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To Love-Ru Darkness 3: Onde as Estrelas se Dissolvem
Escrita por: Matheus Leandro (Magnatah)
Capítulo 17 - O Despertar do Coração
No Capítulo Anterior...
Saindo do banho, secos e vestidos eles foram para a cozinha. O cheiro de chá e sanduíches que eles prepararam enchia o ar. Sentaram-se à mesa, uma estranha mas calorosa sensação de união envolvendo-os.
Rito olhou para Lala, sua nova namorada oficial, seu sorriso radiante. Olhou para Momo, seu sol, sua primeira namorada e arquiteta, seu amor ardente e complexo. E pensou em Mikan, em Haruna, em todas as outras que Momo mencionara. O caminho seria complicado, cheio de tropeços divinos e confusões intergalácticas. Mas pela primeira vez, ele não estava com medo. Ele tinha seu sol. Ele tinha suas estrelas.
E juntos, eles fariam o universo do harém brilhar.
\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\
O abraço aconchegante da noite descia sobre a casa dos Yuuki...
A chuva batia suave contra a janela do quarto de Rito, criando uma melodia serena que contrastava com o turbilhão em seu coração. Sentado à beira da cama, ele revivia os últimos dois dias com uma intensidade que deixava sua pele arrepiada. Primeiro, Momo – seu pedido de namoro, aquela noite incandescente de paixão descoberta, os gemidos altos dela que quase os entregaram… até que ela apareceu. Nêmesis, materializando-se das sombras com seu sorriso de gato satisfeito mostrando um pequeno dispositivo que abafou todo o som do quarto. "O favor… será cobrado no futuro." sibilou ela, antes de desaparecer tão rápido quanto surgira, deixando para trás o silêncio súbito e a promessa vaga de um favor a ser cobrado. No dia seguinte, Lala – seu coração aberto, seu "sim" radiante ao pedido de namoro. Agora, ele pertencia a duas princesas de Deviluke. O plano de harem de Momo estava em movimento, mas o peso do segredo era como uma capa úmida.
A porta deslizou aberta sem cerimônia. Momo entrou, vestindo um camisola de seda negra que parecia derreter sobre suas curvas. Nada de sutileza. Seus olhos roxos, refletindo a luz fraca do abajur, fixaram-se em Rito com possessividade e uma fome mal disfarçada.
"Rito~" ela cantarolou, fechando a porta. "Está na hora de dormir. E, considerando que somos amantes agora…" Ela deitou-se ao seu lado, escorregando sob os lençóis com naturalidade. "… Não há motivo para eu me esconder, certo?" Seu sorriso era doce, mas sua mão já deslizava pelo peitoral definido dele, os músculos tensos sob o toque. Um suspiro escapou de seus lábios.
"Sobre ontem à noite… fomos tão interrompidos antes de podermos… recomeçar. Que tal compensarmos agora?" Seu sussurro era uma promessa quente, sua perna enlaçando a dele sob os lençóis.
Rito percebeu que ela não usou o "-san" como de costume, ele sentiu um calor familiar subir pelo pescoço, mas sua nova confiança manteve o olhar firme nos dela. "Momo, eu…"
Toc-toc-toc! CLAC!
A porta se abriu violentamente. Lala, de pijama roxo com estrelas, irrompeu no quarto com um sorriso que rivalizava com o sol.
"Rito! Momo!" Ela exclamou, entrando sem esperar. "Que ótimo que você está aqui também, Momo! Eu decidi que hoje vou dormir com o Rito! Afinal, agora somos um casal!" Ela pulou em direção à cama com entusiasmo característico.
Rito soltou um suspiro interno. 'Definitivamente um jogo perdido.' Argumentar com Lala em modo "ideia feliz" era como tentar domar um cometa.
Momo, porém, teve uma reação visceral. Seu sorriso sensual congelou, transformando-se em uma máscara de frustração aguda. Seus dedos se contraíram levemente no braço de Rito. "Kuuu…" Ela reprimiu um gemido de irritação. Logo agora! Tão perto! Seu plano ardente de repetir o êxtase da primeira noite foi engolido pela inocência radiante da irmã. Lala não tinha a menor ideia sobre sexo – um fato sagrado, mas profundamente irritante naquele momento crítico.
"Que maravilha, Onee-sama! Mais aconchego!" Momo exclamou com uma alegria forçadamente estridente, deitando-se ao lado direito de Rito.
Foi então que Lala, com sua lógica inocente imbatível, começou a se despir.
"E-Ei?! Lala! O que você está fazendo?!" Rito engasgou, seus olhos traindo-o e fixando-se instantaneamente nos seios perfeitos e generosos da princesa agora expostos.
"Hm?" Lala parou, o pijama pendurado em um braço, completamente nua e despreocupada. "Dormir, ué! Sempre durmo assim! É muito mais confortável e natural!" Ela jogou o pijama em um canto e mergulhou na cama, afundando no lado esquerdo de Rito, sua pele nua brilhando suavemente no escuro.
Rito sentiu uma onda de calor intenso percorrer seu corpo. A visão de Lala em sua nudez gloriosa, combinada com a presença deliberadamente provocante de Momo – ainda vestida na seda negra que parecia gritar "toque-me" – era um teste brutal à sua sanidade.
Momo viu a tempestade de desejo e pânico nos olhos de Rito. Ela se inclinou rapidamente, seus lábios quase roçando sua orelha, e sussurrou com uma urgência cortante, só para ele: "Rito-san. Foco. Controle total. Lembra? Ela não sabe. NÃO. SABE."
Rito fechou os olhos por um instante, respirou fundo pelo nariz – sentindo o cheiro doce de Lala de um lado e o perfume mais picante de Momo do outro – e assentiu com firmeza. O comando na voz de Momo era uma âncora. "S-Sim" ele murmurou.
Após um ajuste tenso – e Momo puxando os lençóis para cobrir Lala até a cintura com um olhar de advertência para Rito – os três se acomodaram. Rito no centro, Momo à direita, seu corpo curvilíneo pressionando seu braço muscular, o tecido fino da camisola negra revelando mais do que escondia. À esquerda, Lala se aconchegou como uma criança, seu braço nu e seu seio macio pressionando firmemente contra seu braço esquerdo, sua pele incrivelmente suave e quente.
Saindo do banho, secos e vestidos eles foram para a cozinha. O cheiro de chá e sanduíches que eles prepararam enchia o ar. Sentaram-se à mesa, uma estranha mas calorosa sensação de união envolvendo-os.
Rito olhou para Lala, sua nova namorada oficial, seu sorriso radiante. Olhou para Momo, seu sol, sua primeira namorada e arquiteta, seu amor ardente e complexo. E pensou em Mikan, em Haruna, em todas as outras que Momo mencionara. O caminho seria complicado, cheio de tropeços divinos e confusões intergalácticas. Mas pela primeira vez, ele não estava com medo. Ele tinha seu sol. Ele tinha suas estrelas.
E juntos, eles fariam o universo do harém brilhar.
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O abraço aconchegante da noite descia sobre a casa dos Yuuki...
A chuva batia suave contra a janela do quarto de Rito, criando uma melodia serena que contrastava com o turbilhão em seu coração. Sentado à beira da cama, ele revivia os últimos dois dias com uma intensidade que deixava sua pele arrepiada. Primeiro, Momo – seu pedido de namoro, aquela noite incandescente de paixão descoberta, os gemidos altos dela que quase os entregaram… até que ela apareceu. Nêmesis, materializando-se das sombras com seu sorriso de gato satisfeito mostrando um pequeno dispositivo que abafou todo o som do quarto. "O favor… será cobrado no futuro." sibilou ela, antes de desaparecer tão rápido quanto surgira, deixando para trás o silêncio súbito e a promessa vaga de um favor a ser cobrado. No dia seguinte, Lala – seu coração aberto, seu "sim" radiante ao pedido de namoro. Agora, ele pertencia a duas princesas de Deviluke. O plano de harem de Momo estava em movimento, mas o peso do segredo era como uma capa úmida.
A porta deslizou aberta sem cerimônia. Momo entrou, vestindo um camisola de seda negra que parecia derreter sobre suas curvas. Nada de sutileza. Seus olhos roxos, refletindo a luz fraca do abajur, fixaram-se em Rito com possessividade e uma fome mal disfarçada.
"Rito~" ela cantarolou, fechando a porta. "Está na hora de dormir. E, considerando que somos amantes agora…" Ela deitou-se ao seu lado, escorregando sob os lençóis com naturalidade. "… Não há motivo para eu me esconder, certo?" Seu sorriso era doce, mas sua mão já deslizava pelo peitoral definido dele, os músculos tensos sob o toque. Um suspiro escapou de seus lábios.
"Sobre ontem à noite… fomos tão interrompidos antes de podermos… recomeçar. Que tal compensarmos agora?" Seu sussurro era uma promessa quente, sua perna enlaçando a dele sob os lençóis.
Rito percebeu que ela não usou o "-san" como de costume, ele sentiu um calor familiar subir pelo pescoço, mas sua nova confiança manteve o olhar firme nos dela. "Momo, eu…"
Toc-toc-toc! CLAC!
A porta se abriu violentamente. Lala, de pijama roxo com estrelas, irrompeu no quarto com um sorriso que rivalizava com o sol.
"Rito! Momo!" Ela exclamou, entrando sem esperar. "Que ótimo que você está aqui também, Momo! Eu decidi que hoje vou dormir com o Rito! Afinal, agora somos um casal!" Ela pulou em direção à cama com entusiasmo característico.
Rito soltou um suspiro interno. 'Definitivamente um jogo perdido.' Argumentar com Lala em modo "ideia feliz" era como tentar domar um cometa.
Momo, porém, teve uma reação visceral. Seu sorriso sensual congelou, transformando-se em uma máscara de frustração aguda. Seus dedos se contraíram levemente no braço de Rito. "Kuuu…" Ela reprimiu um gemido de irritação. Logo agora! Tão perto! Seu plano ardente de repetir o êxtase da primeira noite foi engolido pela inocência radiante da irmã. Lala não tinha a menor ideia sobre sexo – um fato sagrado, mas profundamente irritante naquele momento crítico.
"Que maravilha, Onee-sama! Mais aconchego!" Momo exclamou com uma alegria forçadamente estridente, deitando-se ao lado direito de Rito.
Foi então que Lala, com sua lógica inocente imbatível, começou a se despir.
"E-Ei?! Lala! O que você está fazendo?!" Rito engasgou, seus olhos traindo-o e fixando-se instantaneamente nos seios perfeitos e generosos da princesa agora expostos.
"Hm?" Lala parou, o pijama pendurado em um braço, completamente nua e despreocupada. "Dormir, ué! Sempre durmo assim! É muito mais confortável e natural!" Ela jogou o pijama em um canto e mergulhou na cama, afundando no lado esquerdo de Rito, sua pele nua brilhando suavemente no escuro.
Rito sentiu uma onda de calor intenso percorrer seu corpo. A visão de Lala em sua nudez gloriosa, combinada com a presença deliberadamente provocante de Momo – ainda vestida na seda negra que parecia gritar "toque-me" – era um teste brutal à sua sanidade.
