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To Love-Ru Darkness 3: Onde as Estrelas se Dissolvem
Escrita por: Matheus Leandro (Magnatah)
Capítulo 24 - O Evangelho da Princesa Orgulhosa
No Capítulo Anterior...
Lala ergueu o polegar para Momo, um sorriso triunfante no rosto. "Feito! Bloqueio ativado! Eles estão lá dentro, só saem amanhã!"
Momo soltou o ar que prendia, seu rosto iluminando-se com um sorriso de pura satisfação estratégica. Ela se aproximou e sussurrou, os olhos cintilando: "Agora é só esperar a magia acontecer..." Seu sorriso vacilou por uma fração de segundo, substituído por uma sombra de preocupação genuína. "...só torço para que o Rito não tropece em nada lá dentro e estrague o clima."
\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\
Na sala, o cheiro irresistível de cookies recém-assados começou a pairar no ar, vindo da cozinha. Lala farejou o ar como um cão de caça, seus olhos se arregalando. "Esse cheiro... biscoitos!" Ela exclamou, esquecendo instantaneamente do notebook. Ela o jogou descuidadamente e o deixou cair de lado no sofá. "Mikan deve ter feito biscoitos! Vou ver!" Ela saltou e correu em direção à cozinha, levada pelo seu estômago infalível.
Momo, cujo próprio estômago roncava em resposta ao aroma tentador, lançou um último olhar pensativo na direção do corredor superior. "Funcione, plano. Por favor. funcione." Com um suspiro, ela seguiu Lala em direção à cozinha, a promessa do açúcar superando momentaneamente a ansiedade pelo desenrolar de seu esquema.
Poucos minutos depois, Celine, a adorável e curiosa, entrou na sala, atrás de um lugar aconchegante para se aninhar antes de dormir de vez. Seus olhos verdes pousaram no sofá. O lugar perfeito! Ela se aproximou, pronta para subir. Mas havia um obstáculo: o notebook de Lala, deixado de lado.
"Mau?" Celine inclinou a cabecinha. Com as pequenas mãos, ela empurrou o objeto estranho para o lado, tentando abrir espaço. Seus dedinhos pressionaram sem querer várias teclas ao longo do teclado. De repente, a tela do notebook, que estava apenas em modo de espera, escureceu completamente. O pequeno LED de energia apagou. Celine olhou para o aparelho agora inerte, bocejou, e pulou feliz para o espaço liberado no sofá, enrolando-se como um gatinho satisfeito.
Quando Lala voltou da cozinha, com um cookie em cada mão e a boca cheia, seus olhos pousaram no notebook agora escuro e fechado, jogado ao lado de Celine adormecida.
"Hmm?" Ela engoliu o pedaço de cookie, pensativa. "Eu desliguei? Acho que sim... deve ter sido." Ela encolheu os ombros, completamente despreocupada. Afinal, o bloqueio já estava ativado, não era? O importante eram os cookies e a TV. Ela pegou o notebook e o colocou de lado em uma mesa próxima, sentando-se depois ao lado de Celine, pronta para voltar a assistir seu programa.
Momo, sentada na poltrona ao lado, mastigava seu cookie pensativamente. Seus olhos, porém, não estavam na TV. Estavam fixos no teto. Uma ansiosa antecipação brilhava em seus olhos dourados, misturada com uma pitada de nervosismo. "Nana... Rito... por favor, não estraguem tudo."
//////////
O mundo de Nana era um caos de vergonha e confusão. Enrolada em sua cama, o rosto ainda ardendo, ela enterrou o nariz no travesseiro, tentando sufocar a lembrança dos lábios de Rito. "Por que eu fugi? Que idiota! Agora ele deve pensar que eu sou uma maluca! Ou pior, que eu odeio ele!" Ela socou o travesseiro. "Mas eu não odeio! Eu..". O pensamento foi interrompido pelo súbito 'whoosh' da porta automática do seu quarto se abrindo.
Nana sentou-se na cama como um gato espantado, seu coração batendo como um tambor de guerra. Lá estava ele. Yuuki Rito. Mais alto, mais largo, mais presente do que nunca, preenchendo a porta do seu santuário. Seu rosto explodiu em rubor novamente. "O-Q-QUE você está fazendo aqui!?" sua voz saiu estridente, quase um guincho.
Rito parou, confundido pela recepção agressiva. "Momo me disse que você estava me chamando." Ele explicou, sua voz calma contrastando com o pânico crescente de Nana. "Que era urgente."
"Eu não chamei!" Nana disparou, levantando-se da cama. A vergonha estava sendo rapidamente substituída pela indignação. "Momo! Aquela..."
Rito olhou ao redor, parecendo genuinamente confuso. "Ah... desculpa. Eu devia ter batido." Ele se virou para sair, aliviado por ter um motivo para escapar daquela atmosfera carregada. Estendeu a mão para o painel ao lado da porta. Nada aconteceu. Ele pressionou novamente. A porta permaneceu hermeticamente fechada.
"Ela abre sozinha, esqueceu!?" Nana esbravejou, avançando. "É automática!" Ela empurrou Rito para o lado – sentindo a dureza de seu músculo peitoral sob a camisa e quase engasgando com a sensação – e bateu sua própria mão no painel. Nada. "O quê...?" Ela começou a bater na porta metálica com força. "Ei! Alô! A porta está emperrada! Abram!" Suas batidas ecoaram, vazias, no quarto. Nenhuma resposta veio do outro lado. O pânico começou a se instalar, frio e gélido. "ABRAM ISSO! LOGO!"
