Capítulo 26 - Piquenique dos Corações Amplificados

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To Love-Ru Darkness 3: Onde as Estrelas se Dissolvem


Escrita por: Matheus Leandro (Magnatah)

Notas do Autor:
Fala galerinha do bem!
Na capa desse capítulo, fiz mais uma Lala-Tech exclusiva.


Capítulo 26 - Piquenique dos Corações Amplificados

To Love-Ru Darkness 3: Onde as Estrelas se Dissolvem

No Capítulo Anterior...
Rito fechou os olhos, envolvendo as três com seus braços fortes, enterrando o rosto nos cabelos rosa. A luz do quarto, iluminando o quarto bagunçado, a cama desfeita e o lençol amarelo jogado no chão – testemunhas silenciosas da noite conturbada e do amanhecer perfeito. O plano de harém não era mais apenas um plano. Era a sua realidade. E, abraçado às suas três princesas, Yuuki Rito sabia, sem sombra de dúvida, que era a realidade mais feliz que poderia existir.

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O abraço coletivo durou uma eternidade e um instante. Três corpos quentes, três batimentos acelerados, três aromas distintos (morango de Nana, algo doce e floral de Lala, e a fragrância suave e sedutora de Momo) se fundiam em Rito. Ele sentiu o peso do amor, literal e figurativo, e uma paz profunda que nunca imaginara possível. A realidade do harém, que antes parecia um sonho distante ou uma louca proposta de Momo, agora era o ar que respirava.

"Eu também te amo, Rito!" O eco das três vozes ainda vibrava em seu peito quando lentamente o abraço se desfez. Sorrisos tímidos, olhos ainda úmidos de emoção, trocaram olhares cheios de um novo entendimento.

Rito respirou fundo, a cena do quarto bagunçado de Nana registrada em sua mente como um marco. Ele esticou os braços, fazendo alguns músculos saltarem sob a camiseta. "Bem... com tudo isso resolvido..." Ele começou, tentando soar prático, mas a voz ainda carregada da emoção recente. "Precisamos nos arrumar. A escola não espera, né?"

Um silêncio curioso pairou no ar. Momo, Lala e Nana se entreolharam. Um brilho de cumplicidade passou entre as gêmeas. Um leve sorriso começou a se formar nos lábios de Nana, ainda corada. Lala cobriu a boca com a mão, os ombros tremendo. Momo foi a primeira a soltar uma risadinha, clara e musical.

"Pfft... Ah, Rito!" Momo riu, enxugando o canto do olho. "Sério? Você esqueceu completamente?"

"Esqueceu o que?" Rito franziu a testa, genuinamente confuso.

"Não tem aula hoje, bobo!" Lala explodiu em gargalhadas, pulando no lugar.

"Ah... Verdade!" Rito esfregou a nuca, um rubor leve subindo às suas bochechas enquanto ria, aliviado. "Com tudo que aconteceu... esqueci completamente."

"Bobo..." Nana resmungou, mas sem azedume habitual. Havia um toque de afeto no comentário. Ela ainda evitava o contato visual prolongado, mas o sorriso teimoso dos lábios era inegável.

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A descida para a cozinha foi... interessante. Rito liderava, tentando parecer natural. Lala saltitava ao seu lado, agarrando seu braço e tagarelando sobre como estava faminta. Momo vinha logo atrás, com um ar sereno e satisfeito, observando a cena. Nana fechava o grupo, arrastando os pés, as orelhas ainda rosadas, mas caminhando mais perto de Rito do que o habitual.

Mikan estava na cozinha, preparando o café da manhã. O cheiro de arroz cozido e peixe grelhado enchia o ar. Ela se virou com uma bandeja de ovos, um "Bom dia!" pronto nos lábios – que morreu instantaneamente.

Seus olhos escanearam o grupo: Rito, Lala agarrada nele, Momo com um sorriso demasiado inocente, e Nana... Nana parecendo uma versão menos raivosa de si mesma, mas definitivamente diferente. Todos juntos. Descendo do andar de cima? Juntos?

O olhar de Mikan – aguçado, protetor, cheio de anos lidando com as loucuras alienígenas e a inépcia do irmão – fixou-se em Rito. Não era um olhar de raiva, nem de surpresa exagerada. Era um olhar de desconfiança profunda. Uma análise silenciosa, penetrante, que parecia vasculhar a alma do irmão mais velho. Ele congelou no meio do passo, um frio repentino descendo sua espinha. Aquele olhar dizia: "O que você aprontou desta vez, Rito? E o que VOCÊS aprontaram com ele?"
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"B-Bom dia, Mikan!" Rito cumprimentou, a voz um pouco mais aguda que o normal. Ele se soltou gentilmente do braço de Lala, sentindo-se inexplicavelmente culpado.