Momo viu a tempestade de desejo e pânico nos olhos de Rito. Ela se inclinou rapidamente, seus lábios quase roçando sua orelha, e sussurrou com uma urgência cortante, só para ele: "Rito-san. Foco. Controle total. Lembra? Ela não sabe. NÃO. SABE."
Rito fechou os olhos por um instante, respirou fundo pelo nariz – sentindo o cheiro doce de Lala de um lado e o perfume mais picante de Momo do outro – e assentiu com firmeza. O comando na voz de Momo era uma âncora. "S-Sim" ele murmurou.
Após um ajuste tenso – e Momo puxando os lençóis para cobrir Lala até a cintura com um olhar de advertência para Rito – os três se acomodaram. Rito no centro, Momo à direita, seu corpo curvilíneo pressionando seu braço muscular, o tecido fino da camisola negra revelando mais do que escondia. À esquerda, Lala se aconchegou como uma criança, seu braço nu e seu seio macio pressionando firmemente contra seu braço esquerdo, sua pele incrivelmente suave e quente.
"Isto é… caótico" Pensou Rito, olhando para o teto como se pudesse encontrar respostas nas sombras. "Dois dias. De virgem a… isto. Namorando duas princesas alienígenas absurdamente lindas. Uma que me fez ver estrelas, outra que dorme nua sem entender o efeito que causa." A loucura era palpável. Mas então, a sensação dupla dominou seus sentidos novamente: a maciez celestial pressionando ambos os braços. Momo, quente e convidativa sob a seda. Lala, inocente e pura em sua nudez. Era um paraíso e um inferno simultâneos.
Seus pensamentos voaram para o poder dentro dele. Aquele maldito – e maravilhoso – poder de tropeçar e abrir portais. A imagem mais vívida explodiu em sua mente: Haruna, completamente nua, no vestiário feminino. A água escorrendo por sua pele pálida, os seios firmes, a expressão de choque e vergonha… e a beleza inegável que o deixara sem fôlego, encantado. Um suspiro involuntário escapou de seus lábios. Mesmo agora, com duas namoradas incríveis ao seu lado, aquela visão proibida ainda tinha poder sobre ele.
O desejo, alimentado pela memória e pela pressão física ao seu redor, ameaçou explodir. Fechando os olhos com força, Rito recorreu à sua defesa. Baixinho, quase um zumbido, começou a recitar o canto budista: "Namu myōhō renge kyō… Namu myōhō renge kyō…" As palavras antigas tornaram-se um escudo contra o turbilhão. Concentrou-se no som da chuva lá fora, mais forte agora, e na respiração lenta que impôs a si mesmo. A maciez contra seus braços não diminuiu, mas o mantra transformou a urgência em um cansaço profundo. A exaustão física, a tensão emocional e a repetição hipnótica foram mais fortes. Sua respiração aprofundou, o corpo pesado afundou no colchão.
Seus pensamentos voaram para o poder dentro dele. Aquele maldito – e maravilhoso – poder de tropeçar e abrir portais. A imagem mais vívida explodiu em sua mente: Haruna, completamente nua, no vestiário feminino. A água escorrendo por sua pele pálida, os seios firmes, a expressão de choque e vergonha… e a beleza inegável que o deixara sem fôlego, encantado. Um suspiro involuntário escapou de seus lábios. Mesmo agora, com duas namoradas incríveis ao seu lado, aquela visão proibida ainda tinha poder sobre ele.
O desejo, alimentado pela memória e pela pressão física ao seu redor, ameaçou explodir. Fechando os olhos com força, Rito recorreu à sua defesa. Baixinho, quase um zumbido, começou a recitar o canto budista: "Namu myōhō renge kyō… Namu myōhō renge kyō…" As palavras antigas tornaram-se um escudo contra o turbilhão. Concentrou-se no som da chuva lá fora, mais forte agora, e na respiração lenta que impôs a si mesmo. A maciez contra seus braços não diminuiu, mas o mantra transformou a urgência em um cansaço profundo. A exaustão física, a tensão emocional e a repetição hipnótica foram mais fortes. Sua respiração aprofundou, o corpo pesado afundou no colchão.
Momo sentiu o corpo dele relaxar completamente. Soltou um suspiro quase inaudível – uma mistura de alívio e frustração contida. Amanhã, jurou para si mesma, seus olhos faiscando no escuro enquanto observava o perfil adormecido de Rito. Eu cobro essa dívida. Ela se aconchegou mais, sentindo o calor dele. Lala já dormia profundamente, um ronquinho suave escapando de seus lábios, um braço jogado sobre o peito de Rito, completamente alheia à guerra silenciosa travada ao seu lado.
O quarto mergulhou em um silêncio pesado, pontuado pela respiração dos três e pelo rugido constante da chuva, agora uma cortina impenetrável do lado de fora.
//////////
A luz da manhã era uma mentira. Cinza, fraca, filtrada pelas nuvens carregadas que vomitavam água sem cessar. Rito despertou lentamente, a primeira consciência sendo a dupla pressão reconfortante e perturbadora em seus braços. Momo e Lala ainda dormiam, aninhadas contra ele. Então, o som o atingiu: não o chuvisco da noite passada, mas um dilúvio estrondoso, um rugido contínuo que abafava quase tudo.
Ele virou a cabeça com cuidado para olhar pela janela. O mundo lá fora estava submerso. Chuva torrencial, implacável, transformando as ruas em rios, o céu em uma cúpula de chumbo. Parecia que o universo estava lavando algo, ou talvez apenas aprisionando todos dentro de suas próprias confusões.
Foi quando sentiu: pulsos presos, imobilizados. Cordas de seda rosa – amarravam suas mãos às grades da cama.
"Momo…" Sussurrou, cutucando-a com o ombro. "Por que estou amarrado?"
Momo despertou com um leve sobressalto, seus olhos piscando ao focar nas amarras. Um rubor subiu por seu pescoço. "Rito-san… você tem hábitos noturnos preocupantes" Murmurou, evitando seu olhar. "Ontem à noite, suas mãos… vagaram. Muito. Entre minhas pernas, nos meus seios…" Ela mordeu o lábio, voz baixa e rápida: "Com a Lala nua aqui, eu temi que você pudesse… fazer algo sem controle se—"
"BOM DIA, RITO!"
Lala irrompeu da sonolência como um furacão, jogando os braços ao redor do seu pescoço. Antes que Rito reagisse, seus lábios se colaram aos dele num beijo úmido e inocente, a nudez completa pressionando-se contra seu torso amarrado.
CRRRRAC!
A porta escancarou. Mikan, de avental manchado de farinha e colher de pau na mão, petrificou-se na entrada. Seus olhos percorreram a cena em câmera lenta:
Lala pelada, montada em Rito, línguas entrelaçadas.
Momo em camisola transparente, agarrada ao braço dele.
As cordas rosa brilhante prendendo os pulsos do irmão à cama.
A colher caiu no chão com um clank metálico.
"… O… QUÊ…?" A voz de Mikan saiu estrangulada, um sussurro de choque. "RITO… POR QUE VOCÊ ESTÁ AMARRADO?! E A LALA NU— MOMO, VOCÊ TAMBÉM?!"
Lala saltou para frente, radiante: "Mikan! Bom Dia!"
"—É PORQUE EU SONAMBULEI!" Rito cortou, a voz duas oitavas mais alta. Ele se contorcia nas amarras, o rosto em brasa. "Tropecei… no… um… corredor! Sim! E me machuquei! E as meninas vieram me ajudar! E as cordas são para eu não me mexer e piorar!"
Mikan cruzou os braços, desconfiança cravada no olhar. "Machucado? Cordas? E por que a Lala está nua, Rito?"
Momo interveio rápido, puxando o lençol para cobrir Lala: "Costume da Lala, Mikan-chan! Quanto ao Rito…". Ela forçou um sorriso doce enquanto soltava as amarras com um toque furtivo. "… Ele se machucou ontem. Estamos cuidando dele."
Mikan observou o trio: Lala confusa mas sorridente, Momo com expressão de "confia" forçada, Rito esfregando os pulsos com olhos de cachorro castigado. Suspirou fundo, esfregando as têmporas. "Café. Agora. E Rito…" Apontou o dedo acusador, "Você explica TUDO depois."
//////////
Na sala de estar, a tensão boiava como a neblina úmida lá fora. Mikan servia o café em silêncio glacial, olhando fixamente para Rito, que se encolhia no sofá entre Momo (agora vestida) e Lala (tambem vestida e enrolada num cobertor gigante).
"Ligue a TV, Rito" Ordenou Mikan, voz carregada de desconfiança. "Algo para distrair essa atmosfera… peculiar."
Rito obedeceu, aliviado pelo desvio. A tela acendeu com um Replay de um programa matinal recente. A apresentadora Entrevistava a Run Elsie Jewelria, com seu sorriso celestial, segurava um microfone:
"—… e hoje, revelo a verdade: sou uma alienígena do planeta Memorze!"
O estúdio riu, tomando como piada. Até que Run ergueu um controle. No céu atrás do prédio, uma nave prismática de 500 metros materializou-se em um clarão de luz, pairando sobre a cidade. A plateia emudeceu. Câmeras de celulares começaram a piscar freneticamente.
"E-Eu tambem não sou desse planeta." Anunciou Kyoko, se aproximando da Run no centro do palco. "Sou híbrida... meio-humana e meio-flamiana."
Kyoko acenou, tímida. "Isso mesmo… O fogo em minhas cenas nunca foram efeitos especiais." Ela estalou os dedos. Chamas âmbar dançaram em suas palmas, formando um dragão miniatura que circulou o estúdio antes de dissipar-se em fagulhas douradas.
//////////
Na sala dos Yuuki...
Lala pulou no sofá: "Yatta! A Run finalmente contou! E a Kyoko também!"
Momo sorriu, aliviada: "Isso vai facilitar muito as coisas…"
Rito arregalou os olhos: "Elas fizeram isso mesmo…!?"
Mikan ficou chocada, esquecendo momentaneamente o drama do quarto: "Espera… elas realmente contaram para o mundo, que existe vida fora da terra...!?"
Lala agarrou o controle: "Quero ver o replay das chamas da Kyoko!" Enquanto ela rebobinava, a tensão inicial derreteu-se. Mikan sentou-se lentamente, ainda processando, enquanto Rito e Momo trocavam um olhar significativo – o mundo mudara, e seus segredos talvez fossem menos perigosos.
Do lado de fora, a chuva ainda batia nos vidros, mas dentro da sala, o único som era o entusiasmo de Lala comentando os poderes de Kyoko e o sussurro da TV mostrando um planeta que agora, finalmente, começava a aceitar o extraordinário.
//////////
Set de filmagem da Magical Kyoko...
O set de filmagem de "Magical Kyoko" estava um caos. Luzes cintilantes, técnicos apressados e o aroma de maquiagem no ar. No intervalo, Kyoko Kirisaki, ainda vestida com seu traje de heroína, desabafou num sofá improvisado: "Ufa... Essa cena de transformação sempre me cansa!" Foi quando Run surgiu, com um sorriso nos lábios.