//////////
Rito observou a cena, sua confusão inicial dando lugar a uma compreensão lenta e preocupada. "Momo... o bloqueio..." Ele lembrou-se da expressão calculista dela. Isso era parte de um plano. Um plano para prendê-lo aqui com Nana. A ideia deveria irritá-lo, mas uma pequena centelha de... algo... aquecia seu peito. Ele se aproximou, tentando manter a calma. "Nana, acalma-se. Provavelmente é só um problema técnico. As garotas vão perceber e..."
Ele estendeu a mão para tocá-la no ombro, tentando acalmá-la. Nana, no auge de seu pânico e vergonha, deu um salto para trás como se tivesse sido eletrocutada. "N-Não toque em mim!" Ela gritou, seus olhos arregalados refletindo puro terror social.
O recuo dela atingiu Rito como um soco. Ele baixou a mão lentamente, uma dor genuína cruzando seu rosto. A luz no teto, até então suave, piscou uma vez, duas vezes, e então se apagou completamente, mergulhando o quarto em uma escuridão absoluta e opressora. O pânico de Nana atingiu um novo pico, um grito estrangulado escapando de seus lábios.
Na escuridão, a voz de Rito soou baixa, carregada de emoção. "Nana... você está com raiva de mim? Pelo que eu fiz?" O silêncio que se seguiu foi pesado. Ele continuou, sua voz um pouco trêmula. "Era... era o seu primeiro beijo... e eu... eu o roubei. Provavelmente você não queria ter seu primeiro beijo comigo..." As palavras saíram cheias de culpa e autodepreciação. Ele realmente acreditava que era um erro para ela.
A escuridão, paradoxalmente, deu coragem a Nana. Ela não via o rosto dele, não via seu próprio rubor. Só ouvia a dor na sua voz. E aquela dor... aquela suposição errada... acendeu sua fúria como um pavio.
"EU NÃO ESTOU COM RAIVA DE VOCÊ!" Ela explodiu, sua voz ecoando na escuridão. "S-SÓ ESTOU..." Ela engasgou, a verdade presa na garganta.
"Está o quê, Nana?" A voz de Rito estava mais perto agora. Ele se aproximara no escuro, guiado por sua voz. Ansioso. Esperançoso.
A raiva e a vergonha se fundiram em um grito catártico: "FOI O MEU PRIMEIRO BEIJO, CLARO QUE ESTOU ENVERGONHADA, IDIOTA! TU É MUITO DENSO!" As palavras saíram como um jato de vapor, quentes e furiosas.
O silêncio que se seguiu foi cortante. Rito parou de se mover. Ele podia quase ouvir os pensamentos girando na cabeça dele na escuridão. "Ela estava me evitando porque estava envergonhada? Não era raiva?" A revelação foi como um raio. A culpa que ele sentia começou a se transformar... em algo mais quente, mais ousado.
"Mesmo assim." Sua voz veio baixa, mais controlada, mas ainda com um resquício de tristeza, "Me sinto culpado. Tirar seu primeiro beijo..." Sua voz morreu. Uma imagem surgiu em sua mente: Nana, dias antes, encarando-o com seus olhos felinos desafiadores, perguntando: 'Você gosta de mim?' E ele respondendo com um 'Sim' sincero. Mas ele nunca lhe fizera a mesma pergunta. Nunca dera a ela a chance de responder. A escuridão encorajava a franqueza. "Posso me aproximar de você?" Ele pediu, sua voz um sussurro áspero. "Quero fazer uma pergunta."
Nana sentiu o sangue correr para seu rosto novamente, mas a escuridão era um véu protetor. "Fala daí!" Ela retrucou, tentando soar brava, mas sua voz falhou levemente. A ideia dele se aproximando mais, no escuro total era aterrorizante e eletrizante.
Ele se moveu. Ela sentiu o calor de seu corpo antes de vê-lo, uma presença grande e reconfortante na escuridão. "É importante eu estar perto para perguntar isso." Ele explicou, sua voz agora apenas a um braço de distância.
"Já que você está perto" Nana murmurou, seus nervos à flor da pele, "Pergunta." Ela forçou-se a olhar na direção de onde sua voz vinha. Lentamente, seus olhos começavam a distinguir vultos na escuridão. A forma imponente dele, a silhueta de seu rosto.
Ele respirou fundo. O ar parecia vibrar entre eles. "Nana" Começou ele, sua voz grave e séria. "Você me fez essa pergunta antes. Agora eu vou te perguntar..." Uma pausa carregada. "Você gosta de mim?"
Foi como se o universo tivesse parado. A pergunta, direta, sem rodeios, disparada no escuro como uma flecha certeira, atingiu o centro do coração de Nana. Ela ficou paralisada. Todos os pensamentos fugiram. Tudo o que existia era aquela pergunta, ecoando na escuridão, e a presença avassaladora de Rito diante dela. Seu rosto queimava como se estivesse sob o sol. Seu coração martelava contra as costelas. "E-E... E..." Ela tentou falar, mas só sons engasgados saíram. "Idiota! Responda!"
