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To Love-Ru Darkness 3: Onde as Estrelas se Dissolvem
Escrita por: Matheus Leandro (Magnatah)
Capítulo 26 - Inibições Removidas
No Capítulo Anterior...
"Tentando!" Lala apertou botões desesperadamente, mas o dispositivo apenas vibrou mais forte, as luzes piscando como um farol estroboscópico maluco. "Não desliga! Ele... ele entrou em curto!"
A explosão roxa do Love Amplifier-kun atingiu todos como um soco: Haruna perdeu a timidez, seus olhos fixos em Rito com desejo embriagado; Yui curvou-se, o rosto incendiado de emoção crua. O dispositivo caiu na grama, cuspindo faíscas rosa. O ar pegajoso de atração distorcida anunciava: o caos do piquenique só começava.
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Foi como se uma onda de choque invisível, mas visceral, explodisse do Love Amplifier-kun. Rito sentiu como se tivesse levado um soco no peito seguido por uma inundação de calor. Haruna e Yui, que estavam mais próximas e diretamente na linha de frente da onda roxa, levaram o impacto cheio.
"Ah!" Haruna levou as mãos à cabeça, os olhos se arregalando. Sua expressão tímida e contida dissolveu-se instantaneamente, substituída por uma expressão vívida, quase... bêbada. Seus olhos brilhavam com uma intensidade desinibida, fixos em Rito. Yui soltou um suspiro agudo. Ela se curvou ligeiramente, as mãos pressionando contra as bochechas que ficaram vermelhas como pimentão. Seu olhar rígido desfocou, tornando-se pesado e cheio de uma emoção que ela normalmente trancafiaria a sete chaves.
O dispositivo na mão trêmula de Lala soltou faíscas. "Ai! Quente!" Ela o soltou, e o Love Amplifier-kun caiu na grama, continuando a cuspir energia rosa e roxa descontroladamente.
Por conseguirem sair a tempo, Momo e Nana não foram pegas pela onda do dispositivo.
Então, veio a avalanche emocional.
Lala sentiu um calor percorrer todo o seu corpo. Olhava para Rito envergonhada, enquanto tocava os lábios como se tentasse recordar o beijo que dera em rito pela manhã.
"Yuuki-kun!" Haruna gritou, a voz mais alta e clara do que Rito jamais ouvira. Ela se levantou de um salto, praticamente pulando na direção dele. "Eu preciso te dizer! Eu... eu gosto de você! Muito! Desde sempre!" Ela estava a centímetros de seu rosto, seus olhos enormes e úmidos implorando por aceitação. Seus lábios se franziram inconscientemente num gesto de beijo.
Quase simultaneamente, Yui também se levantou, mas seus movimentos eram mais desengonçados, como se estivesse tonta. "Y-Yuuki-kun!" Ela tropeçou em direção a ele, agarrando seu braço com força surpreendente, seus seios esmagando o braço dele. "Isso é... é ridículo... mas... mas esses sentimentos... eu não consigo mais esconder!" Ela enterrou o rosto no peito dele, esfregando a cabeça como um gatinho carente. "É tão indecente... tão errado... mas hoje... hoje pode..." Seu corpo tremia contra o dele.
Rito ficou paralisado. O mundo parecia ter desacelerado. As palavras delas ecoavam em seu cérebro.
Gosto de você. Muito. Desde sempre. Não consigo mais esconder.
Ele olhou para Haruna, sua paixão há muito tempo, agora com os olhos despidos de qualquer véu, confessando com uma coragem intoxicada. Olhou para Yui, presidente do comitê moral, derretendo em seu peito, admitindo sentimentos que o deixava confuso
"É... é isso o que vocês realmente sentem?" Ele perguntou, a voz rouca, dirigindo a pergunta mais para o ar do que para elas. "Ou é só essa... invenção?"
Momo, que observava a cena com olhos arregalados mas uma expressão calculista, respondeu rapidamente, afastando-se ainda mais do dispositivo que cuspia faíscas. "São reais, Rito! O Love Amplifier-kun não cria sentimentos, ele só... tira as inibições! Amplifica o que já está lá!" Havia um brilho de triunfo em seus olhos, apesar do aparelho estar claramente fora de controle. O plano estava funcionando... de uma forma explosiva.