"Kyoko! Preciso te contar algo incrível!" Run puxou-a para um canto, os olhos brilhando. "Você lembra do Rito, né? Aquele tímido que tropeçava até no próprio ar?" Kyoko assentiu, curiosa. "Pois bem... Ele mudou. Ficou forte, musculoso... E quando eu o abracei, ele me apertou com tanta força que quase quebrei!"
Kyoko sentiu um frio na espinha. Ele abraçou a Run... e a elogiou? Na sua mente, surgiu a imagem de Rito: agora com ombros largos, braços definidos, e um sorriso confiante. Como seria ser abraçada por ele propositalmente...? A inveja roía seu peito, mas ela disfarçou com um sorriso tenso. "Q-que bom, Run..."
"Vem comigo hoje à casa dele! Quero que você veja com seus próprios olhos!" Run insistiu. Kyoko hesitou, mas o coração acelerado traiu sua ansiedade. "Está bem... Vou."
//////////
Na casa dos Yuuki...
A chuva batia forte contra as janelas. No sofá da sala, Rito, Lala e Celine assistiam a um episódio de "Magical Kyoko". Rito estava relaxado, seu corpo musculoso visível mesmo sob a camiseta branca simples. Na cozinha, Momo ajudava Mikan a preparar o almoço.
Toc-toc-toc!
Passos rápidos no alpendre. Antes mesmo da campainha tocar, Rito ergueu a cabeça, seus sentidos aguçados. "Visitas."
Ding-dong!
Ao abrir a porta, a cena foi de tirar o fôlego: Run e Kyoko encharcadas, as roupas coladas ao corpo como uma segunda pele. A blusa branca de Run estava transparente, revelando um sutiã verde-esmeralda e os seios firmes. Kyoko, com sua blusinha molhada, deixava visível um sutiã rosa-claro, e as curvas de suas pernas brilhavam com a água da chuva.
Rito olhou demoradamente — primeiro para os rostos surpresos, depois para os seios salientes, e por fim, para as coxas úmidas. Uma voz interior sussurrou: "Eu adoro chuva..." Um leve sorriso percorreu seus lábios.
"Entrem! Vou pedir à Lala roupas secas para—"
Dois seios macios esmagaram-se contra seu rosto. Run saltou em seus braços, abraçando-o com força. Para surpresa de ambas, Rito não vacilou. Pelo contrário: seus braços poderosos envolveram Run, levantando-a do chão num abraço quente e seguro.
"Eu também estou feliz em te ver, Run." Sussurrou ele, sua voz grave ecoando no corredor.
Run e Kyoko trocaram um olhar atônito. Ele a levantou como se fosse uma pena! Quando Rito a soltou, seus olhos pousaram em Kyoko. A expressão dela era inconfundível: inveja pura, mascarada por timidez. Sem hesitar, Rito abriu os braços.
"Kyoko? Você também merece um abraço de boas-vindas."
Ela ficou petrificada. Run, percebendo, empurrou-a gentilmente para os braços de Rito. O calor do corpo dele envolveu Kyoko como um cobertor, secando-lhe a pele fria. Algo quente explodiu em seu peito, espalhando-se por cada centímetro do seu corpo. Seu rosto incendiou, mas ela não se afastou — apenas enterrou o rosto no peito musculoso dele, inalando seu cheiro masculino.
"O-Obrigada, Rito-kun..." Balbuciou ela, quando ele a soltou.
Lala apareceu num flash, agarrando as mãos de Kyoko. "Kyoko-chan! Run-chan! Que surpresa maravilhosa!" Ela as puxou para dentro, pulando de alegria. "Vamos se trocar no meu quarto! Ah, espera..." Lala corou, lembrando da bagunça de invenções. "Melhor no quarto do Rito!"
Enquanto as três subiam as escadas, Rito ficou parado, observando. Seus olhos percorreram as pernas de Run, subindo até o bumbum — A saia transparente revelava uma calcinha verde. "Verde... parece que essa é a cor preferida dela." Pensou, sentindo uma tensão crescente em seu short.
"Eu estava certo em impedir meus desejos ocultos... qualquer coisinha e eu já fico assim." Ele olhou para o "relevo" evidente. Respirou fundo e seguiu para o banheiro, precisando de um banho frio.
No quarto do Rito...
Lala ajudava Run e Kyoko a escolher roupas. Run vestiu um yakata rosa de Lala, apertado demais para seus seios. Kyoko optou por uma camiseta larga do Rito e um short, sentindo-se estranhamente confortável com o cheiro dele.
"Lala-chan." Run perguntou, puxando o tecido sobre seus seios fartos. "Desde quando você voltou ao tamanho normal? eu esqueci de perguntar."
Lala riu, sentando-se na cama com as pernas cruzadas. "Faz bastante tempo, foi engraçado! Quer ver? Peke!" Os olhos de Peke brilharam, projetando um holograma — um flashback vibrante:
Flashback...
Na escola, sob o olhar atento de Risa, Mio e Haruna, Lala começou a mudar. Seu corpo de 10 anos esticou-se — quadris arredondados, seios pequenos surgindo. Risa não resistiu: "Lala-chan! Você está crescendo!" Ela apertou os peitos incipientes de Lala, que riu sem entender. "É macio!"
Minutos depois, nova transformação: Lala saltou para uns 14 anos. Seios maiores, bunda redonda, cintura fina. As amigas emudeceram. Risa, com olhos brilhantes, atacou novamente: "Agora está perfeito!" Suas mãos afundaram nos seios generosos. Lala apenas sorriu: "É engraçado."
Ao final das aulas, Lala correu para casa. Encontrou Rito no banho. Sem pensar, entrou nua, segurando o "Bolha-Bolha Sabão Kun".
"Rito! Olha minha invenção atualizada! Ela faz espumas perfeitas!"
Rito, avermelhado, cobriu-se com uma toalha. "L-Lala! Não é apropriado!" Mas ela já ativara o dispositivo. Bolhas minúsculas e perfumadas encheram o banheiro. "Não se preocupe, Rito!" Ela deu dois passos — e escorregou no chão ensaboado, caindo sobre ele, peito contra peito.
Ao tentar se levantar, apoiando-se em suas mãos (de quatro sobre Rito), algo mágico aconteceu: Seu corpo esticou num piscar de olhos. Quadris alargaram, seios inchavam como balões, atingindo o rosto de Rito, que sufocou. Desesperado, ele esbracejou — e acertou o Bolha-Bolha Sabão Kun!
ZAPT!
O dispositivo soltou jatos de espuma loucamente. Lala tentou pegá-lo, mas escorregou novamente. Desta vez, sua região íntima (quente e úmida) colidiu com a boca de Rito.
Na sala dos Yuuki...
Lala pulou no sofá: "Yatta! A Run finalmente contou! E a Kyoko também!"
Momo sorriu, aliviada: "Isso vai facilitar muito as coisas…"
Rito arregalou os olhos: "Elas fizeram isso mesmo…!?"
Mikan ficou chocada, esquecendo momentaneamente o drama do quarto: "Espera… elas realmente contaram para o mundo, que existe vida fora da terra...!?"
Lala agarrou o controle: "Quero ver o replay das chamas da Kyoko!" Enquanto ela rebobinava, a tensão inicial derreteu-se. Mikan sentou-se lentamente, ainda processando, enquanto Rito e Momo trocavam um olhar significativo – o mundo mudara, e seus segredos talvez fossem menos perigosos.
Do lado de fora, a chuva ainda batia nos vidros, mas dentro da sala, o único som era o entusiasmo de Lala comentando os poderes de Kyoko e o sussurro da TV mostrando um planeta que agora, finalmente, começava a aceitar o extraordinário.
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Set de filmagem da Magical Kyoko...
O set de filmagem de "Magical Kyoko" estava um caos. Luzes cintilantes, técnicos apressados e o aroma de maquiagem no ar. No intervalo, Kyoko Kirisaki, ainda vestida com seu traje de heroína, desabafou num sofá improvisado: "Ufa... Essa cena de transformação sempre me cansa!" Foi quando Run surgiu, com um sorriso nos lábios.
"Kyoko! Preciso te contar algo incrível!" Run puxou-a para um canto, os olhos brilhando. "Você lembra do Rito, né? Aquele tímido que tropeçava até no próprio ar?" Kyoko assentiu, curiosa. "Pois bem... Ele mudou. Ficou forte, musculoso... E quando eu o abracei, ele me apertou com tanta força que quase quebrei!"
Kyoko sentiu um frio na espinha. Ele abraçou a Run... e a elogiou? Na sua mente, surgiu a imagem de Rito: agora com ombros largos, braços definidos, e um sorriso confiante. Como seria ser abraçada por ele propositalmente...? A inveja roía seu peito, mas ela disfarçou com um sorriso tenso. "Q-que bom, Run..."
"Vem comigo hoje à casa dele! Quero que você veja com seus próprios olhos!" Run insistiu. Kyoko hesitou, mas o coração acelerado traiu sua ansiedade. "Está bem... Vou."
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Na casa dos Yuuki...
A chuva batia forte contra as janelas. No sofá da sala, Rito, Lala e Celine assistiam a um episódio de "Magical Kyoko". Rito estava relaxado, seu corpo musculoso visível mesmo sob a camiseta branca simples. Na cozinha, Momo ajudava Mikan a preparar o almoço.
Toc-toc-toc!
Passos rápidos no alpendre. Antes mesmo da campainha tocar, Rito ergueu a cabeça, seus sentidos aguçados. "Visitas."
Ding-dong!
Ao abrir a porta, a cena foi de tirar o fôlego: Run e Kyoko encharcadas, as roupas coladas ao corpo como uma segunda pele. A blusa branca de Run estava transparente, revelando um sutiã verde-esmeralda e os seios firmes. Kyoko, com sua blusinha molhada, deixava visível um sutiã rosa-claro, e as curvas de suas pernas brilhavam com a água da chuva.
Rito olhou demoradamente — primeiro para os rostos surpresos, depois para os seios salientes, e por fim, para as coxas úmidas. Uma voz interior sussurrou: "Eu adoro chuva..." Um leve sorriso percorreu seus lábios.
"Entrem! Vou pedir à Lala roupas secas para—"
Dois seios macios esmagaram-se contra seu rosto. Run saltou em seus braços, abraçando-o com força. Para surpresa de ambas, Rito não vacilou. Pelo contrário: seus braços poderosos envolveram Run, levantando-a do chão num abraço quente e seguro.
"Eu também estou feliz em te ver, Run." Sussurrou ele, sua voz grave ecoando no corredor.
Run e Kyoko trocaram um olhar atônito. Ele a levantou como se fosse uma pena! Quando Rito a soltou, seus olhos pousaram em Kyoko. A expressão dela era inconfundível: inveja pura, mascarada por timidez. Sem hesitar, Rito abriu os braços.
"Kyoko? Você também merece um abraço de boas-vindas."