//////////
Rito interpretou seu silêncio e gagueira como confirmação de seu pior medo. Sua voz tornou-se sombria, cheia de uma resignação dolorosa. "Nana Não precisa responder. É impossível você gostar de mi—"
O som de seu nome saindo da boca dele com aquele tom de desistência foi a gota d'água. A raiva – a boa e velha raiva que era seu escudo e sua linguagem do amor – explodiu como um vulcão, varrendo a paralisia.
"É-É CLARO QUE E-EU G-GOSTO DE VOCÊ, SEU IDIOTA!" Ela gritou, e antes mesmo de pensar, seu punho fechado voou na escuridão, acertando o braço musculoso de Rito com um 'tump' satisfatório. "ACHA MESMO QUE EU IA BEIJAR QUEM EU NÃO GOSTO?!" A confissão saiu como um rugido, mas no instante seguinte ao impacto, Nana percebeu o que dissera. Seus olhos, agora melhor ajustados ao escuro, arregalaram-se de puro horror. "Eu disse! Eu realmente disse!" Ela encarou Rito, seus olhos faiscando com um misto de fúria, desafio e pânico, mas por trás deles, uma vulnerabilidade crua e inegável.
Rito ficou imóvel. Não pelo soco – que mal sentira – mas pelas palavras. A confirmação explícita. Nana Astar Deviluke gostava dele. Não como um amigo, não como um protetor. Românticamente. Ele a amava, e ela... retribuía. O conhecimento foi como uma onda de eletricidade percorrendo sua espinha. Uma onda que trouxe à tona não apenas alegria, mas uma centelha.
Uma única mecha de seu cabelo castanho, bem acima da têmpora esquerda, pulsou com um brilho dourado fraco e fugaz. Foi rápido, quase imperceptível na penumbra, mas acompanhado por uma súbita onda de calor e confiança que inundou Rito. Não era o desejo incontrolável do Rito dourado, mas um vislumbre, um eco de sua ousadia.
Ele não pensou. Agiu.
Em um movimento fluido e decisivo que a Nana de semanas atrás nunca teria imaginado possível, Rito fechou a pequena distância entre eles. Sua mão grande e quente envolveu a cintura fina de Nana, puxando-a firmemente contra seu corpo. Seus músculos, eram uma prisão de calor e força. Antes que ela pudesse protestar, ou sequer piscar, sua outra mão encontrou a nuca dela, guiando seu rosto para o dele.
E ele a beijou.
Desta vez, não foi um acidente. Não foi um impulso momentâneo na escuridão. Foi deliberado. Possessivo. Cheio de um desejo que ele não mais tentava negar.
Nana ficou petrificada. Seus olhos arregalaram-se, capturando a imagem difusa de seu rosto tão perto, seus próprios lábios sendo conquistados. O choque inicial foi avassalador. "Ele... ele está me beijando! De novo! De propósito!" Mas então, a memória sensorial do primeiro beijo inundou-a – o calor, o sabor, a sensação de se perder. Seu corpo, mais sábio que sua mente, reagiu. Seus olhos, ainda arregalados, fecharam-se lentamente, as pálpebras pesadas. Um pequeno gemido escapou de sua garganta, abafado pelos lábios dele.
Ela se rendeu.
Lala ergueu o polegar para Momo, um sorriso triunfante no rosto. "Feito! Bloqueio ativado! Eles estão lá dentro, só saem amanhã!"
Momo soltou o ar que prendia, seu rosto iluminando-se com um sorriso de pura satisfação estratégica. Ela se aproximou e sussurrou, os olhos cintilando: "Agora é só esperar a magia acontecer..." Seu sorriso vacilou por uma fração de segundo, substituído por uma sombra de preocupação genuína. "...só torço para que o Rito não tropece em nada lá dentro e estrague o clima."
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Na sala, o cheiro irresistível de cookies recém-assados começou a pairar no ar, vindo da cozinha. Lala farejou o ar como um cão de caça, seus olhos se arregalando. "Esse cheiro... biscoitos!" Ela exclamou, esquecendo instantaneamente do notebook. Ela o jogou descuidadamente e o deixou cair de lado no sofá. "Mikan deve ter feito biscoitos! Vou ver!" Ela saltou e correu em direção à cozinha, levada pelo seu estômago infalível.
Momo, cujo próprio estômago roncava em resposta ao aroma tentador, lançou um último olhar pensativo na direção do corredor superior. "Funcione, plano. Por favor. funcione." Com um suspiro, ela seguiu Lala em direção à cozinha, a promessa do açúcar superando momentaneamente a ansiedade pelo desenrolar de seu esquema.
Poucos minutos depois, Celine, a adorável e curiosa, entrou na sala, atrás de um lugar aconchegante para se aninhar antes de dormir de vez. Seus olhos verdes pousaram no sofá. O lugar perfeito! Ela se aproximou, pronta para subir. Mas havia um obstáculo: o notebook de Lala, deixado de lado.
"Mau?" Celine inclinou a cabecinha. Com as pequenas mãos, ela empurrou o objeto estranho para o lado, tentando abrir espaço. Seus dedinhos pressionaram sem querer várias teclas ao longo do teclado. De repente, a tela do notebook, que estava apenas em modo de espera, escureceu completamente. O pequeno LED de energia apagou. Celine olhou para o aparelho agora inerte, bocejou, e pulou feliz para o espaço liberado no sofá, enrolando-se como um gatinho satisfeito.
Quando Lala voltou da cozinha, com um cookie em cada mão e a boca cheia, seus olhos pousaram no notebook agora escuro e fechado, jogado ao lado de Celine adormecida.