"Eeeeh!? Yui-san também gosta do Rito?!" Lala exclamou, surpresa genuína, esquecendo temporariamente o dispositivo defeituoso. "Isso é tão legal! Todo mundo ama o Rito!"
Nana apenas resmungou, cruzando os braços. "Óbvio. Só um idiota não perceberia que elas estavam derretendo por ele o tempo todo." Ela observava a cena com uma certa resignação, seus próprios sentimentos por Rito, agora consolidados, a fazendo encarar as confissões das 'rivais' com mais tranquilidade do que no passado.
Rito engoliu em seco. As palavras de Momo ecoavam: São reais. A lembrança do momento quase-beijo com Yui em seu quarto, onde a mesma jogou os braços ao redor do pescoço de Rito e estava pronta para beija-lo. A ternura constante de Haruna... tudo se encaixava. Um calor diferente começou a subir por dentro dele, não apenas de emoção, mas de... excitação intensa. Era como se a onda de energia do dispositivo tivesse encontrado algo latente dentro dele e o inflamado.
Então, Rito mudou.
A mecha de cabelo castanho que sempre caía perto de seu olho direito brilhou intensamente, transformando-se num dourado metálico. Seus olhos castanhos comuns foram inundados pela mesma cor dourada, brilhando com uma luz lasciva e predatória. Um sorriso largo, desinibido e cheio de confiança pervertida esticou seus lábios. O Rito comportado desaparecera; em seu lugar estava uma versão ousada, dominante e movida pelo desejo amplificado.
"Bem, bem..." A voz de Rito era mais profunda, mais rica, carregada de uma sedução perigosa. "Se são sentimentos reais... quem sou eu para negar?"
Ele se moveu com a rapidez de um raio. Antes que Haruna ou Yui pudessem reagir, seus braços fortes as envolveram pelas cinturas, puxando-as firmemente contra seu corpo musculoso. Elas grunhiram de surpresa, mas não resistiram, seus corpos moles e suas mentes "bêbadas" de emoção respondendo à força dominante. Então, suas mãos desceram.
Com um aperto firme e possessivo, as duas mãos de Rito agarraram as nádegas de Haruna e Yui por cima das roupas, moldando-as, apertando-as com força deliberada. Um gemido escapou de cada garota, alto e cheio de prazer involuntário:
"Nnnh!~♥" Haruna arqueou as costelas, seu rosto virando-se para Rito, os lábios ainda franzidos num convite de beijo. "Y-Yuuki-kun... eu... eu gosto muito mesmo de você! ♥"
"Haan!~♥" Yui enterrou o rosto ainda mais fundo no peito dele, seu corpo tremendo, mas esfregando-se nele. "Isso... isso é tão vergonhoso... tão pecaminoso... mas... mas você pode... por favor... ♥" Sua voz era um suspiro rouco, completamente oposta à sua persona habitual.
Momo e Lala ficaram com as bocas perfeitamente arredondadas em "O" de choque absoluto. Momo perdera todo o ar. Seu plano de um flerte suave e confissões constrangidas havia descarrilado espetacularmente em um assédio público e pervertido. Lala apenas piscava, tentando processar a cena inacreditável: Rito, dourado e ousado, apertando as bundas de Haruna e Yui enquanto elas gemiam de prazer.
"RITO! SEU IDIOTA PERVERTIDO!" O grito de fúria veio de Nana. O sangue subiu ao seu rosto, uma mistura de ciúme, raiva e constrangimento alheio. Ela se lançou para frente, o punho cerrado dirigido com força ao rosto e sorridente do namorado.
Rito, ainda segurando firmemente Haruna e Yui (que pareciam alheias ao mundo exterior, focadas apenas na sensação das mãos dele e na proximidade de seu corpo), não se virou. Ele simplesmente estendeu uma das mãos – a que estava na bunda de Yui – para o lado, na direção de onde Nana se aproximava.
Um círculo de energia da cor do céu noturno, brilhante e reluzente, surgiu no ar, a cerca de um metro de distância de seu rosto. Era um Portal, redondo e perfeito. Do outro lado do Portal, surgiu instantaneamente... a cabeça de Rito. Não uma cópia, mas sua cabeça real, projetada através do espaço.