Ela ficou petrificada. Run, percebendo, empurrou-a gentilmente para os braços de Rito. O calor do corpo dele envolveu Kyoko como um cobertor, secando-lhe a pele fria. Algo quente explodiu em seu peito, espalhando-se por cada centímetro do seu corpo. Seu rosto incendiou, mas ela não se afastou — apenas enterrou o rosto no peito musculoso dele, inalando seu cheiro masculino.
"O-Obrigada, Rito-kun..." Balbuciou ela, quando ele a soltou.
Lala apareceu num flash, agarrando as mãos de Kyoko. "Kyoko-chan! Run-chan! Que surpresa maravilhosa!" Ela as puxou para dentro, pulando de alegria. "Vamos se trocar no meu quarto! Ah, espera..." Lala corou, lembrando da bagunça de invenções. "Melhor no quarto do Rito!"
Enquanto as três subiam as escadas, Rito ficou parado, observando. Seus olhos percorreram as pernas de Run, subindo até o bumbum — A saia transparente revelava uma calcinha verde. "Verde... parece que essa é a cor preferida dela." Pensou, sentindo uma tensão crescente em seu short.
"Eu estava certo em impedir meus desejos ocultos... qualquer coisinha e eu já fico assim." Ele olhou para o "relevo" evidente. Respirou fundo e seguiu para o banheiro, precisando de um banho frio.
No quarto do Rito...
Lala ajudava Run e Kyoko a escolher roupas. Run vestiu um yakata rosa de Lala, apertado demais para seus seios. Kyoko optou por uma camiseta larga do Rito e um short, sentindo-se estranhamente confortável com o cheiro dele.
"Lala-chan." Run perguntou, puxando o tecido sobre seus seios fartos. "Desde quando você voltou ao tamanho normal? eu esqueci de perguntar."
Lala riu, sentando-se na cama com as pernas cruzadas. "Faz bastante tempo, foi engraçado! Quer ver? Peke!" Os olhos de Peke brilharam, projetando um holograma — um flashback vibrante:
Flashback...
Na escola, sob o olhar atento de Risa, Mio e Haruna, Lala começou a mudar. Seu corpo de 10 anos esticou-se — quadris arredondados, seios pequenos surgindo. Risa não resistiu: "Lala-chan! Você está crescendo!" Ela apertou os peitos incipientes de Lala, que riu sem entender. "É macio!"
Minutos depois, nova transformação: Lala saltou para uns 14 anos. Seios maiores, bunda redonda, cintura fina. As amigas emudeceram. Risa, com olhos brilhantes, atacou novamente: "Agora está perfeito!" Suas mãos afundaram nos seios generosos. Lala apenas sorriu: "É engraçado."
Ao final das aulas, Lala correu para casa. Encontrou Rito no banho. Sem pensar, entrou nua, segurando o "Bolha-Bolha Sabão Kun".
"Rito! Olha minha invenção atualizada! Ela faz espumas perfeitas!"
Rito, avermelhado, cobriu-se com uma toalha. "L-Lala! Não é apropriado!" Mas ela já ativara o dispositivo. Bolhas minúsculas e perfumadas encheram o banheiro. "Não se preocupe, Rito!" Ela deu dois passos — e escorregou no chão ensaboado, caindo sobre ele, peito contra peito.
Ao tentar se levantar, apoiando-se em suas mãos (de quatro sobre Rito), algo mágico aconteceu: Seu corpo esticou num piscar de olhos. Quadris alargaram, seios inchavam como balões, atingindo o rosto de Rito, que sufocou. Desesperado, ele esbracejou — e acertou o Bolha-Bolha Sabão Kun!
ZAPT!
O dispositivo soltou jatos de espuma loucamente. Lala tentou pegá-lo, mas escorregou novamente. Desta vez, sua região íntima (quente e úmida) colidiu com a boca de Rito.
Rito engasgou, os olhos reviraram, e ele desmaiou — enquanto Lala, agora em seu corpo normal, gritava: "Ritooooo!"
Peke deliberadamente omitiu as falas sobre o beijo - julgou que seria inapropriado mostrar.
//////////
De Volta ao Quarto do Rito...
Run e Kyoko estavam boquiabertas. "Ele... é resistente..." Kyoko perguntou, pálida.
"Claro! Mas passou uma hora me explicando sobre 'privacidade no banho'! " Lala riu, sem rancor. Kyoko sorriu, mas seu coração acelerou. Ele viu tudo aquilo... e mesmo assim continua tímido e gentil.
//////////
Enquanto isso, Rito chegou ao banheiro. Girou a maçaneta sem bater — e parou, estupefato. Nana estava nua, diante do espelho embaçado, beijando-o com concentração.
Seus olhos percorreram o corpo dela: pés delicados, coxas torneadas, seios pequenos e firmes, mamilos rosados. Mas era a cena do beijo que o intrigou. "Ela está... beijando o espelho?" Pensou, com uma expressão confusa em seu rosto.
"Desculpe o incômodo." Disse Rito, fechando a porta rapidamente — com os olhos arregalados como pratos.
"BESTA! BATE ANTES DE ENTRAR!" Nana berrou, o rosto vermelho como pimenta. Ela cobriu o corpo, morta de vergonha. "Ele me viu beijando o espelho? Como eu pôde confiar na Mio!"
Sua mente voltou no tempo: após ver Rito beijar Lala, Nana perguntara a Mea como se beijava. Mio interrompera: "Treine no espelho, Nana! É infalível!" Agora, arrependimento queimava sua alma.
//////////
Rito seguiu para seu quarto, ainda com cena da Nana em seus pensamentos. Abriu a porta — e o mundo desacelerou.
Run estava de costas, o yukata aberto na cintura, mostrando a calcinha verde e as curvas do bumbum. Kyoko, de frente, segurava a camiseta larga no ar — seus seios médios e firmes, mamilos rosados, totalmente expostos.
CLACK.
Uma mecha de cabelo de Rito, perto do olho direito, tornou-se dourada instantaneamente. Seu olhar, antes gentil, ganhou intensidade lasciva.
"Kyoko" Sua voz era áspera, íntima. "Cada vez que te vejo, percebo como suas curvas são perfeitas..."
Kyoko gelou. "Ele... me elogiou? Assim?" Seu corpo tremeu, mas não de vergonha — era eletricidade. Ela baixou os braços, esquecendo-se de cobrir-se, hipnotizada por aquele Rito transformado.
Rito virou-se para Run, que assistia atônita. "E você, Run... É como uma orquídea rara. Delicada, mas com uma beleza que domina qualquer jardim."
Run soltou um suspiro. "Rito chamou-me de bela..." Seu yukata abriu-se mais, revelando quase todo o seio esquerdo. Rito lutou para não olhar para o "V" rosado entre suas pernas — e falhou.
Foi quando Lala apareceu na porta. "Rito! Elas estão se trocando!" Ela o puxou para fora. A mecha dourada desapareceu, voltando ao castanho normal.
"Desculpe, eu... precisei pegar algo" Rito murmurou, ruborizado. Ao fechar a porta, Kyoko ainda estava paralisada, seu coração batendo como um tambor.
"Ele me desejou" Pensou ela, tocando os lábios. "Ele me viu nua... e gostou." Um sorriso secreto surgiu em seu rosto. Run não notou — estava muito ocupada sonhando com os elogios de Rito.
//////////
No corredor, Rito encostou-se na parede, respirando fundo. "Foi por pouco... Se a Lala não chegasse, eu teria perdido o controle totalmente."
No quarto, Kyoko vestiu a camiseta de Rito. O tecido cheirava a ele — limpo, com um toque de suor. Ela a puxou para o nariz, sorrindo. Run observou. "Você gostou do abraço dele, né?"
Kyoko corou. "Foi... quente." Mas em seu íntimo, as palavras ecoavam: "Suas curvas são perfeitas." Nunca se sentira tão estranha. A semente da paixão, antes reprimida, agora brotava com força.
Lá embaixo, Mikan gritou: "Almoço pronto!"
Enquanto desciam, Kyoko viu Rito ajudando Momo a levar pratos. Seus músculos flexionavam-se sob a camiseta. "Ele é forte... gentil... e me quer." Seu coração disparou.
No instante em que seus olhares se cruzaram, Rito sorriu. Kyoko sorriu de volta — e desta vez, não escondeu o rubor.
//////////
O aroma tentador do salmão, do curry e do arroz fresco enchia a sala de jantar da casa dos Yuuki, criando um contraste acolhedor com o som persistente da chuva lá fora. A mesa estava repleta: Mikan servia com eficiência, Momo distribuía sorrisos cativantes enquanto ajudava, Lala contava histórias animadas sobre suas invenções mostrando elas, e Run devorava tudo com entusiasmo. Rito, sentado à cabeceira, parecia uma âncora de força calma, seus músculos visíveis sob a camiseta enquanto manuseava os pauzinhos com uma destreza que Kyoko nunca lhe atribuíra antes. Ela, sentada entre Run e Lala, tentava focar na comida, mas seus olhos eram invariavelmente atraídos para ele. O calor do abraço, o cheiro masculino impregnado na camiseta larga que vestia, e principalmente as palavras sussurradas – "Suas curvas são perfeitas" – ecoavam em sua mente, fazendo seu coração bater um samba acelerado contra as costelas.
Quando os pratos começaram a esvaziar e Mikan se levantou para começar a recolher, Kyoko viu sua chance. Uma onda de coragem, alimentada pela confusão de sentimentos e pelo desejo de estar perto dele novamente, impulsionou-a.
"Deixe-me ajudar a levar as coisas para a cozinha, Mikan-san!" Kyoko ofereceu, levantando-se rapidamente e pegando alguns pratos vazios antes que a mais nova do Yuuki pudesse responder.
Mikan sorriu, agradecida. "Ah, obrigada, Kyoko-san! Você é uma fada!"
Rito, que também se levantava com sua própria pilha de pratos, olhou para Kyoko. Seus olhos, castanhos e calmos agora, encontraram os dela. Um sorriso leve, genuíno, surgiu em seus lábios. "Eu ajudo também. Duas mãos a mais são sempre bem-vindas."
Kyoko sentiu um novo rubor subir pelo pescoço. "S-Sim, por favor, Rito-kun." A aceitação dele, simples e direta, foi como uma pequena vitória.
Juntos, carregados de louça suja, eles se dirigiram à cozinha. O caminho era curto, passando pelo corredor que levava à sala de estar. Kyoko caminhava um passo à frente de Rito, hiperconsciente de sua presença poderosa logo atrás. O cheiro dele – uma mistura de limpo, suor leve e algo inerentemente masculino – parecia mais intenso no espaço confinado. Seu coração martelava. "Ele está tão perto… O que eu estava pensando?"
Foi então que o desastre aconteceu, moldado pelo caos habitual que as invenções de Lala semeavam pela casa. Rito, tentando ajustar a pilha de pratos em seus braços, não viu o objeto inofensivo e colorido que jazia no chão, meio escondido sob a ponta de um tapete. Era o "Kuru Kuru Rope-Kun", uma invenção abandonada de Lala: uma corda robusta de um rosa vibrante, com as pontas moldadas em forma de corações, projetada para, supostamente, "amarrar alvos com eficiência!".