"Hmm?" Ela engoliu o pedaço de cookie, pensativa. "Eu desliguei? Acho que sim... deve ter sido." Ela encolheu os ombros, completamente despreocupada. Afinal, o bloqueio já estava ativado, não era? O importante eram os cookies e a TV. Ela pegou o notebook e o colocou de lado em uma mesa próxima, sentando-se depois ao lado de Celine, pronta para voltar a assistir seu programa.
Momo, sentada na poltrona ao lado, mastigava seu cookie pensativamente. Seus olhos, porém, não estavam na TV. Estavam fixos no teto. Uma ansiosa antecipação brilhava em seus olhos dourados, misturada com uma pitada de nervosismo. "Nana... Rito... por favor, não estraguem tudo."
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O mundo de Nana era um caos de vergonha e confusão. Enrolada em sua cama, o rosto ainda ardendo, ela enterrou o nariz no travesseiro, tentando sufocar a lembrança dos lábios de Rito. "Por que eu fugi? Que idiota! Agora ele deve pensar que eu sou uma maluca! Ou pior, que eu odeio ele!" Ela socou o travesseiro. "Mas eu não odeio! Eu..". O pensamento foi interrompido pelo súbito 'whoosh' da porta automática do seu quarto se abrindo.
Nana sentou-se na cama como um gato espantado, seu coração batendo como um tambor de guerra. Lá estava ele. Yuuki Rito. Mais alto, mais largo, mais presente do que nunca, preenchendo a porta do seu santuário. Seu rosto explodiu em rubor novamente. "O-Q-QUE você está fazendo aqui!?" sua voz saiu estridente, quase um guincho.
Rito parou, confundido pela recepção agressiva. "Momo me disse que você estava me chamando." Ele explicou, sua voz calma contrastando com o pânico crescente de Nana. "Que era urgente."
"Eu não chamei!" Nana disparou, levantando-se da cama. A vergonha estava sendo rapidamente substituída pela indignação. "Momo! Aquela..."
Rito olhou ao redor, parecendo genuinamente confuso. "Ah... desculpa. Eu devia ter batido." Ele se virou para sair, aliviado por ter um motivo para escapar daquela atmosfera carregada. Estendeu a mão para o painel ao lado da porta. Nada aconteceu. Ele pressionou novamente. A porta permaneceu hermeticamente fechada.
"Ela abre sozinha, esqueceu!?" Nana esbravejou, avançando. "É automática!" Ela empurrou Rito para o lado – sentindo a dureza de seu músculo peitoral sob a camisa e quase engasgando com a sensação – e bateu sua própria mão no painel. Nada. "O quê...?" Ela começou a bater na porta metálica com força. "Ei! Alô! A porta está emperrada! Abram!" Suas batidas ecoaram, vazias, no quarto. Nenhuma resposta veio do outro lado. O pânico começou a se instalar, frio e gélido. "ABRAM ISSO! LOGO!"
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Rito observou a cena, sua confusão inicial dando lugar a uma compreensão lenta e preocupada. "Momo... o bloqueio..." Ele lembrou-se da expressão calculista dela. Isso era parte de um plano. Um plano para prendê-lo aqui com Nana. A ideia deveria irritá-lo, mas uma pequena centelha de... algo... aquecia seu peito. Ele se aproximou, tentando manter a calma. "Nana, acalma-se. Provavelmente é só um problema técnico. As garotas vão perceber e..."
Ele estendeu a mão para tocá-la no ombro, tentando acalmá-la. Nana, no auge de seu pânico e vergonha, deu um salto para trás como se tivesse sido eletrocutada. "N-Não toque em mim!" Ela gritou, seus olhos arregalados refletindo puro terror social.
O recuo dela atingiu Rito como um soco. Ele baixou a mão lentamente, uma dor genuína cruzando seu rosto. A luz no teto, até então suave, piscou uma vez, duas vezes, e então se apagou completamente, mergulhando o quarto em uma escuridão absoluta e opressora. O pânico de Nana atingiu um novo pico, um grito estrangulado escapando de seus lábios.
Na escuridão, a voz de Rito soou baixa, carregada de emoção. "Nana... você está com raiva de mim? Pelo que eu fiz?" O silêncio que se seguiu foi pesado. Ele continuou, sua voz um pouco trêmula. "Era... era o seu primeiro beijo... e eu... eu o roubei. Provavelmente você não queria ter seu primeiro beijo comigo..." As palavras saíram cheias de culpa e autodepreciação. Ele realmente acreditava que era um erro para ela.
A escuridão, paradoxalmente, deu coragem a Nana. Ela não via o rosto dele, não via seu próprio rubor. Só ouvia a dor na sua voz. E aquela dor... aquela suposição errada... acendeu sua fúria como um pavio.
"EU NÃO ESTOU COM RAIVA DE VOCÊ!" Ela explodiu, sua voz ecoando na escuridão. "S-SÓ ESTOU..." Ela engasgou, a verdade presa na garganta.
"Está o quê, Nana?" A voz de Rito estava mais perto agora. Ele se aproximara no escuro, guiado por sua voz. Ansioso. Esperançoso.
A raiva e a vergonha se fundiram em um grito catártico: "FOI O MEU PRIMEIRO BEIJO, CLARO QUE ESTOU ENVERGONHADA, IDIOTA! TU É MUITO DENSO!" As palavras saíram como um jato de vapor, quentes e furiosas.