"Bom dia" Mikan respondeu, a voz neutra, mas seu olhar ainda perfurava Rito. Ela colocou os ovos na mesa. "O Café da manhã está quase pronto. Sentem-se."

A atmosfera na cozinha, antes acolhedora com o cheiro de comida, ficou carregada. Lala, alheia, puxou Rito para uma cadeira. "Bem na hora! Estou morrendo de fome!" Momo sentou-se elegantemente, observando Mikan com interesse. Nana puxou uma cadeira mais afastada, evitando o olhar de Mikan.

Rito sentou-se, sentindo o peso do olhar de Mikan em sua nuca enquanto ela terminava de preparar a comida.

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O café da manhã transcorreu com uma tensão palpável. Lala devorava tudo, elogiando Mikan. Momo comia com delicadeza, fazendo conversa fiada. Nana permanecia quieta, concentrada no prato. Rito tentava parecer normal, mas cada movimento de Mikan ao seu redor o fazia pular internamente. Finalmente, terminado o silêncio constrangedor (quebrado apenas pelos sons da mastigação de Lala e pelos comentários ocasionais de Momo), Momo se levantou.

"Obrigada pela refeição, Mikan-san! Estava delicioso, como sempre." Momo disse com seu sorriso mais encantador. "Vamos ajudar a limpar, Onee-sama, Nana?"

Lala levantou-se imediatamente. "Sim! Vamos ajudar!" Nana apenas assentiu, levantando-se também.

Mikan acenou, ainda observando Rito com desconfiança. "Obrigada."

As três princesas de Deviluke deixaram a cozinha. Rito começou a levantar para ajudar, mas Mikan o parou com outro olhar. "Você fica. Preciso falar com você sobre... coisas." O sermão implícito era clara. Rito engoliu em seco e se sentou novamente.

Momo guiou Lala e Nana não para a sala de estar, mas para um canto tranquilo do jardim, longe das janelas da cozinha. O sol da manhã iluminava suas cabeças rosa.

"Por que nos chamou aqui?" Lala perguntou, animada, balançando para frente e para trás. "Vamos fazer algo divertido hoje, já que não tem escola?"

"Exatamente, Onee-sama." Momo concordou, os olhos rosa brilhando com determinação. "Mas não apenas divertido."

Nana cruzou os braços. "O que você está tramando agora, Momo?"

"Tramando? Que palavra forte, Nana." Momo riu levemente. "Estou planejando. Planejando para o futuro do Rito" Ela olhou seriamente para as duas. "Vocês viram a cara de Mikan. E as outras garotas... elas ainda não sabem de nada. A notícia de que Rito está com todas nós três vai ser... um choque."

Lala franziu a testa. "Mas elas gostam do Rito, não gostam? Então tudo deve ficar bem!"

"É mais complicado que isso, Onee-sama" Momo explicou pacientemente. "Garotas, especialmente as orgulhosas como Yui-san e as tímidas como Haruna-san, têm conceitos muito rígidos sobre relacionamentos. Precisamos introduzir a ideia do harém de forma gradual. Fazê-las ver que é possível, que pode ser feliz, que Rito pode fazer todas felizes."

Nana resmungou, mas não discordou. Ela mesma havia resistido ferozmente à ideia antes de sucumbir. "E como você pretende fazer isso?"

"Com um encontro social descontraído!" Momo anunciou, como se revelasse um grande segredo. "Um piquenique! No parque municipal. Sol, grama, comida boa... uma atmosfera relaxada e alegre. O ambiente perfeito para... aproximações."

Lala saltou no lugar, os olhos brilhando. "Piquenique! Que ideia maravilhosa, Momo! Vai ser incrível! Podemos convidar todo mundo?"
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"Convide apenas a Haruna, Yui, Mea e Yami! Mikan e Celine já estão inclusas." Momo sorriu, satisfeita por Lala ter mordido a isca. "Por enquanto só essas..." Ela fez uma pausa dramática, colocando um dedo no queixo. "Para criar um ambiente realmente propício... para quebrar um pouco as barreiras iniciais... talvez precisemos de uma pequena ajuda tecnológica."

"Tecnológica?" Lala inclinou a cabeça, curiosa.