O pé de Rito pisou firmemente em um dos corações de plástico.
CLICK!
Um som mecânico agudo cortou o ar. Os corações nas pontas da corda se iluminaram com uma luz rosa pulsante. Antes que qualquer um pudesse reagir, a corda se moveu com velocidade sobrenatural, como uma serpente rosa. Com um WHOOSH audível, ela se enrolou em volta dos tornozelos de Rito, apertando-se com força surpreendente.
"O quê?!" Rito grunhiu, perdendo completamente o equilíbrio. A pilha de pratos voou de suas mãos, espatifando-se no chão de madeira com um estrondo ensurdecedor. Seu corpo musculoso, agora desequilibrado e preso, caiu pesadamente para a frente.
Kyoko, que estava virando para entrar na cozinha, ouviu o barulho e começou a se virar. "Rito-kun, o que fo—?"
Ela não terminou a frase. O peso sólido de Rito colidiu com ela em cheio. O impacto foi forte, arrancando o ar de seus pulmões. Kyoko foi projetada para frente, mas a queda foi interrompida abruptamente pelo corpo dele caindo sobre o dela. Eles caíram num amontoado de membros no limiar entre o corredor e a cozinha.
A pose era inescapavelmente obscena.
Rito estava praticamente deitado sobre Kyoko, seu torso largo pressionando o dela contra o chão frio. Um de seus braços estava preso sob o corpo dela, enquanto o outro, instintivamente, tentara se apoiar, mas seu cotovelo fincara-se no chão ao lado de sua cabeça, encurralando-a. Seu rosto estava enterrado no pescoço dela, seu hálito quente soprando contra sua pele sensível. Mas o pior – ou o melhor, dependendo do ponto de vista confuso que tomava conta de Kyoko – eram as pernas. As pernas dele, ainda amarradas pelo Kuru Kuru Rope-Kun, estavam espalhadas. Um de seus joelhos estava firmemente plantado entre as coxas dela, pressionando contra a região mais íntima de Kyoko através do tecido fino do short emprestado. A outra perna dele estava dobrada para o lado, presa pela corda rosa que brilhava com insistência.
Kyoko ficou paralisada, não apenas pelo choque, mas pela avalanche de sensações. O peso esmagador e quente dele. O joelho pressionando ali, criando uma fricção inesperada e eletrizante. O cheiro dele, agora inebriante de tão perto. O calor do corpo dele irradiando e se fundindo com o dela. Um gemido baixo, involuntário, escapou de seus lábios – "Aaaah!~" – um som de surpresa, embaraço e algo mais profundo, mais primitivo, que ela não conseguia nomear. "Ahhn… R-Rito-kun…"
Rito, por sua vez, estava lutando contra o pânico e a constatação física da posição. "Kyoko! Desculpa! Eu… essa maldita corda!" Ele tentou se erguer, usando o braço livre para se empurrar, mas o movimento apenas fez seu joelho pressionar com mais força entre as pernas dela, e seu quadril roçar contra a lateral da sua cintura. Ele sentiu a maciez do corpo dela sob o seu, a curva da sua cintura sob sua mão que se apoiava, e ouviu aquele gemido suave. Um calor familiar começou a crescer em seu baixo-ventre, mas ele o reprimiu com força, focando na corda. "Preciso… me soltar!"
O barulho dos pratos quebrando e os gemidos abafados atraíram atenção imediata. Run foi a primeira a chegar, saltando da mesa na sala de jantar, seguida de Mikan, Momo, Nana e Lala.
"Kyoko-chan? Rito-kun? O que aconteceu?!" Ela apareceu na entrada do corredor, seus olhos arregalando-se ao ver a cena: Rito praticamente em cima de Kyoko, preso, em uma pose profundamente comprometedora, a corda rosa brilhante amarrando suas pernas. O rubor que tomou conta do rosto de Kyoko e a expressão desesperada de Rito disseram o resto. "Oh! Vocês estão presos! Deixa eu ajudar!"
Correndo com a intenção de puxar a corda ou talvez ajudar Rito a se levantar, Run não percebeu que o Kuru Kuru Rope-Kun ainda estava muito ativo. Assim que ela se aproximou, um dos corações brilhantes na ponta solta da corda detectou um novo "alvo" – Run.
WHOOSH!
A corda se moveu novamente, rápida como um raio. Enrolou-se em torno do tornozelo esquerdo de Run e, com um puxão forte, fez com que ela perdesse o equilíbrio completamente.
"AI!" Run gritou, caindo para frente como um dominó. Ela não caiu diretamente em cima de Rito e Kyoko, mas aterrissou de lado, parcialmente sobre as pernas ainda amarradas de Rito. Seu corpo se torceu no impacto. O yukata de Lala, já justo em seus seios generosos, abriu-se perigosamente com a queda. Uma perna ficou presa sob a perna livre de Rito, enquanto seu braço se esticou, e sua mão, num movimento infeliz, aterrissou firmemente… na virilha de Rito, através do tecido do seu short.
"Ugh!" Rito soltou um grunhido abafado, uma mistura de dor e surpresa extrema. O contato inesperado e firme da mão de Run ali foi um choque elétrico.
Run, percebendo exatamente onde sua mão estava, ficou escarlate. "D-Desculpa! Rito-kun! Eu não queria… a corda puxou!" Ela tentou remover a mão, mas seu movimento apenas fez seus dedos se moverem contra ele, gerando outra onda de sensação intensa. Um gemido diferente, mais agudo e cheio de constrangimento, escapou de Run. "Ahh~! R-Rito-kun!"
Kyoko, ainda presa sob Rito, testemunhou a cena ao lado. Ver a mão de Run ali, ouvir o grunhido de Rito e o gemido de Run, e sentir o próprio corpo de Rito se contrair involuntariamente acima dela… foi demais. O calor dentro dela explodiu, espalhando-se como lava por suas veias. Seu rosto estava em chamas, e um novo tipo de gemido, mais profundo e involuntário, vibrou em sua garganta. O joelho dele ainda pressionava firmemente entre suas pernas, e cada pequeno movimento dele ou de Run acima enviava ondas de sensações contraditórias – constrangimento avassalador e uma excitação proibida e deliciosa. Ela fechou os olhos com força, sentindo as costas úmidas de suor contra o chão frio. Isso é um pesadelo… ou um sonho?
O caos estava completo: Rito preso por cordas, caído sobre Kyoko em uma pose íntima, com Run parcialmente sobre suas pernas e com a mão acidentalmente (mas firmemente) agarrada em sua virilha, ambas gemendo de constrangimento e estranha excitação, cercados por cacos de cerâmica.
"Rito! Kyoko-chan! Run-chan!" A voz animada e preocupada de Lala ecoou no corredor. Ela chegou correndo, parando abruptamente ao ver o emaranhado humano no chão. Seus olhos piscaram, processando a cena: a corda rosa brilhante, as poses, os rostos vermelhos, os gemidos. "Ah! O Kuru Kuru Rope-Kun! Eu deixei ele aqui mais cedo!" Ela pareceu genuinamente surpresa, sem nenhum traço de malícia.
"É um animal mesmo!" Nana rosnou, lançando um olhar afiado para Rito.
"Desculpe pelo meu irmão..." Mika suspirou, esboçando um sorriso constrangido.
"Rito-san~ Parece que está especialmente... energizado hoje!" Momo provocou, piscando maliciosamente.
"Lala! Por favor! Desative essa coisa!" Rito implorou, sua voz tensa pela combinação de desconforto físico, constrangimento e a pressão da mão de Run que ele tentava discretamente empurrar para longe com seu quadril.
"Sim, sim! Um segundo!" Lala pegou o D-Dial. Seus dedos voaram sobre os botões. Um zumbido eletrônico emanou do dispositivo.
Ela pressionou uma sequência. Os corações brilhantes na corda piscaram rapidamente em vermelho e então se apagaram. O aperto rígido da corda desapareceu instantaneamente, as voltas soltando-se como se nunca tivessem estado presas.
O alívio foi imediato, mas desajeitado. Rito conseguiu finalmente se empurrar para longe de Kyoko, rolando para o lado e sentando-se no chão entre os cacos, respirando fundo. Run retirou a mão como se tivesse tocado em algo em brasa, sentando-se rapidamente e puxando o yukata, fechando-a, seu rosto ainda vermelho-fogo. Kyoko ficou deitada por um segundo extra, sentindo a ausência repentina do peso e do calor dele, uma estranha sensação de vazio misturada ao alívio. Ela se sentou devagar, evitando olhar para qualquer um, concentrando-se em arrumar a camiseta larga que havia subido, revelando uma faixa de pele suada do estômago.
"Ufa! Salvos!" Lala anunciou, feliz, como se tivesse resolvido um quebra-cabeça complexo. "O Kuru Kuru Rope-Kun é muito entusiasmado às vezes!"
Rito olhou para ela, uma mistura de frustração e resignação no rosto. Ele se levantou, oferecendo uma mão primeiro a Run, que a aceitou com um agradecimento tímido, e depois a Kyoko. Quando seus dedos se tocaram, Kyoko sentiu outro choque elétrico, muito menor que os anteriores, mas ainda assim perceptível. Ela evitou seu olhar.
"Lala" Rito disse, sua voz mais firme agora, mas ainda carregada de exasperação. Ele apontou para a corda agora inerte no chão. "Por favor… por favor… não deixe suas invenções jogadas pela casa. Especialmente as que se movem e amarram pessoas. Olha essa bagunça." Ele gesticulou para os cacos de cerâmica espalhados. "Poderia ter sido muito pior. Alguém poderia se machucar seriamente."
Lala olhou para os cacos e então para a expressão séria de Rito. Seu rosto animado caiu um pouco, substituído por um ar genuinamente arrependido. "Ah… você está certo, Rito. Desculpa! Eu fui desleixada." Ela se curvou e pegou a corda, enrolou-a rapidamente e enfiou-a no bolso (de onde, provavelmente, sairia novamente). "Eu prometo tentar me lembrar de guardar melhor! Vou ajudar a limpar isso!"
Enquanto Lala e Mikan (que chegou com vassoura e pá) começavam a lidar com os cacos, e Run ainda corada, murmurando algo sobre ir ao banheiro, Kyoko ficou parada, imóvel. O mundo ao seu redor parecia ter desacelerado, reduzido a sensações físicas queimando em sua memória corporal.
A pressão do joelho de Rito entre suas pernas… tão firme, tão intencional em sua consequência, mesmo sendo acidental. O peso sólido de seu corpo sobre o dela, esmagador e quente. O atrito do quadril dele roçando em sua cintura quando ele tentara se mover. O calor da virilha dele, tão perto… e depois, a imagem vívida da mão de Run ali. Cada ponto de contato era como uma brasa acesa sob sua pele, reacendendo uma fogueira interna que a envergonhava e excitava em igual medida.
