dentro dele. "Isso não vai acabar bem."
"LALA! PARA ESSA INVENÇÃO AGORA!" Rito gritou, levantando-se da cadeira. "É perigoso! Desliga agora!"

O zumbido agudo transformou-se num grito metálico ensurdecedor. As luzes dispararam em todas as direções, cegantes. O símbolo de coração no centro do dispositivo explodiu em um dourado sinistro, pulsando como um coração em agonia. Raios de energia caótica, negros e dourados – uma mistura horrivelmente familiar para Yami – começaram a arquejar e crepitar ao redor do dispositivo, como serpentes de pura escuridão.

"ALERTA! ALERTA!" A voz da invenção soou distorcida, frenética. "FALHA CATACLÍSMICA NO NÚCLEO DE CÓPIA! SOBRECARGA DE ENERGIA EXÓTICA DETECTADA! PARÂMETROS DE SEGURANÇA VIOLADOS! ABORTAR! ABORTAR!"
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"O que?! Não!" Lala pegou o dispositivo e agora olhava para ele em suas mãos com horror genuíno, tentando puxá-lo para longe, mas suas mãos pareciam grudadas. A energia negra e dourada estava subindo por seus braços como trepadeiras venenosas. "Peke! O que está acontecendo?!"

Peke estava inconsciente a energia o sobrecarregou.

"Eu conheço essa energia... É o Darkness!" Yami gritou, seus olhos arregalados de puro pânico e reconhecimento. A energia negra e dourada era uma parte visceral dela, sua força mais profunda e perigosa, sua maldição. "A sua máquina louca está tentando copiar o MEU DARKNESS! Desliga! DESLIGA AGORA!" Ela recuou, mas a conexão estava feita. Raios da mesma energia negra começaram a emergir de seu próprio corpo, sendo puxados violentamente para o dispositivo.

O caos explodiu na sala. Alunos gritavam, cadeiras caíam ao chão enquanto todos tentavam se afastar daquela cena de pesadelo. Haruna cobria a boca com as mãos, horrorizada. Mio e Risa se agarravam uma à outra. Saruyama estava debaixo da carteira. O professor Sawano gemia, escondida atrás de sua mesa.

Nana e Momo, ao verem sua irmã em perigo, já se lançavam em direção a Lala para libertar sua mão daquela invenção claramente perigosa – mas alguém foi mais rápido.

Rito agiu antes mesmo de pensar. O medo por Lala, o instinto de proteger Yami, e até mesmo um resquício de culpa por não ter conseguido parar isso antes e todo o caos em sua mente – tudo se fundiu num impulso avassalador. "TENHO QUE PARAR ISSO!"

Ignorando o grito de "RITO, NÃO!" de Momo, que tentou agarrar seu braço, ele se lançou para frente. Seu objetivo não era o dispositivo em si – ele não era louco – mas o braço de Lala. Se ele pudesse puxá-la para longe do dispositivo, talvez quebrasse a conexão.

Seus dedos se fecharam em torno do pulso de Lala, logo acima da energia negra que subia. A pele dela estava fria e estranhamente vibrante. "LALA! SOLTA! SOLTA ISSO!"

O toque foi seu erro. Seu único erro.

No instante em que sua pele tocou o pulso de Lala, que estava saturado com a energia Darkness escapando do dispositivo e sendo sugada de Yami, foi como enfiar um dedo em um soquete de alta tensão. Só que pior. Muito pior.

Uma dor excruciante, como se cada nervo estivesse sendo arrancado e banhado em ácido, explodiu pelo braço de Rito. Ele gritou, um som rouco que se perdeu no rugido da energia descontrolada. Mas não foi só dor. Foi como se um rio negro e viscoso, carregado de raiva, violência e um desejo lascivo primordial, fosse injetado diretamente em sua alma. Ele sentiu a presença avassaladora do Darkness de Yami invadindo sua mente – não uma cópia, mas um fragmento real, brutal e vivo.

Imagens explodiram em sua mente:
Yami, mas não a Yami que ele conhecia — uma figura envolta em uma aura dourada, olhos vermelhos brilhando, lábios arreganhados com um sorriso lascivo.

Rito gritou, mas o som foi engolido pelo rugido da energia descontrolada. Sua visão escureceu nas bordas, e ele sentiu algo se arrastando dentro dele—como se suas próprias veias estivessem se transformando em cobras, sua pele coçando por dentro.

Lala tentou puxá-lo, mas suas mãos estavam coladas ao dispositivo, que agora emitia um uivo metálico, distorcido.
"R-Rito...!"

Yami avançou, seus olhos ardendo de pânico.
"SOLTA ELE AGORA!"

Mas era tarde demais.

O dispositivo emitiu um uivo final, um lamento mecânico. O núcleo, sobrecarregado além de qualquer limite concebível, não podia mais conter as energias conflitantes – a tecnologia instável de Lala e o poder primordial e caótico de Yami.

Ele explodiu.

Não foi uma explosão de fogo e metal. Foi uma detonação de escuridão e luz.


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