"Sim! Algo que... Intensifique as emoções!" Momo explicou, gesticulando. "Algo que faça todo mundo se sentir mais relaxado, mais aberto, mais... carinhoso."

Lala bateu as palmas. "Ah! Sim! Eu entendo! Eu posso fazer isso!"

"Perfeito, Onee-sama!" Momo exclamou, abraçando a irmã mais velha rapidamente. "Mas tem que ser um segredo! Uma surpresa para deixar o piquenique ainda mais mágico! Não podemos contar para ninguém, nem para Rito! Senão perde a graça!"

"Segredo! Surpresa! Entendido!" Lala concordou, colocando um dedo nos lábios e fazendo um "shhh" exagerado. "Ninguém vai saber! Nem o Rito!"

Nana observou o intercâmbio com um misto de ceticismo e resignação. "Momo... isso não vai dar errado, vai?"

"Claro que não, Nana!" Momo garantiu, com uma confiança que beirava a temeridade. "É apenas um pequeno empurrãozinho para o bem de todos. Confia na sua irmã, Rito e você ficaram presos por minha causa e agora vocês estão namorando!" Seu sorriso era angelical. 

Um misto de surpresa e vergonha tomou conta de Nana, que, com um suspiro profundo, reconheceu o gesto de ajuda da irmã.

Quando Momo usava esse tom e esse sorriso, as coisas raramente terminavam bem, mas resistir parecia inútil.

"E como vai se chamar essa sua invenção, Onee-sama?" Momo perguntou, desviando o assunto.

Lala fechou os olhos, concentrada. "Hmm... Amplificador de Amor... Emoções Coletivas... Ah! Já sei!" Ela abriu os olhos, radiante. " 'Love Amplifier-kun!' O ajudante do amor!"

Momo sorriu, forçando um pouco. "Encantador. Simplesmente... encantador. Vai ser perfeito, Onee-sama. Agora, vamos começar a preparar a comida para o piquenique! E convidar todo mundo!"

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O céu estava de um azul imaculado, pontilhado por nuvens fofas que pareciam de algodão-doce. O sol aquecia a grama verde do parque municipal. Uma brisa leve agitava as folhas das árvores, trazendo o cheiro de terra e flores silvestres. O cenário era idílico.

Rito ajudava Momo e Nana a estender um enorme manta de piquenique azul e branco sob a sombra de uma grande árvore. Cestas cheias de comida – onigiris feitos por Mikan, sanduíches, frutas, doces comprados por Nana, e até alguns pratos estranhamente coloridos de Deviluke (que ninguem tinha coragem de comer, pois foram feitos por Lala) – estavam alinhadas. Lala corria em círculos, animadíssima, ajudando Celine a perseguir uma borboleta.

As convidadas começaram a chegar. Haruna Sairenji apareceu primeiro, vestindo um vestido leve de verão, parecendo um pouco tímida. "O-oi, pessoal. Obrigada pelo convite." Ela cumprimentou a todos, seu olhar pousando em Rito por um segundo a mais do que o normal antes de desviar rapidamente. Yui Kotegawa chegou logo em seguida, com sua postura rígida habitual, vestindo calças e uma blusa social, como se estivesse indo para uma reunião, não para um piquenique. "Olá pessoal. Obrigada pelo convite!" Ela declarou, sentando-se com cuidado e mantendo certa distância de Rito, ainda que seu olhar, por um breve instante, pousasse sobre ele.

Mea Kurosaki surgiu como se tivesse se materializado, abraçando Rito por trás com um "Senpai~!". Yami, sempre vigilante, seguia alguns passos atrás, seus olhos observando tudo com desconfiança. "Não cause problemas, Mea." Ela advertiu, sentando-se à parte, apoiando as costas em uma árvore. Mikan trouxe os últimos itens da cesta, ainda lançando olhares ocasionais para Rito e as princesas, tentando decifrar a dinâmica nova.

O ambiente era inicialmente um pouco tenso. As confissões e dramas recentes envolvendo Rito e várias das garotas presentes criavam uma rede invisível de constrangimentos e expectativas. Momo, no entanto, era uma mestra em quebrar o gelo. Ela distribuía comida, fazia comentários engraçados sobre as invenções de Lala, e puxava assuntos leves.

"Mau!" Celine, que estava sentada no colo de Yami brincando com seus cabelos que momentaneamente viraram bichinhos de pelúcia, apontou para um quiosque distante na entrada do parque. "Mau Mau!"