Ela tocou o pescoço, onde o rosto dele se enterrara, e sentiu o eco do hálito quente. Baixou a mão discretamente até a cintura, onde sua mão se apoiara brevemente. Mas o foco principal, o centro da tempestade de sensações, estava mais baixo. Entre suas coxas, onde o joelho dele pressionara, uma calor latejante persistia, uma lembrança física tão intensa que parecia que ele ainda estava lá. A região íntima parecia estranhamente sensível, cada movimento das roupas contra a pele era amplificado.
"Ele tocou… lá. Mesmo sem querer… ele tocou." O pensamento rodopiava em sua mente, acompanhado pela imagem dos olhos lascivos que ele tivera antes, e pela voz áspera elogiando suas curvas. "Será que ele sentiu? Será que ele… gostou?" O rubor que queimava seu rosto nada tinha a ver com o constrangimento do acidente agora. Era pura, crua, excitação reprimida. Seu coração acelerado parecia querer fugir do peito, e uma onda de calor subiu por dentro dela, fazendo-a tremer levemente. A semente da paixão que começara a brotar com o abraço e os elogios agora recebia um regador de sensações físicas inesperadas, fazendo-a crescer com força e rapidez alarmantes.
O resto da tarde passou num borrão para Kyoko. Ela ajudou a limpar os cacos mecanicamente, respondeu a perguntas de Run e Lala com frases curtas e evitou qualquer contato visual prolongado com Rito. O cheiro dele na camiseta que vestia, porém, era uma presença constante, um lembrete tácito de tudo o que acontecera. Quando a chuva finalmente deu uma trégua, Run anunciou que era hora de ir embora.
Kyoko assentiu, ainda um pouco distante. "S-Sim. Obrigada pela hospitalidade." Ela fez uma pequena reverência, seus olhos encontrando os de Rito por uma fração de segundo. Ele sorriu, um sorriso gentil e normal, tão diferente do sorriso perverso ou da expressão desesperada do acidente.
"Foi bom ter vocês aqui. Tomem cuidado na rua, ainda pode estar escorregadio." Ele disse, sua voz calma reconfortante.
Run já estava calçando seus sapatos na entrada, animada. "Vamos, Kyoko! Amanhã temos aquele ensaio novo, lembra?"
Kyoko estava prestes a se virar para seguir Run quando Rito deu um passo à frente. Desta vez, a preocupação em seus olhos castanhos era profunda, quase desesperada. "Kyoko-san... por favor, um momento? É... é urgente."
O coração dela acelerou novamente, mas a seriedade na voz dele afastou momentaneamente as memórias embaraçosas. "S-Sim, Rito-kun?"
Rito olhou rapidamente para Run, que parou de amarrar o cadarço, curiosa, e então fixou Kyoko com intensidade. Ele baixou a voz, mas Run, agora atenta, ouviu. "Kyoko-san... você... você controla suas chamas com tanta precisão. Eu vi, uma vez, durante um ensaio... aquelas labaredas dançando em suas mãos, obedecendo ao seu comando." Ele engoliu seco, sua expressão carregada de angústia. "Eu... eu preciso desesperadamente de ajuda."
Kyoko ficou surpresa, seu rubor anterior dando lugar à confusão. "Minhas... chamas? Você viu? Mas... como posso ajudar você?"
Rito fechou os punhos, as costas tensas. "É... é diferente. Muito diferente e muito mais perigoso." Ele olhou em volta, como se temesse que suas palavras pudessem materializar a ameaça. "Eu... eu não posso mais ir para a escola, Kyoko-san." A revelação saiu como um soco. "Desde que... desde que aquilo começou. Eu aciono coisas sem querer. Portais. E... e uma coisa pior. Uma esfera. Parece uma bolha dourada... e qualquer coisa que ela toca... desaparece. É engolida. Mandada para... para algum lugar. Um vazio. Eu não sei onde as coisas vão parar, Kyoko-san. Só sei que somem." Sua voz trêmula carregava o peso do pânico. "Foi assim que começou. Um dia, acidentalmente, na escola... um portal se abriu abaixo de mim e eu cai no vestiário feminino. E a esfera... engolindo uma bancada de madeira inteira. A Doutora Mikado achou melhor eu aprender a controlar esse poder, antes de voltar a escola... ela me suspendeu."
Kyoko ficou paralisada. O mundo ao seu redor – Run boquiaberta, os sons distantes da limpeza – desfocou. A força descomunal no abraço, os movimentos súbitos... tudo se encaixava em um contexto aterrorizante. O olhar "lascivo" que ela interpretara mal era, na verdade, o terror de alguém lutando contra forças catastróficas dentro de si. Uma onda avassaladora de compaixão e preocupação tomou conta dela, misturada ao resquício da atração física. Ele estava assustado e confiando nela.
"Rito-kun..." ela sussurrou, a voz rouca pela comoção. "Isso... isso é sério. Muito sério." Ela respirou fundo, fechando as mãos à frente do corpo, sentindo uma faísca quente e familiar pulsar nas palmas – um reflexo inconsciente de seus próprios poderes. "Controlar algo assim... é um desafio enorme. Diferente do fogo, mas... o princípio de domínio interno, de foco absoluto... talvez seja similar." Ela olhou diretamente para ele, seus olhos ganhando uma determinação férrea. "Se você realmente quer aprender... eu tenho tempo. Pelos próximos dias." A agenda lotada de ensaios e estudos evaporou de sua mente. Nada era mais importante do que evitar que Rito machucasse alguém. "Podemos começar amanhã. Aqui, ou em algum lugar seguro, isolado."
O alívio que inundou o rosto de Rito foi como o sol rompendo nuvens carregadas. Seus ombros afundaram, a tensão escapando num suspiro longo e trêmulo. "Kyoko-san... você faria isso? Sério?" Os olhos dele brilharam com umidade contida. "Muito obrigado! Eu... eu não mereço, mas... obrigado! Amanhã perfeito. Aqui em casa. É o lugar mais... controlado que temos, por causa da Lala."
"Claro" Kyoko concordou com um aceno firme. "Apareço logo após o almoço."
Run cruzou os braços com força, inflando o peito. "Se isso é sobre treinar poderes de fazer coisas sumirem e salvar o Rito de ser expulso da escola, então eu também vou ajudar! Sou a melhor amiga da Kyoko! E amiga do Rito! Tenho todo o direito de saber e ajudar!" Seus olhos cintilavam com determinação inquebrável e uma curiosidade insaciável. "Amanhã, eu apareço aqui também!"
Kyoko suspirou internamente. O treino delicado e perigoso que ela imaginara agora incluía uma força da natureza chamada Run. Mas o olhar resoluto da amiga e o desespero mudo de Rito deixaram claro que resistir era inútil. Talvez, num milagre, Run até ajudasse a distrair ou acalmar o clima.
"Tá bem, Run" Kyoko capitulou, com um leve abanar de cabeça. "Amanhã, após o almoço. Aqui. Mas prometa que vai ficar queita e seguir as instruções à risca. Isso não é brincadeira."
"PROMETO!" Run gritou, pulando de empolgação, qualquer mágoa esquecida. "Treino de poderes ultra-secretos! Mal posso esperar!"
Rito olhou para as duas, uma mistura de gratidão e apreensão no rosto. O caminho à frente era perigoso e imprevisível, mas pela primeira vez desde que os poderes infernais surgiram, uma centelha de esperança brilhou. Ele tinha uma aliada poderosa e experiente. E amanhã... amanhã começaria sua luta para reconquistar o controle de sua vida – e talvez, voltar para escola.
Peke deliberadamente omitiu as falas sobre o beijo - julgou que seria inapropriado mostrar.
//////////
De Volta ao Quarto do Rito...
Run e Kyoko estavam boquiabertas. "Ele... é resistente..." Kyoko perguntou, pálida.
"Claro! Mas passou uma hora me explicando sobre 'privacidade no banho'! " Lala riu, sem rancor. Kyoko sorriu, mas seu coração acelerou. Ele viu tudo aquilo... e mesmo assim continua tímido e gentil.
//////////
Enquanto isso, Rito chegou ao banheiro. Girou a maçaneta sem bater — e parou, estupefato. Nana estava nua, diante do espelho embaçado, beijando-o com concentração.
Seus olhos percorreram o corpo dela: pés delicados, coxas torneadas, seios pequenos e firmes, mamilos rosados. Mas era a cena do beijo que o intrigou. "Ela está... beijando o espelho?" Pensou, com uma expressão confusa em seu rosto.
"Desculpe o incômodo." Disse Rito, fechando a porta rapidamente — com os olhos arregalados como pratos.
"BESTA! BATE ANTES DE ENTRAR!" Nana berrou, o rosto vermelho como pimenta. Ela cobriu o corpo, morta de vergonha. "Ele me viu beijando o espelho? Como eu pôde confiar na Mio!"
Sua mente voltou no tempo: após ver Rito beijar Lala, Nana perguntara a Mea como se beijava. Mio interrompera: "Treine no espelho, Nana! É infalível!" Agora, arrependimento queimava sua alma.
//////////
Rito seguiu para seu quarto, ainda com cena da Nana em seus pensamentos. Abriu a porta — e o mundo desacelerou.
Run estava de costas, o yukata aberto na cintura, mostrando a calcinha verde e as curvas do bumbum. Kyoko, de frente, segurava a camiseta larga no ar — seus seios médios e firmes, mamilos rosados, totalmente expostos.
CLACK.
Uma mecha de cabelo de Rito, perto do olho direito, tornou-se dourada instantaneamente. Seu olhar, antes gentil, ganhou intensidade lasciva.
"Kyoko" Sua voz era áspera, íntima. "Cada vez que te vejo, percebo como suas curvas são perfeitas..."
Kyoko gelou. "Ele... me elogiou? Assim?" Seu corpo tremeu, mas não de vergonha — era eletricidade. Ela baixou os braços, esquecendo-se de cobrir-se, hipnotizada por aquele Rito transformado.
Rito virou-se para Run, que assistia atônita. "E você, Run... É como uma orquídea rara. Delicada, mas com uma beleza que domina qualquer jardim."
Run soltou um suspiro. "Rito chamou-me de bela..." Seu yukata abriu-se mais, revelando quase todo o seio esquerdo. Rito lutou para não olhar para o "V" rosado entre suas pernas — e falhou.
Foi quando Lala apareceu na porta. "Rito! Elas estão se trocando!" Ela o puxou para fora. A mecha dourada desapareceu, voltando ao castanho normal.
"Desculpe, eu... precisei pegar algo" Rito murmurou, ruborizado. Ao fechar a porta, Kyoko ainda estava paralisada, seu coração batendo como um tambor.
"Ele me desejou" Pensou ela, tocando os lábios. "Ele me viu nua... e gostou." Um sorriso secreto surgiu em seu rosto. Run não notou — estava muito ocupada sonhando com os elogios de Rito.
//////////
No corredor, Rito encostou-se na parede, respirando fundo. "Foi por pouco... Se a Lala não chegasse, eu teria perdido o controle totalmente."