O silêncio que se seguiu foi cortante. Rito parou de se mover. Ele podia quase ouvir os pensamentos girando na cabeça dele na escuridão. "Ela estava me evitando porque estava envergonhada? Não era raiva?" A revelação foi como um raio. A culpa que ele sentia começou a se transformar... em algo mais quente, mais ousado.
"Mesmo assim." Sua voz veio baixa, mais controlada, mas ainda com um resquício de tristeza, "Me sinto culpado. Tirar seu primeiro beijo..." Sua voz morreu. Uma imagem surgiu em sua mente: Nana, dias antes, encarando-o com seus olhos felinos desafiadores, perguntando: 'Você gosta de mim?' E ele respondendo com um 'Sim' sincero. Mas ele nunca lhe fizera a mesma pergunta. Nunca dera a ela a chance de responder. A escuridão encorajava a franqueza. "Posso me aproximar de você?" Ele pediu, sua voz um sussurro áspero. "Quero fazer uma pergunta."
Nana sentiu o sangue correr para seu rosto novamente, mas a escuridão era um véu protetor. "Fala daí!" Ela retrucou, tentando soar brava, mas sua voz falhou levemente. A ideia dele se aproximando mais, no escuro total era aterrorizante e eletrizante.
Ele se moveu. Ela sentiu o calor de seu corpo antes de vê-lo, uma presença grande e reconfortante na escuridão. "É importante eu estar perto para perguntar isso." Ele explicou, sua voz agora apenas a um braço de distância.
"Já que você está perto" Nana murmurou, seus nervos à flor da pele, "Pergunta." Ela forçou-se a olhar na direção de onde sua voz vinha. Lentamente, seus olhos começavam a distinguir vultos na escuridão. A forma imponente dele, a silhueta de seu rosto.
Ele respirou fundo. O ar parecia vibrar entre eles. "Nana" Começou ele, sua voz grave e séria. "Você me fez essa pergunta antes. Agora eu vou te perguntar..." Uma pausa carregada. "Você gosta de mim?"
Foi como se o universo tivesse parado. A pergunta, direta, sem rodeios, disparada no escuro como uma flecha certeira, atingiu o centro do coração de Nana. Ela ficou paralisada. Todos os pensamentos fugiram. Tudo o que existia era aquela pergunta, ecoando na escuridão, e a presença avassaladora de Rito diante dela. Seu rosto queimava como se estivesse sob o sol. Seu coração martelava contra as costelas. "E-E... E..." Ela tentou falar, mas só sons engasgados saíram. "Idiota! Responda!"
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Rito interpretou seu silêncio e gagueira como confirmação de seu pior medo. Sua voz tornou-se sombria, cheia de uma resignação dolorosa. "Nana Não precisa responder. É impossível você gostar de mi—"
O som de seu nome saindo da boca dele com aquele tom de desistência foi a gota d'água. A raiva – a boa e velha raiva que era seu escudo e sua linguagem do amor – explodiu como um vulcão, varrendo a paralisia.
"É-É CLARO QUE E-EU G-GOSTO DE VOCÊ, SEU IDIOTA!" Ela gritou, e antes mesmo de pensar, seu punho fechado voou na escuridão, acertando o braço musculoso de Rito com um 'tump' satisfatório. "ACHA MESMO QUE EU IA BEIJAR QUEM EU NÃO GOSTO?!" A confissão saiu como um rugido, mas no instante seguinte ao impacto, Nana percebeu o que dissera. Seus olhos, agora melhor ajustados ao escuro, arregalaram-se de puro horror. "Eu disse! Eu realmente disse!" Ela encarou Rito, seus olhos faiscando com um misto de fúria, desafio e pânico, mas por trás deles, uma vulnerabilidade crua e inegável.
Rito ficou imóvel. Não pelo soco – que mal sentira – mas pelas palavras. A confirmação explícita. Nana Astar Deviluke gostava dele. Não como um amigo, não como um protetor. Românticamente. Ele a amava, e ela... retribuía. O conhecimento foi como uma onda de eletricidade percorrendo sua espinha. Uma onda que trouxe à tona não apenas alegria, mas uma centelha.
Uma única mecha de seu cabelo castanho, bem acima da têmpora esquerda, pulsou com um brilho dourado fraco e fugaz. Foi rápido, quase imperceptível na penumbra, mas acompanhado por uma súbita onda de calor e confiança que inundou Rito. Não era o desejo incontrolável do Rito dourado, mas um vislumbre, um eco de sua ousadia.
Ele não pensou. Agiu.
Em um movimento fluido e decisivo que a Nana de semanas atrás nunca teria imaginado possível, Rito fechou a pequena distância entre eles. Sua mão grande e quente envolveu a cintura fina de Nana, puxando-a firmemente contra seu corpo. Seus músculos, eram uma prisão de calor e força. Antes que ela pudesse protestar, ou sequer piscar, sua outra mão encontrou a nuca dela, guiando seu rosto para o dele.
E ele a beijou.
Desta vez, não foi um acidente. Não foi um impulso momentâneo na escuridão. Foi deliberado. Possessivo. Cheio de um desejo que ele não mais tentava negar.