Mea saltou. "Sorvete! Ótima ideia, Celine! Yami, vamos?" Ela puxou o braço da irmã.

Yami suspirou, mas um leve brilho de interesse apareceu em seus olhos. "Sorvete... é aceitável." Ela levantou-se, segurando a mão de Celine.

Mikan também se levantou. "Eu vou com vocês. Vou ajudar a carregar." Mikan deu uma última olhada desconfiada para Rito antes de se aproximar de Yami.

"Eu ajudo também!" Lala ofereceu, sempre pronta para qualquer aventura que envolvesse doces.

Momo quase soltou um suspiro de alívio. A saída de Mea, Yami, Mikan e Celine era exatamente o que ela precisava. Agora o foco poderia ser Haruna e Yui. "Ótimo! Tragam um de chocolate para mim também, por favor!" Ela acenou enquanto o grupo se afastava em direção ao quiosque.

Rito, Haruna, Yui, Momo e Nana ficaram sob a cerejeira. Momo trocou um olhar rápido com Lala, que estava prestes a sair. "Ah, Onee-sama! Esqueci de te perguntar... você trouxe aquela... invenção nova? A que combinamos?"

Lala parou, seus olhos arregalando-se de compreensão. "Ah! O Love Amplifier-kun! Sim, sim, trouxe!" Ela revirou o bolso de seu vestido até encontrar seu D-Dial. Ela apertou alguns botões no D-Dial freneticamente, luzes rosas sairam da tela do dispositivo e o 'Love Amplifier-kun' se materializou diante delas. 

Momo achou fofo o dispositivo. Um mini robo parecido com uma borboleta, o corpo era branco, 2 anteninhas rosas sobre a cabeça, olhos azuis que reluzia sob o sol, asas rosas com desenhos que simbolizavam o vento e tinha apenas 2 perninhas pretas. "Está aqui! Quer que eu o ative agora?" Lala perguntou, olhando para sua criação, orgulhosa.

Momo sorriu, um sorriso que não chegava totalmente aos olhos. "Sim, por favor, Onee-sama. Vai deixar o clima ainda mais... especial. É a surpresa que eu falei."

"Pronto! Love Amplifier-kun, ativado!" Lala apertou um botão no topo.

A mini borboleta robô emitiu um leve zumbido e começou a piscar com uma luz rosa muito suave. Uma onda quase imperceptível de... algo... pareceu se espalhar pelo ar. Rito sentiu um calafrio leve, mas ignorou, atribuindo-o à brisa. Haruna parecia um pouco mais relaxada. Yui ajustou os óculos, olhando para o dispositivo com curiosidade científica.

"Funcionando?" Lala perguntou, animada, observando as reações.

Momo observou Haruna e Yui. Elas pareciam um pouco menos tensas, mas não havia nenhuma mudança dramática. "Parece... sutil, Lala. Talvez precise de um pouco mais de... potência? Para realmente criar o ambiente mágico que queremos." Ela fez um gesto de 'aumenta' com as mãos.

"Potência? Hmm..." Lala examinou o Love Amplifier-kun. "Tem um botãozinho aqui atrás... diz 'MAX'... deve ser isso!" Sem hesitar, ela girou o pequeno botão até o fim.

BZZZZZZZZZT!

O dispositivo tremeu violentamente nas mãos de Lala. As luzes piscantes aceleraram freneticamente, mudando de rosa suave para um roxo elétrico intenso. O zumbido transformou-se num ruído agudo e penetrante. Raios minúsculos de energia rosa e roxa começaram a saltar das antenas.

"Ah? Isso não parece normal..." Lala comentou, inclinando a cabeça.

Momo viu a mudança e seus instintos de sobrevivência (e de manipulação que deu errado) dispararam. "Lala! Desliga! Desliga agora!" Ela gritou, recuando instintivamente. Nana, percebendo o perigo no tom de voz da irmã, também deu um passo para trás.

"Tentando!" Lala apertou botões desesperadamente, mas o dispositivo apenas vibrou mais forte, as luzes piscando como um farol estroboscópico maluco. "Não desliga! Ele... ele entrou em curto!"

A explosão roxa do Love Amplifier-kun atingiu todos como um soco: Haruna perdeu a timidez, seus olhos fixos em Rito com desejo embriagado; Yui curvou-se, o rosto incendiado de emoção. O dispositivo caiu na grama, cuspindo faíscas rosa. O ar pegajoso de atração distorcida anunciava: o caos do piquenique só começava.


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