No quarto, Kyoko vestiu a camiseta de Rito. O tecido cheirava a ele — limpo, com um toque de suor. Ela a puxou para o nariz, sorrindo. Run observou. "Você gostou do abraço dele, né?"
Kyoko corou. "Foi... quente." Mas em seu íntimo, as palavras ecoavam: "Suas curvas são perfeitas." Nunca se sentira tão estranha. A semente da paixão, antes reprimida, agora brotava com força.
Lá embaixo, Mikan gritou: "Almoço pronto!"
Enquanto desciam, Kyoko viu Rito ajudando Momo a levar pratos. Seus músculos flexionavam-se sob a camiseta. "Ele é forte... gentil... e me quer." Seu coração disparou.
No instante em que seus olhares se cruzaram, Rito sorriu. Kyoko sorriu de volta — e desta vez, não escondeu o rubor.
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O aroma tentador do salmão, do curry e do arroz fresco enchia a sala de jantar da casa dos Yuuki, criando um contraste acolhedor com o som persistente da chuva lá fora. A mesa estava repleta: Mikan servia com eficiência, Momo distribuía sorrisos cativantes enquanto ajudava, Lala contava histórias animadas sobre suas invenções mostrando elas, e Run devorava tudo com entusiasmo. Rito, sentado à cabeceira, parecia uma âncora de força calma, seus músculos visíveis sob a camiseta enquanto manuseava os pauzinhos com uma destreza que Kyoko nunca lhe atribuíra antes. Ela, sentada entre Run e Lala, tentava focar na comida, mas seus olhos eram invariavelmente atraídos para ele. O calor do abraço, o cheiro masculino impregnado na camiseta larga que vestia, e principalmente as palavras sussurradas – "Suas curvas são perfeitas" – ecoavam em sua mente, fazendo seu coração bater um samba acelerado contra as costelas.
Quando os pratos começaram a esvaziar e Mikan se levantou para começar a recolher, Kyoko viu sua chance. Uma onda de coragem, alimentada pela confusão de sentimentos e pelo desejo de estar perto dele novamente, impulsionou-a.
"Deixe-me ajudar a levar as coisas para a cozinha, Mikan-san!" Kyoko ofereceu, levantando-se rapidamente e pegando alguns pratos vazios antes que a mais nova do Yuuki pudesse responder.
Mikan sorriu, agradecida. "Ah, obrigada, Kyoko-san! Você é uma fada!"
Rito, que também se levantava com sua própria pilha de pratos, olhou para Kyoko. Seus olhos, castanhos e calmos agora, encontraram os dela. Um sorriso leve, genuíno, surgiu em seus lábios. "Eu ajudo também. Duas mãos a mais são sempre bem-vindas."
Kyoko sentiu um novo rubor subir pelo pescoço. "S-Sim, por favor, Rito-kun." A aceitação dele, simples e direta, foi como uma pequena vitória.
Juntos, carregados de louça suja, eles se dirigiram à cozinha. O caminho era curto, passando pelo corredor que levava à sala de estar. Kyoko caminhava um passo à frente de Rito, hiperconsciente de sua presença poderosa logo atrás. O cheiro dele – uma mistura de limpo, suor leve e algo inerentemente masculino – parecia mais intenso no espaço confinado. Seu coração martelava. "Ele está tão perto… O que eu estava pensando?"
Foi então que o desastre aconteceu, moldado pelo caos habitual que as invenções de Lala semeavam pela casa. Rito, tentando ajustar a pilha de pratos em seus braços, não viu o objeto inofensivo e colorido que jazia no chão, meio escondido sob a ponta de um tapete. Era o "Kuru Kuru Rope-Kun", uma invenção abandonada de Lala: uma corda robusta de um rosa vibrante, com as pontas moldadas em forma de corações, projetada para, supostamente, "amarrar alvos com eficiência!".
O pé de Rito pisou firmemente em um dos corações de plástico.
CLICK!
Um som mecânico agudo cortou o ar. Os corações nas pontas da corda se iluminaram com uma luz rosa pulsante. Antes que qualquer um pudesse reagir, a corda se moveu com velocidade sobrenatural, como uma serpente rosa. Com um WHOOSH audível, ela se enrolou em volta dos tornozelos de Rito, apertando-se com força surpreendente.
"O quê?!" Rito grunhiu, perdendo completamente o equilíbrio. A pilha de pratos voou de suas mãos, espatifando-se no chão de madeira com um estrondo ensurdecedor. Seu corpo musculoso, agora desequilibrado e preso, caiu pesadamente para a frente.
Kyoko, que estava virando para entrar na cozinha, ouviu o barulho e começou a se virar. "Rito-kun, o que fo—?"
Ela não terminou a frase. O peso sólido de Rito colidiu com ela em cheio. O impacto foi forte, arrancando o ar de seus pulmões. Kyoko foi projetada para frente, mas a queda foi interrompida abruptamente pelo corpo dele caindo sobre o dela. Eles caíram num amontoado de membros no limiar entre o corredor e a cozinha.
A pose era inescapavelmente obscena.
Rito estava praticamente deitado sobre Kyoko, seu torso largo pressionando o dela contra o chão frio. Um de seus braços estava preso sob o corpo dela, enquanto o outro, instintivamente, tentara se apoiar, mas seu cotovelo fincara-se no chão ao lado de sua cabeça, encurralando-a. Seu rosto estava enterrado no pescoço dela, seu hálito quente soprando contra sua pele sensível. Mas o pior – ou o melhor, dependendo do ponto de vista confuso que tomava conta de Kyoko – eram as pernas. As pernas dele, ainda amarradas pelo Kuru Kuru Rope-Kun, estavam espalhadas. Um de seus joelhos estava firmemente plantado entre as coxas dela, pressionando contra a região mais íntima de Kyoko através do tecido fino do short emprestado. A outra perna dele estava dobrada para o lado, presa pela corda rosa que brilhava com insistência.
Kyoko ficou paralisada, não apenas pelo choque, mas pela avalanche de sensações. O peso esmagador e quente dele. O joelho pressionando ali, criando uma fricção inesperada e eletrizante. O cheiro dele, agora inebriante de tão perto. O calor do corpo dele irradiando e se fundindo com o dela. Um gemido baixo, involuntário, escapou de seus lábios – "Aaaah!~" – um som de surpresa, embaraço e algo mais profundo, mais primitivo, que ela não conseguia nomear. "Ahhn… R-Rito-kun…"
Rito, por sua vez, estava lutando contra o pânico e a constatação física da posição. "Kyoko! Desculpa! Eu… essa maldita corda!" Ele tentou se erguer, usando o braço livre para se empurrar, mas o movimento apenas fez seu joelho pressionar com mais força entre as pernas dela, e seu quadril roçar contra a lateral da sua cintura. Ele sentiu a maciez do corpo dela sob o seu, a curva da sua cintura sob sua mão que se apoiava, e ouviu aquele gemido suave. Um calor familiar começou a crescer em seu baixo-ventre, mas ele o reprimiu com força, focando na corda. "Preciso… me soltar!"
O barulho dos pratos quebrando e os gemidos abafados atraíram atenção imediata. Run foi a primeira a chegar, saltando da mesa na sala de jantar, seguida de Mikan, Momo, Nana e Lala.
"Kyoko-chan? Rito-kun? O que aconteceu?!" Ela apareceu na entrada do corredor, seus olhos arregalando-se ao ver a cena: Rito praticamente em cima de Kyoko, preso, em uma pose profundamente comprometedora, a corda rosa brilhante amarrando suas pernas. O rubor que tomou conta do rosto de Kyoko e a expressão desesperada de Rito disseram o resto. "Oh! Vocês estão presos! Deixa eu ajudar!"
Correndo com a intenção de puxar a corda ou talvez ajudar Rito a se levantar, Run não percebeu que o Kuru Kuru Rope-Kun ainda estava muito ativo. Assim que ela se aproximou, um dos corações brilhantes na ponta solta da corda detectou um novo "alvo" – Run.
WHOOSH!
A corda se moveu novamente, rápida como um raio. Enrolou-se em torno do tornozelo esquerdo de Run e, com um puxão forte, fez com que ela perdesse o equilíbrio completamente.
"AI!" Run gritou, caindo para frente como um dominó. Ela não caiu diretamente em cima de Rito e Kyoko, mas aterrissou de lado, parcialmente sobre as pernas ainda amarradas de Rito. Seu corpo se torceu no impacto. O yukata de Lala, já justo em seus seios generosos, abriu-se perigosamente com a queda. Uma perna ficou presa sob a perna livre de Rito, enquanto seu braço se esticou, e sua mão, num movimento infeliz, aterrissou firmemente… na virilha de Rito, através do tecido do seu short.
"Ugh!" Rito soltou um grunhido abafado, uma mistura de dor e surpresa extrema. O contato inesperado e firme da mão de Run ali foi um choque elétrico.
Run, percebendo exatamente onde sua mão estava, ficou escarlate. "D-Desculpa! Rito-kun! Eu não queria… a corda puxou!" Ela tentou remover a mão, mas seu movimento apenas fez seus dedos se moverem contra ele, gerando outra onda de sensação intensa. Um gemido diferente, mais agudo e cheio de constrangimento, escapou de Run. "Ahh~! R-Rito-kun!"
Kyoko, ainda presa sob Rito, testemunhou a cena ao lado. Ver a mão de Run ali, ouvir o grunhido de Rito e o gemido de Run, e sentir o próprio corpo de Rito se contrair involuntariamente acima dela… foi demais. O calor dentro dela explodiu, espalhando-se como lava por suas veias. Seu rosto estava em chamas, e um novo tipo de gemido, mais profundo e involuntário, vibrou em sua garganta. O joelho dele ainda pressionava firmemente entre suas pernas, e cada pequeno movimento dele ou de Run acima enviava ondas de sensações contraditórias – constrangimento avassalador e uma excitação proibida e deliciosa. Ela fechou os olhos com força, sentindo as costas úmidas de suor contra o chão frio. Isso é um pesadelo… ou um sonho?
O caos estava completo: Rito preso por cordas, caído sobre Kyoko em uma pose íntima, com Run parcialmente sobre suas pernas e com a mão acidentalmente (mas firmemente) agarrada em sua virilha, ambas gemendo de constrangimento e estranha excitação, cercados por cacos de cerâmica.
"Rito! Kyoko-chan! Run-chan!" A voz animada e preocupada de Lala ecoou no corredor. Ela chegou correndo, parando abruptamente ao ver o emaranhado humano no chão. Seus olhos piscaram, processando a cena: a corda rosa brilhante, as poses, os rostos vermelhos, os gemidos. "Ah! O Kuru Kuru Rope-Kun! Eu deixei ele aqui mais cedo!" Ela pareceu genuinamente surpresa, sem nenhum traço de malícia.
"É um animal mesmo!" Nana rosnou, lançando um olhar afiado para Rito.
"Desculpe pelo meu irmão..." Mika suspirou, esboçando um sorriso constrangido.
"Rito-san~ Parece que está especialmente... energizado hoje!" Momo provocou, piscando maliciosamente.