Nana, com o punho já em movimento, não teve tempo de frear. Em vez de acertar o rosto do Rito que estava de frente para ela, seu punho passou direto pelo Portal, aparecendo do outro lado... E a cabeça de Rito que surgira do Portal inclinou-se para frente e plantou um beijo rápido, mas intencional, bem no meio da testa de Nana.
Smack!
Nana congelou. O impacto do beijo na testa foi como um choque elétrico. Seu braço ficou paralisado no ar, o punho ainda cerrado. O sangue inundou seu rosto num rubor tão intenso que parecia que ela ia desmaiar. "N-N-NA! RUA NÃO, SEU IDIOTA!" Ela gritou, mas sua voz falhou, transformando-se num guincho estridente. Ela saltou para trás como se tivesse sido queimada, levando as mãos à testa onde o beijo ainda ardia, tropeçando na grama.
//////////
Foi nesse exato momento de caos supremo – Rito dourado e pervertido segurando Haruna e Yui gemendo, Nana recuando como um tomate humano, Momo e Lala boquiabertas, e o Love Amplifier-kun cuspindo faíscas roxas na grama – que o grupo do sorvete retornou.
Yami entrou primeiro, segurando o sorvete de Celine. Seus olhos, sempre alertas, escanearam a cena e congelaram. Ela viu o beijo na testa de Nana. Viu as mãos de Rito claramente agarrando as nádegas de Haruna e Yui. Viu a expressão pervertida em seu rosto. Viu as duas garotas praticamente derretendo em seus braços.
Algo dentro de Yami estalou. Não foi apenas raiva. Foi um ciúme feroz, agudo e inesperado, misturado a uma profunda sensação de traição. Ela já tinha uma ideia sobre os sentimentos delas, mas vê-las assim, com ele, daquela maneira... e ele ainda beijando a Nana na frente de todos!
"EU ODEIO PERVERTIDOS!" O grito saiu de Yami com uma força que fez todos se virarem, mesmo Haruna e Yui saindo momentaneamente de seu transe. As taças de sorvete caíram no chão, ignoradas. O cabelo de Yami se agitou violentamente, transformando-se instantaneamente em lâminas afiadas e prateadas que refletiam a luz do sol. Seus olhos brilhavam com fúria assassina.
Ela se lançou como um raio, as lâminas de cabelo silvando pelo ar em direção a Rito.
Rito, ainda sob o efeito da excitação dourada e pervertida, soltou Haruna e Yui, que cambalearam para trás, olhando em volta confusas. Ele não demonstrou medo; demonstrou diversão. Com movimentos fluidos e incrivelmente rápidos – um reflexo aprimorado pela transformação e pelo seu estado alterado – ele começou a girar as mãos.
Portais surgiam e desapareciam no ar ao seu redor com velocidade estonteante. Uma lâmina sibilante desaparecia por um Portal que se abria diante dela e reaparecia instantaneamente dez metros atrás, cravando-se inofensivamente na grama. Outra lâmina era desviada por um Portal que a redirecionava para cima, em direção ao céu. Rito dançava no meio do turbilhão de aço, esquivando, desviando, usando os portais como escudos e redirecionadores perfeitos.
"Minha fofa Yami." Rito chamou, sua voz dourada carregada de provocação e uma estranha afeição, enquanto desviava de outro ataque com um portal que enviou uma lâmina em direção a um galho alto. "Você ficou mais lenta, ou eu fiquei mais rápido?" Ele deu uma risadinha, o olhar pervertido ainda presente, mas agora misturado com o prazer do desafio.
A palavra "fofa" atingiu Yami como uma flecha. Ela hesitou por uma fração de segundo, um rubor intenso e completamente inesperado subindo às suas bochechas, contrastando violentamente com sua fúria. "Q-Q-Quem é fofa, seu idiota pervertido!" Ela gritou, ainda mais furiosa, mas o ataque seguinte perdeu um pouco da precisão assassina, movida por uma confusão interna.
Rito estava tão focado na coreografia mortal com Yami, tão imerso na velocidade e no fluxo de abrir portais, que não percebeu o objeto que escapou do bolso de sua calça durante um movimento brusco de esquiva. Seu celular deslizou para fora e caiu com um baque surdo na grama, ao lado do Love Amplifier-kun ainda cuspindo energia.