Nana ficou petrificada. Seus olhos arregalaram-se, capturando a imagem difusa de seu rosto tão perto, seus próprios lábios sendo conquistados. O choque inicial foi avassalador. "Ele... ele está me beijando! De novo! De propósito!" Mas então, a memória sensorial do primeiro beijo inundou-a – o calor, o sabor, a sensação de se perder. Seu corpo, mais sábio que sua mente, reagiu. Seus olhos, ainda arregalados, fecharam-se lentamente, as pálpebras pesadas. Um pequeno gemido escapou de sua garganta, abafado pelos lábios dele.
Ela se rendeu.
Suas mãos, que estavam presas entre seus corpos, subiram. Não para empurrá-lo, mas para se agarrar. Seus braços envolveram seu pescoço forte, seus dedos se enterrando levemente nos cabelos castanhos na sua nuca. Ela puxou-o mais perto, respondendo ao beijo com uma intensidade que o surpreendeu. Era mais doce, mais profundo, mais certo do que na noite anterior. Era a confissão física que acompanhava a verbal.
//////////
Quando finalmente se separaram, ofegantes, o mundo ao redor parecia ter mudado. A escuridão não era mais opressora; era íntima. Um refúgio. Eles permaneceram próximos, os braços de Nana ainda enlaçados no pescoço de Rito, seus corações batendo em uníssono contra o peito um do outro. Ela o encarava, seus olhos brilhando na penumbra, enormes e vulneráveis.
Rito respirou fundo. O pulso dourado em seu cabelo havia desaparecido, mas a determinação que ele trouxera permanecia. Ele sabia o que precisava fazer. Como prometera a si mesmo: do jeito certo.
"Nana" Sua voz era um sussurro áspero, mas carregado de convicção. "Eu já me decidi. Mas vou fazer isso do jeito certo."
O coração de Nana acelerou novamente, um tambor frenético contra suas costelas. "Decidiu? Decidiu o quê?"
Lentamente, Rito desenlaçou os braços dela de seu pescoço, mas não os soltou. Em vez disso, deslizou suas mãos para baixo, até encontrar as mãos menores e mais delicadas de Nana. Ele as envolveu completamente, seus dedos entrelaçando-se com os dela num aperto firme, mas gentil. Foi um gesto de posse, mas também de vulnerabilidade. Seu corpo imponente estava tenso, mas sua expressão, mesmo no escuro, transmitia uma seriedade absoluta.
"Nana..." Ele puxou suavemente seus pulsos, trazendo-a um passo mais perto, reduzindo o espaço já mínimo entre eles. O calor dele era um convite. "...Eu te amo."
As palavras caíram como pedras num lago silencioso, criando ondulações que sacudiram Nana até o âmago. Ela engasgou, tentando falar, mas ele continuou, sua voz baixa e intensa.
"Não como um acaso. Não como confusão." Seus olhos, adaptados ao escuro, mantinham os dela presos. "Sei que já estou com Lala e Momo. Sei que beijo elas, que as protejo..." Ele fez uma pausa, como se buscando as palavras exatas para expressar o inexprimível. "...mas o que sinto por você é único. Desde ontem, com suas lágrimas no meu peito..." Rito encostou sua testa na dela. O contato íntimo, a respiração compartilhada, fez Nana estremecer. "...soube que você era uma parte que faltava."
Uma parte que faltava. As palavras ecoaram dentro dela. Ela sentiu a verdade nelas, tão sólida quanto o corpo contra o qual estava pressionada.
"Momo planejou tudo..." Rito continuou, um leve tom de ironia em sua voz. "...mas e esse sentimento?" Ele fechou os olhos por um instante, como se revivesse o momento. "Isso não foi plano. Foi quando você me beijou de volta com tanta vontade que quase me derrubou. Quando vi seu orgulho cair pedaço por pedaço..." Ele abriu os olhos, e mesmo na escuridão, Nana viu uma chama azul neles, intensa e focada. "...e vi só Nana. Minha Nana."
"P-Pare..." Nana protestou, sua voz um fiozinho, tremendo. Ela tentou desviar o olhar, envergonhada pela crueza da emoção, pela exposição que suas palavras causavam. "Não fala assim..."
Rito não a soltou. Em vez disso, lentamente, ele se ajoelhou diante dela. Mesmo de joelhos, ele não parecia menor; parecia reverente. Suas mãos ainda seguravam as dela com firmeza. Ele guiou a mão direita de Nana, ainda presa na sua esquerda, e a colocou sobre seu peito, bem sobre o coração. Thump-thump. Thump-thump. O ritmo era forte, rápido, inegável.
"Não vou mentir: meu coração é grande o suficiente." Ele disse, sua voz grave ecoando no peito onde sua mão repousava. "Mas e o seu lugar nele?" Ele pressionou a mão dela contra o músculo quente. "É só seu. Quero te beijar quando você estiver brava, te abraçar quando estiver triste... e sorrir ao seu lado."
Ele ergueu o olhar, fixando-a com uma determinação que não deixava espaço para dúvidas. Era o olhar de um guerreiro declarando seu voto, de um herói reivindicando sua verdade. "Nana Astar Deviluke..." O nome completo dela soou solene no ar carregado. "...aceita ser minha namorada? Aceita trilhar esse caminho comigo, ao meu lado?"
//////////
O mundo de Nana desmoronou e se reconstruiu naquele instante. As palavras de Rito – eu te amo, só seu, minha namorada – giravam em sua mente como fogos de artifício. Lágrimas, quentes e incontroláveis, brotaram em seus olhos e rolaram por suas bochechas, seguindo o caminho já traçado pelo rubor intenso. Raiva pelo confinamento? Ciúme por Lala e Momo? Medo do futuro? Tudo isso estava lá, uma tempestade dentro dela. Mas sobrepondo tudo, mais forte que qualquer explosão tsundere, havia um desejo avassalador. O desejo de pertencer àquele garoto que, de repente, se ajoelhava diante dela oferecendo seu coração.