"Lala! Por favor! Desative essa coisa!" Rito implorou, sua voz tensa pela combinação de desconforto físico, constrangimento e a pressão da mão de Run que ele tentava discretamente empurrar para longe com seu quadril.
"Sim, sim! Um segundo!" Lala pegou o D-Dial. Seus dedos voaram sobre os botões. Um zumbido eletrônico emanou do dispositivo.
Ela pressionou uma sequência. Os corações brilhantes na corda piscaram rapidamente em vermelho e então se apagaram. O aperto rígido da corda desapareceu instantaneamente, as voltas soltando-se como se nunca tivessem estado presas.
O alívio foi imediato, mas desajeitado. Rito conseguiu finalmente se empurrar para longe de Kyoko, rolando para o lado e sentando-se no chão entre os cacos, respirando fundo. Run retirou a mão como se tivesse tocado em algo em brasa, sentando-se rapidamente e puxando o yukata, fechando-a, seu rosto ainda vermelho-fogo. Kyoko ficou deitada por um segundo extra, sentindo a ausência repentina do peso e do calor dele, uma estranha sensação de vazio misturada ao alívio. Ela se sentou devagar, evitando olhar para qualquer um, concentrando-se em arrumar a camiseta larga que havia subido, revelando uma faixa de pele suada do estômago.
"Ufa! Salvos!" Lala anunciou, feliz, como se tivesse resolvido um quebra-cabeça complexo. "O Kuru Kuru Rope-Kun é muito entusiasmado às vezes!"
Rito olhou para ela, uma mistura de frustração e resignação no rosto. Ele se levantou, oferecendo uma mão primeiro a Run, que a aceitou com um agradecimento tímido, e depois a Kyoko. Quando seus dedos se tocaram, Kyoko sentiu outro choque elétrico, muito menor que os anteriores, mas ainda assim perceptível. Ela evitou seu olhar.
"Lala" Rito disse, sua voz mais firme agora, mas ainda carregada de exasperação. Ele apontou para a corda agora inerte no chão. "Por favor… por favor… não deixe suas invenções jogadas pela casa. Especialmente as que se movem e amarram pessoas. Olha essa bagunça." Ele gesticulou para os cacos de cerâmica espalhados. "Poderia ter sido muito pior. Alguém poderia se machucar seriamente."
Lala olhou para os cacos e então para a expressão séria de Rito. Seu rosto animado caiu um pouco, substituído por um ar genuinamente arrependido. "Ah… você está certo, Rito. Desculpa! Eu fui desleixada." Ela se curvou e pegou a corda, enrolou-a rapidamente e enfiou-a no bolso (de onde, provavelmente, sairia novamente). "Eu prometo tentar me lembrar de guardar melhor! Vou ajudar a limpar isso!"
Enquanto Lala e Mikan (que chegou com vassoura e pá) começavam a lidar com os cacos, e Run ainda corada, murmurando algo sobre ir ao banheiro, Kyoko ficou parada, imóvel. O mundo ao seu redor parecia ter desacelerado, reduzido a sensações físicas queimando em sua memória corporal.
A pressão do joelho de Rito entre suas pernas… tão firme, tão intencional em sua consequência, mesmo sendo acidental. O peso sólido de seu corpo sobre o dela, esmagador e quente. O atrito do quadril dele roçando em sua cintura quando ele tentara se mover. O calor da virilha dele, tão perto… e depois, a imagem vívida da mão de Run ali. Cada ponto de contato era como uma brasa acesa sob sua pele, reacendendo uma fogueira interna que a envergonhava e excitava em igual medida.
Ela tocou o pescoço, onde o rosto dele se enterrara, e sentiu o eco do hálito quente. Baixou a mão discretamente até a cintura, onde sua mão se apoiara brevemente. Mas o foco principal, o centro da tempestade de sensações, estava mais baixo. Entre suas coxas, onde o joelho dele pressionara, uma calor latejante persistia, uma lembrança física tão intensa que parecia que ele ainda estava lá. A região íntima parecia estranhamente sensível, cada movimento das roupas contra a pele era amplificado.
"Ele tocou… lá. Mesmo sem querer… ele tocou." O pensamento rodopiava em sua mente, acompanhado pela imagem dos olhos lascivos que ele tivera antes, e pela voz áspera elogiando suas curvas. "Será que ele sentiu? Será que ele… gostou?" O rubor que queimava seu rosto nada tinha a ver com o constrangimento do acidente agora. Era pura, crua, excitação reprimida. Seu coração acelerado parecia querer fugir do peito, e uma onda de calor subiu por dentro dela, fazendo-a tremer levemente. A semente da paixão que começara a brotar com o abraço e os elogios agora recebia um regador de sensações físicas inesperadas, fazendo-a crescer com força e rapidez alarmantes.
O resto da tarde passou num borrão para Kyoko. Ela ajudou a limpar os cacos mecanicamente, respondeu a perguntas de Run e Lala com frases curtas e evitou qualquer contato visual prolongado com Rito. O cheiro dele na camiseta que vestia, porém, era uma presença constante, um lembrete tácito de tudo o que acontecera. Quando a chuva finalmente deu uma trégua, Run anunciou que era hora de ir embora.
Kyoko assentiu, ainda um pouco distante. "S-Sim. Obrigada pela hospitalidade." Ela fez uma pequena reverência, seus olhos encontrando os de Rito por uma fração de segundo. Ele sorriu, um sorriso gentil e normal, tão diferente do sorriso perverso ou da expressão desesperada do acidente.
"Foi bom ter vocês aqui. Tomem cuidado na rua, ainda pode estar escorregadio." Ele disse, sua voz calma reconfortante.
Run já estava calçando seus sapatos na entrada, animada. "Vamos, Kyoko! Amanhã temos aquele ensaio novo, lembra?"
Kyoko estava prestes a se virar para seguir Run quando Rito deu um passo à frente. Desta vez, a preocupação em seus olhos castanhos era profunda, quase desesperada. "Kyoko-san... por favor, um momento? É... é urgente."
O coração dela acelerou novamente, mas a seriedade na voz dele afastou momentaneamente as memórias embaraçosas. "S-Sim, Rito-kun?"
Rito olhou rapidamente para Run, que parou de amarrar o cadarço, curiosa, e então fixou Kyoko com intensidade. Ele baixou a voz, mas Run, agora atenta, ouviu. "Kyoko-san... você... você controla suas chamas com tanta precisão. Eu vi, uma vez, durante um ensaio... aquelas labaredas dançando em suas mãos, obedecendo ao seu comando." Ele engoliu seco, sua expressão carregada de angústia. "Eu... eu preciso desesperadamente de ajuda."
Kyoko ficou surpresa, seu rubor anterior dando lugar à confusão. "Minhas... chamas? Você viu? Mas... como posso ajudar você?"
Rito fechou os punhos, as costas tensas. "É... é diferente. Muito diferente e muito mais perigoso." Ele olhou em volta, como se temesse que suas palavras pudessem materializar a ameaça. "Eu... eu não posso mais ir para a escola, Kyoko-san." A revelação saiu como um soco. "Desde que... desde que aquilo começou. Eu aciono coisas sem querer. Portais. E... e uma coisa pior. Uma esfera. Parece uma bolha dourada... e qualquer coisa que ela toca... desaparece. É engolida. Mandada para... para algum lugar. Um vazio. Eu não sei onde as coisas vão parar, Kyoko-san. Só sei que somem." Sua voz trêmula carregava o peso do pânico. "Foi assim que começou. Um dia, acidentalmente, na escola... um portal se abriu abaixo de mim e eu cai no vestiário feminino. E a esfera... engolindo uma bancada de madeira inteira. A Doutora Mikado achou melhor eu aprender a controlar esse poder, antes de voltar a escola... ela me suspendeu."
Kyoko ficou paralisada. O mundo ao seu redor – Run boquiaberta, os sons distantes da limpeza – desfocou. A força descomunal no abraço, os movimentos súbitos... tudo se encaixava em um contexto aterrorizante. O olhar "lascivo" que ela interpretara mal era, na verdade, o terror de alguém lutando contra forças catastróficas dentro de si. Uma onda avassaladora de compaixão e preocupação tomou conta dela, misturada ao resquício da atração física. Ele estava assustado e confiando nela.
"Rito-kun..." ela sussurrou, a voz rouca pela comoção. "Isso... isso é sério. Muito sério." Ela respirou fundo, fechando as mãos à frente do corpo, sentindo uma faísca quente e familiar pulsar nas palmas – um reflexo inconsciente de seus próprios poderes. "Controlar algo assim... é um desafio enorme. Diferente do fogo, mas... o princípio de domínio interno, de foco absoluto... talvez seja similar." Ela olhou diretamente para ele, seus olhos ganhando uma determinação férrea. "Se você realmente quer aprender... eu tenho tempo. Pelos próximos dias." A agenda lotada de ensaios e estudos evaporou de sua mente. Nada era mais importante do que evitar que Rito machucasse alguém. "Podemos começar amanhã. Aqui, ou em algum lugar seguro, isolado."
O alívio que inundou o rosto de Rito foi como o sol rompendo nuvens carregadas. Seus ombros afundaram, a tensão escapando num suspiro longo e trêmulo. "Kyoko-san... você faria isso? Sério?" Os olhos dele brilharam com umidade contida. "Muito obrigado! Eu... eu não mereço, mas... obrigado! Amanhã perfeito. Aqui em casa. É o lugar mais... controlado que temos, por causa da Lala."
"Claro" Kyoko concordou com um aceno firme. "Apareço logo após o almoço."
Run cruzou os braços com força, inflando o peito. "Se isso é sobre treinar poderes de fazer coisas sumirem e salvar o Rito de ser expulso da escola, então eu também vou ajudar! Sou a melhor amiga da Kyoko! E amiga do Rito! Tenho todo o direito de saber e ajudar!" Seus olhos cintilavam com determinação inquebrável e uma curiosidade insaciável. "Amanhã, eu apareço aqui também!"
Kyoko suspirou internamente. O treino delicado e perigoso que ela imaginara agora incluía uma força da natureza chamada Run. Mas o olhar resoluto da amiga e o desespero mudo de Rito deixaram claro que resistir era inútil. Talvez, num milagre, Run até ajudasse a distrair ou acalmar o clima.
"Tá bem, Run" Kyoko capitulou, com um leve abanar de cabeça. "Amanhã, após o almoço. Aqui. Mas prometa que vai ficar queita e seguir as instruções à risca. Isso não é brincadeira."
"PROMETO!" Run gritou, pulando de empolgação, qualquer mágoa esquecida. "Treino de poderes ultra-secretos! Mal posso esperar!"
Rito olhou para as duas, uma mistura de gratidão e apreensão no rosto. O caminho à frente era perigoso e imprevisível, mas pela primeira vez desde que os poderes infernais surgiram, uma centelha de esperança brilhou. Ele tinha uma aliada poderosa e experiente. E amanhã... amanhã começaria sua luta para reconquistar o controle de sua vida – e talvez, voltar para escola.
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