"Desde quando o Rito tem poderes!?" Mikan gritou, seus olhos arregalados de choque e confusão. Ela apontava para os portais que apareciam e desapareciam. "E por que ele estava agindo como um... um maníaco sexual!?" A cena era surreal demais para processar: seu irmão desajeitado desviando de ataques mortais com algo que parecia ser magia espacial enquanto apertava bundas e chamava Yami de "fofa".
Mea observava, fascinada, os olhos brilhando como estrelas. "Uwaaaah! Senpai está incrível!~" Ela pulava no lugar, ignorando completamente o perigo. "Desviando dos ataques da Yami Onee-chan com esses portais! Que poder legal! Eu também quero brincar, Senpai~!" Seu próprio cabelo começou a se agitar, prestes a se transformar em armas.
Mas foi o grito de Mikan, cheio de descrença e uma raiva crescente, que cortou o ar como uma faca e atingiu Rito como um balde de água gelada:
"RIITOO!!! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?!"
O tom. A voz. A realidade da irmã mais nova testemunhando sua completa loucura pervertida e seus novos poderes assustadores. Foi como se um interruptor fosse desligado dentro de Rito.
A mecha dourada perto de seu olho piscou e voltou instantaneamente ao castanho normal. O brilho dourado nos olhos se extinguiu, substituído por um pânico profundo e uma vergonha avassaladora. A expressão pervertida desmoronou, revelando o Rito desnorteado e apavorado por baixo. Ele parou de se mover, os portais existentes se fechando com um 'whoosh'.
Seu olhar correu para Mikan, cujo rosto estava uma máscara de choque, desgosto e preocupação. Ele olhou para Haruna e Yui, que pareciam estar saindo lentamente de um sonho febril, começando a perceber onde estavam, como estavam, e o que havia acontecido. Olhou para Yami, ainda com as lâminas em posição de ataque, mas agora hesitante, confusa com sua súbita mudança. Olhou para Nana, ainda ruborizada, e para Momo e Lala, pálidas e assustadas. Olhou para o Love Amplifier-kun, ainda soltando faíscas roxas perigosas perto de seu celular caído.
O amor, a excitação, a provocação – tudo evaporou, deixando apenas o gelo da culpa e o terror de ter assustado as pessoas que ele amava e destruído qualquer chance de aceitação.
"Eu vou te contar tudo hoje à noite, Mikan." Rito falou, a voz rouca e cheia de uma urgência desesperada. Ele não tentou justificar, não tentou se esconder. "Eu não te contei antes porque... porque há outras coisas para falar. Algo mais sério também." Ele pensou no plano harém, nos poderes que surgiram. "E eu... eu não queria ver você triste e preocupada antes da hora." A honestidade bruta em sua voz era palpável.
Mikan engoliu em seco. O medo no rosto do irmão, a seriedade de suas palavras, acalmou um pouco sua fúria inicial, mas não dissipou a confusão ou a preocupação. Ela manteve seu olhar firme. "Eu vou esperar!" Ela declarou, sua voz firme, deixando claro que a explicação melhor ser boa.
Rito respirou fundo, virando-se então para as duas vítimas mais diretas de sua fase dourada. Haruna e Yui estavam agora completamente lúcidas, e a realidade do que disseram e do que permitiram estava se instalando em seus rostos com uma expressão de horror crescente. Rito se curvou profundamente, quase em noventa graus.
"Desculpe! Sairenji! Kotegawa!" Sua voz ecoou no silêncio repentino que se seguiu ao fim da batalha. "O que eu fiz mais cedo... me desculpa de verdade! Foi inaceitável! Foi... foi o dispositivo, mas também foi eu... perdão!"
Yui levou as mãos ao rosto, que estava vermelho-fogo. A lembrança de se esfregar no peito dele, de gemir, de dizer "hoje pode"... era insuportável. "Yuuki-kun..." Ela engasgou, a voz trêmula de vergonha extrema. "Esquece! Esquece tudo o que eu disse! Tudo! Foi... foi um erro! Um momento de loucura!" Antes que ele pudesse responder, ela se virou e saiu correndo pelo parque, como se demônios a perseguissem. Ele deve achar que sou uma pervertida nojenta!