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Quando finalmente se separaram, ofegantes, o mundo ao redor parecia ter mudado. A escuridão não era mais opressora; era íntima. Um refúgio. Eles permaneceram próximos, os braços de Nana ainda enlaçados no pescoço de Rito, seus corações batendo em uníssono contra o peito um do outro. Ela o encarava, seus olhos brilhando na penumbra, enormes e vulneráveis.
Rito respirou fundo. O pulso dourado em seu cabelo havia desaparecido, mas a determinação que ele trouxera permanecia. Ele sabia o que precisava fazer. Como prometera a si mesmo: do jeito certo.
"Nana" Sua voz era um sussurro áspero, mas carregado de convicção. "Eu já me decidi. Mas vou fazer isso do jeito certo."
O coração de Nana acelerou novamente, um tambor frenético contra suas costelas. "Decidiu? Decidiu o quê?"
Lentamente, Rito desenlaçou os braços dela de seu pescoço, mas não os soltou. Em vez disso, deslizou suas mãos para baixo, até encontrar as mãos menores e mais delicadas de Nana. Ele as envolveu completamente, seus dedos entrelaçando-se com os dela num aperto firme, mas gentil. Foi um gesto de posse, mas também de vulnerabilidade. Seu corpo imponente estava tenso, mas sua expressão, mesmo no escuro, transmitia uma seriedade absoluta.
"Nana..." Ele puxou suavemente seus pulsos, trazendo-a um passo mais perto, reduzindo o espaço já mínimo entre eles. O calor dele era um convite. "...Eu te amo."
As palavras caíram como pedras num lago silencioso, criando ondulações que sacudiram Nana até o âmago. Ela engasgou, tentando falar, mas ele continuou, sua voz baixa e intensa.
"Não como um acaso. Não como confusão." Seus olhos, adaptados ao escuro, mantinham os dela presos. "Sei que já estou com Lala e Momo. Sei que beijo elas, que as protejo..." Ele fez uma pausa, como se buscando as palavras exatas para expressar o inexprimível. "...mas o que sinto por você é único. Desde ontem, com suas lágrimas no meu peito..." Rito encostou sua testa na dela. O contato íntimo, a respiração compartilhada, fez Nana estremecer. "...soube que você era uma parte que faltava."
Uma parte que faltava. As palavras ecoaram dentro dela. Ela sentiu a verdade nelas, tão sólida quanto o corpo contra o qual estava pressionada.
"Momo planejou tudo..." Rito continuou, um leve tom de ironia em sua voz. "...mas e esse sentimento?" Ele fechou os olhos por um instante, como se revivesse o momento. "Isso não foi plano. Foi quando você me beijou de volta com tanta vontade que quase me derrubou. Quando vi seu orgulho cair pedaço por pedaço..." Ele abriu os olhos, e mesmo na escuridão, Nana viu uma chama azul neles, intensa e focada. "...e vi só Nana. Minha Nana."
"P-Pare..." Nana protestou, sua voz um fiozinho, tremendo. Ela tentou desviar o olhar, envergonhada pela crueza da emoção, pela exposição que suas palavras causavam. "Não fala assim..."
Rito não a soltou. Em vez disso, lentamente, ele se ajoelhou diante dela. Mesmo de joelhos, ele não parecia menor; parecia reverente. Suas mãos ainda seguravam as dela com firmeza. Ele guiou a mão direita de Nana, ainda presa na sua esquerda, e a colocou sobre seu peito, bem sobre o coração. Thump-thump. Thump-thump. O ritmo era forte, rápido, inegável.
"Não vou mentir: meu coração é grande o suficiente." Ele disse, sua voz grave ecoando no peito onde sua mão repousava. "Mas e o seu lugar nele?" Ele pressionou a mão dela contra o músculo quente. "É só seu. Quero te beijar quando você estiver brava, te abraçar quando estiver triste... e sorrir ao seu lado."
Ele ergueu o olhar, fixando-a com uma determinação que não deixava espaço para dúvidas. Era o olhar de um guerreiro declarando seu voto, de um herói reivindicando sua verdade. "Nana Astar Deviluke..." O nome completo dela soou solene no ar carregado. "...aceita ser minha namorada? Aceita trilhar esse caminho comigo, ao meu lado?"
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O mundo de Nana desmoronou e se reconstruiu naquele instante. As palavras de Rito – eu te amo, só seu, minha namorada – giravam em sua mente como fogos de artifício. Lágrimas, quentes e incontroláveis, brotaram em seus olhos e rolaram por suas bochechas, seguindo o caminho já traçado pelo rubor intenso. Raiva pelo confinamento? Ciúme por Lala e Momo? Medo do futuro? Tudo isso estava lá, uma tempestade dentro dela. Mas sobrepondo tudo, mais forte que qualquer explosão tsundere, havia um desejo avassalador. O desejo de pertencer àquele garoto que, de repente, se ajoelhava diante dela oferecendo seu coração.