Haruna tremia, as lágrimas começando a formar-se em seus olhos. Ela se confessara! Quase o beijara! Mas daquela maneira... embriagada por uma invenção da Lala, enquanto ele a apalpava! Não era assim que deveria ser. "Y-Yuuki-kun..." Ela balbuciou, evitando seu olhar a todo custo. "Aquilo que eu disse... eu... eu preciso encontrar minha irmã! Eu tinha esquecido! Com licença!" Ela também saiu correndo, em uma direção diferente de Yui, desaparecendo entre as árvores. Nunca mais posso olhar na cara dele!
Rito endireitou-se lentamente, observando as duas fugirem. Um suspiro profundo e cansado escapou de seus lábios. "Elas me odeiam agora." Ele murmurou, a dor da rejeição (mesmo que merecida) apertando seu peito.
Ele então se virou para Yami, que ainda estava parada, as lâminas retraídas, mas os olhos ainda cintilando com raiva residual e confusão. "Yami... desculpa. Pelo que eu disse... pelo que eu fiz. Não devia ter provocado você. Nem... nem tocado nas outras daquele jeito." Ele se curvou novamente, rapidamente.
Yami não respondeu. Ela apenas o encarou, seu rosto ainda levemente corado, antes de se virar e caminhar até onde Celine estava, pegando a mão da menina novamente. Seu silêncio era mais assustador do que qualquer grito.
Finalmente, Rito olhou para Nana. Ela ainda estava vermelha, mas agora parecia mais constrangida do que furiosa. "Nana... desculpa pelo beijo."
Ele se aproximou dela e sussurrou: "Eu não devia ter feito na frente de todo mundo."
Nana desviou o olhar, cruzando os braços com força. "Tch. Sem problemas, idiota." Ela resmungou. "Mas aprenda a se controlar. Se transformar num pervertido dourado não é desculpa." Apesar do tom áspero, não havia a fúria de antes. Talvez um pouco de... preocupação?
Rito suspirou novamente, o peso do dia começando a esmagá-lo. Ele avistou seu celular caído na grama, ao lado do Love Amplifier-kun que ainda cuspia faíscas e emitia um zumbido ameaçador. Precisava desligar aquela coisa antes que machucasse alguém. Ele começou a caminhar em direção ao dispositivo.
Momo, vendo-o se aproximar, tentou levantar o ânimo, ou talvez apenas quebrar a tensão insuportável. "Veja pelo lado bom, pelo menos não ouve tropeç-" Ela começou, tentando forçar um sorriso.
O destino, ou a maldição cósmica que perseguia Yuuki Rito, interveio. Seu pé encontrou uma raiz semi-enterrada exatamente no momento em que ele se inclinava para pegar o celular. "Opa-!"
Rito tropeçou. Não um tropeço elegante. Um tropeço desengonçado, desesperado, com os braços girando como moinhos de vento. Ele caiu pesadamente para frente... direto em cima de Yami, que estava sentada na grama ao lado de Celine, com as pernas estendidas à sua frente.
O mundo girou. Rito caiu de cara entre as pernas de Yami. Seu rosto estava a centímetros de seu colo, seus olhos arregalados olhando diretamente para a região coberta por uma calcinha branca visível.
O pânico absoluto tomou conta de Rito. Sem pensar, movido por anos de reflexos desastrados e pela necessidade desesperada de se apoiar em algo para evitar esmagá-la completamente, suas mãos voaram para frente.
Elas aterrissaram com firmeza exatamente na virilha de Yami. Cada mão se posicionou de um lado de sua fenda mais íntima, tocando diretamente na pele. Os polegares, em um movimento involuntário de busca por apoio, pressionaram para baixo e para os lados... abrindo ligeiramente os lábios íntimos de Yami, moldados sob o tecido fino. A calcinha branca impediu qualquer visão direta, mas a pressão, a localização e o movimento foram inconfundíveis.
Yami sentiu. Ela sentiu as mãos quentes agarrando sua virilha. Sentiu a pressão íntima e invasiva dos polegares abrindo sua dobra mais sensível. Toda a raiva, o constrangimento, a confusão do dia convergiram naquele único ponto de contato ultrajante. Seu rosto, já corado, tornou-se púrpura. Seus olhos se arregalaram, refletindo o horror absoluto e a fúria nuclear que explodiu dentro dela.
Rito, congelado no lugar, ainda com as mãos lá.
"EU" Yami sibilou, a voz baixa, rouca e carregada de um ódio que faria o diabo tremer "ODEIO PERVERTIDOS!"
Sua mão direita se transformou instantaneamente num punho de aço, um brilho metálico percorrendo sua pele. Ela não usou uma lâmina. Ela queria impacto. Queria dor. Queria enviá-lo para a estratosfera.
O punho metálico partiu como um míssil, direto para o estômago de Rito.
Ele viu o golpe vindo. Um Portal poderia tê-lo desviado facilmente. Mas naquele momento, sob o peso da vergonha, da culpa e da absoluta certeza de que merecia aquilo (e muito mais), Rito fechou os olhos.
THWUMP!
O impacto foi brutal, soltando todo o ar dos pulmões de Rito. Ele dobrou-se ao meio, a dor explosiva irradiando de seu abdômen. E então, a força do golpe o levantou do chão. Rito voou para trás, arqueando pelo ar como um boneco de pano, antes de cair pesadamente a vários metros de distância, rolando na grama.
O Love Amplifier-kun, atingido pelo corpo voador de Rito ou apenas atingindo seu limite, soltou uma última faísca roxa poderosa e então apagou-se, inerte.
Silêncio. Um silêncio pesado, constrangedor, cheio de olhares trocados e suspiros profundos. Mea cobriu a boca com as mãos, os olhos arregalados. Celine choramingou, assustada. Lala parecia prestes a chorar. Momo massageava as têmporas. Nana apenas fechou os olhos, exausta. Mikan olhava para o irmão caído, a preocupação lutando contra a incredulidade e uma ponta de "ele bem que mereceu".
Rito ficou deitado na grama, olhando para o céu azul através dos galhos da árvore. A dor no estômago era fraca, mas a dor na alma era intensa. O dia do piquenique terminara em caos, confissões forçadas, assédio, violência e duas das garotas que ele gostava fugindo, provavelmente para nunca mais querer vê-lo. E ele ainda tinha que explicar tudo para Mikan.
"Harém" Ele pensou ironicamente, um gosto amargo na boca. "Que começo glorioso."
O sol continuava a brilhar, indiferente ao drama humano (e alienígena) que se desenrolara. O piquenique dos desejos amplificados terminara. Restava apenas o gosto do fracasso, o cheio de sorvete derretido e a longa noite de explicações que se avizinhava.
O punho metálico partiu como um míssil, direto para o estômago de Rito.
Ele viu o golpe vindo. Um Portal poderia tê-lo desviado facilmente. Mas naquele momento, sob o peso da vergonha, da culpa e da absoluta certeza de que merecia aquilo (e muito mais), Rito fechou os olhos.
THWUMP!
O impacto foi brutal, soltando todo o ar dos pulmões de Rito. Ele dobrou-se ao meio, a dor explosiva irradiando de seu abdômen. E então, a força do golpe o levantou do chão. Rito voou para trás, arqueando pelo ar como um boneco de pano, antes de cair pesadamente a vários metros de distância, rolando na grama.
O Love Amplifier-kun, atingido pelo corpo voador de Rito ou apenas atingindo seu limite, soltou uma última faísca roxa poderosa e então apagou-se, inerte.
Silêncio. Um silêncio pesado, constrangedor, cheio de olhares trocados e suspiros profundos. Mea cobriu a boca com as mãos, os olhos arregalados. Celine choramingou, assustada. Lala parecia prestes a chorar. Momo massageava as têmporas. Nana apenas fechou os olhos, exausta. Mikan olhava para o irmão caído, a preocupação lutando contra a incredulidade e uma ponta de "ele bem que mereceu".
Rito ficou deitado na grama, olhando para o céu azul através dos galhos da árvore. A dor no estômago era fraca, mas a dor na alma era intensa. O dia do piquenique terminara em caos, confissões forçadas, assédio, violência e duas das garotas que ele gostava fugindo, provavelmente para nunca mais querer vê-lo. E ele ainda tinha que explicar tudo para Mikan.
"Harém" Ele pensou ironicamente, um gosto amargo na boca. "Que começo glorioso."
O sol continuava a brilhar, indiferente ao drama humano (e alienígena) que se desenrolara. O piquenique dos desejos amplificados terminara. Restava apenas o gosto do fracasso, o cheio de sorvete derretido e a longa noite de explicações que se avizinhava.
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