Ela olhou para baixo, para seus olhos castanhos ardentes, para a mão dele pressionando a dela contra seu peito onde seu coração batia apenas por ela. A imagem do Rito desajeitado, o Rito que ela xingava e perseguia, fundiu-se com o homem forte e decidido que estava diante dela. Era o mesmo. Era seu.
De repente, com um movimento rápido e surpreendentemente forte, Nana agarrou a gola da camisa de Rito. Ela puxou-o para cima com força, fazendo-o se levantar de seu joelhos. Seu rosto estava agora a centímetros do dele, suas lágrimas molhando sua própria pele. Seus olhos, ainda cheios d'água, queimavam com uma intensidade feroz.
"S-Sim…" Ela sussurrou, o som quase engasgado. "Mas só se você prometer uma coisa!" Seu sopro era quente e abrasador contra seus lábios. Ela o encarou, suas expectativas altíssimas, mas os dedos que seguravam sua gola tremiam, revelando a vulnerabilidade por trás da fachada brava. "Nunca... NUNCA volte atrás em suas palavras!"
O alívio que inundou Rito foi visível. Seus ombros relaxaram, e um sorriso verdadeiro, quente e um pouco aliviado, iluminou seu rosto. Ele ergueu uma das mãos e gentilmente enxugou uma lágrima que escorria pela bochecha de Nana com o polegar.
"Nunca voltarei atrás" Ele prometeu, sua voz firme como rocha. Seus olhos cintilaram com um toque de travessura. "Você será sempre... minha princesa orgulhosa."
Antes que Nana pudesse protestar contra o apelido – ou talvez, secretamente, gostar dele – Rito agiu. Ele a puxou para si, seus braços envolvendo-a completamente, e seus lábios encontraram os dela novamente.
Este beijo não foi como os anteriores. Foi um selo. Uma promessa. Era intenso, quase possessivo, cheio de toda a vontade, o desejo e a decisão que só Nana conseguia extrair dele. Era o beijo de um herói que havia reivindicado seu amor e de uma princesa orgulhosa que finalmente se rendera. Era úmido pelas lágrimas dela, doce pelo alívio dele, e incendiário pela paixão que finalmente podia queimar livremente.
Nana chorou contra seus lábios, mas eram lágrimas de uma felicidade suprema, avassaladora. O garoto que ela tanto xingara, o alvo de seus insultos, era seu amor. Seu namorado. Seu futuro. Ela apertou-o com toda a força que tinha, devolvendo o beijo com uma entrega que dizia mais do que qualquer palavra jamais poderia.
Na escuridão do quarto confinado, sob o olhar imaginário de um plano de harém que se expandia, o herói do amor e sua princesa explosiva selaram seu destino. O caminho do harém ganhava seu terceiro pilar, e ele era tão forte, tão único e tão cheio de faíscas quanto os outros. O confinamento havia sido uma armadilha, mas o que floresceu dentro dele foi a mais pura e explosiva verdade.
De repente, com um movimento rápido e surpreendentemente forte, Nana agarrou a gola da camisa de Rito. Ela puxou-o para cima com força, fazendo-o se levantar de seu joelhos. Seu rosto estava agora a centímetros do dele, suas lágrimas molhando sua própria pele. Seus olhos, ainda cheios d'água, queimavam com uma intensidade feroz.
"S-Sim…" Ela sussurrou, o som quase engasgado. "Mas só se você prometer uma coisa!" Seu sopro era quente e abrasador contra seus lábios. Ela o encarou, suas expectativas altíssimas, mas os dedos que seguravam sua gola tremiam, revelando a vulnerabilidade por trás da fachada brava. "Nunca... NUNCA volte atrás em suas palavras!"
O alívio que inundou Rito foi visível. Seus ombros relaxaram, e um sorriso verdadeiro, quente e um pouco aliviado, iluminou seu rosto. Ele ergueu uma das mãos e gentilmente enxugou uma lágrima que escorria pela bochecha de Nana com o polegar.
"Nunca voltarei atrás" Ele prometeu, sua voz firme como rocha. Seus olhos cintilaram com um toque de travessura. "Você será sempre... minha princesa orgulhosa."
Antes que Nana pudesse protestar contra o apelido – ou talvez, secretamente, gostar dele – Rito agiu. Ele a puxou para si, seus braços envolvendo-a completamente, e seus lábios encontraram os dela novamente.
Este beijo não foi como os anteriores. Foi um selo. Uma promessa. Era intenso, quase possessivo, cheio de toda a vontade, o desejo e a decisão que só Nana conseguia extrair dele. Era o beijo de um herói que havia reivindicado seu amor e de uma princesa orgulhosa que finalmente se rendera. Era úmido pelas lágrimas dela, doce pelo alívio dele, e incendiário pela paixão que finalmente podia queimar livremente.
Nana chorou contra seus lábios, mas eram lágrimas de uma felicidade suprema, avassaladora. O garoto que ela tanto xingara, o alvo de seus insultos, era seu amor. Seu namorado. Seu futuro. Ela apertou-o com toda a força que tinha, devolvendo o beijo com uma entrega que dizia mais do que qualquer palavra jamais poderia.
Na escuridão do quarto confinado, sob o olhar imaginário de um plano de harém que se expandia, o herói do amor e sua princesa explosiva selaram seu destino. O caminho do harém ganhava seu terceiro pilar, e ele era tão forte, tão único e tão cheio de faíscas quanto os outros. O confinamento havia sido uma armadilha, mas o que floresceu dentro dele foi a mais pura e explosiva verdade.
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