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To Love-Ru Darkness 3: Onde as Estrelas se Dissolvem
Escrita por: Matheus Leandro (Magnatah)
Capítulo 9 - O Retorno do Rei
No Capítulo Anterior...
Enquanto ele empurrava o portão com uma mão que ainda guardava o eco da força brutal e o fantasma do toque suave, a única certeza que tinha era que amanhã traria novos desafios, novos constrangimentos exponencialmente maiores e, muito provavelmente, mais perguntas assustadoras do que respostas reconfortantes. A marca na bochecha ardia, um lembrete silencioso e inescapável de que algumas linhas, uma vez cruzadas – seja pela força das sombras ou pelo calor de um beijo impulsivo –, nunca, jamais, poderiam ser apagadas.O caminho de volta à qualquer ilusão de normalidade parecia ter desaparecido na escuridão do beco, junto com o homem que ele derrubara.
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Casa dos Yuuki...
O portão da casa dos Yuuki rangiu quando Rito o empurrou. O ar da da noite carregava o cheiro de flores do jardim e... uma tensão palpável. Ele mal teve tempo de respirar quando um turbilhão e lágrimas se atirou contra ele.
"ONII-CHAN! IDIOTA! IDIOTA! IDIOTA!"
Era Mikan, seu rosto encharcado, os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. Ela o agarrou com uma força desesperada, os punhos batendo fracamente em seu peito enquanto soluçava. "Eu pensei... pensei que nunca mais ia te ver depois daquela briga! Não deveria ter sido tão cruel! Me perdoa, Onii-chan! Me perdoa!" Seu choro era de alívio e culpa, um som que ecoou no peito de Rito como uma facada. Ele a envolveu num abraço apertado, enterrando o rosto em seu cabelo.
"Shh... estou aqui, Mikan. Estou bem" sussurrou ele, sua voz mais rouca do que antes, mas cheia de uma ternura que acalmou os soluços dela. Foi quando ele viu Nana, encostada na porta de casa, os braços cruzados, tentando parecer indiferente. Mas os olhos dela estavam brilhando, e ela mordia o lábio inferior com força para conter as lágrimas. Rito, com uma percepção aguçada, percebeu a dor por trás da fachada tsundere.
"Nana..." ele chamou, soltando Mikan mas mantendo um braço sobre os ombros dela. "Também senti sua falta." Ele estendeu a outra mão.
"Q-que?! Não senti sua falta, besta!" Nana protestou, virando o rosto. Mas Rito não se deixou enganar. Com um passo rápido, ele a puxou para o abraço, envolvendo ambas. Nana ficou rígida por um segundo, um "H-hey!" de protesto saindo dela... antes de seu corpo relaxar, e ela enterrou o rosto no ombro dele, um soluço abafado escapando. "Idiota... não faça isso de novo" ela murmurou, suas lágrimas finalmente escorrendo, manchando a blusa dele. Momo e Mikan, observaram boquiabertas – Nana, a tsundere mais feroz, abraçando Rito e chorando?
Foi então que Momo apareceu na porta, seus olhos roxos enormes, encharcados. Ela não correu. Caminhou até ele com passos firmes, seu rosto uma mistura de alívio e... raiva?
"Rito-san" ela começou, sua voz trêmula mas contida. "Você... você..." Ela parou na frente dele, ainda abraçando Nana e Mikan. Então, seu punho cerrado subiu... e acertou seu peito, sem força. "IDIOTA! GRANDE IDIOTA!" O desabafo veio num jorro. "Você me fez dormir sozinha em uma cama fria por UMA SEMANA INTEIRA! Sabe como é horrível? Sabe como eu me senti? Acordar e não sentir seu calor, seu cheiro... só um vazio gelado!" Seu rosto estava vermelho, não de vergonha, mas de emoção reprimida. "Nunca... NUNCA me assuste assim de novo! Prometa!"
Rito ficou paralisado pela explosão emocional de Momo. Ela não estava sendo calculista ou sedutora. Estava realmente magoada. Assustada. Ele soltou as outras duas e abriu os braços para ela. "Momo... eu prometo. Sinto muito." Ela caiu em seus braços, seu corpo tremendo, finalmente deixando as lágrimas fluírem livremente enquanto sussurrava contra seu peito: "Idiota... idiota..."
Foi a vez de Lala. Ela estava atrás de Momo, hesitante, seus olhos verdes-esmeralda cheios de uma dor profunda que Rito nunca vira nela antes. Seus longos cabelos rosa pareciam sem vida. Ela se aproximou lentamente, evitando seu olhar.
"Rito..." a voz dela era um fiapo. "Eu... eu estou tão, tão arrependida." Ela começou a tremer. "Foi minha culpa. Minha invenção estúpida... eu quase te matei. Eu..." Ela engasgou, lágrimas rolando livremente. "Eu juro, Rito, juro que nunca mais vou criar nenhuma invenção! Nunca mais! Eu não quero te machucar de novo! Eu não..." Ela não conseguiu continuar, cobrindo o rosto com as mãos.
O silêncio que se seguiu foi pesado. Todos olhavam para Lala, a fonte de alegria constante da casa, quebrada pela culpa. Rito sentiu algo dentro dele – não só a bondade dele, mas uma determinação mais firme – se mover. Ele se soltou de Momo e fechou a distância até Lala em dois passos. Ele colocou as mãos firmemente em seus ombros, forçando-a a olhar para ele. Seus olhos, fixaram-se nos dela com uma intensidade que fez Lala prender a respiração.
"Lala Satalin Deviluke" ele disse, sua voz clara e forte, ecoando no jardim. "Jamais. Repita. Isso. De novo." Ele inclinou-se ligeiramente, seus olhos queimando os dela. "Você é a garota mais inteligente, mais incrível, mais maravilhosa que eu conheço." Cada palavra era uma martelada. "Sua mente, sua criatividade... elas são parte de quem você é. Não deixe o medo, não deixe nada, apagar a luz que te faz feliz." Ele puxou-a um pouco mais para perto. "Entendeu? Minha Princesa."
Ele a chamou de "Minha Princesa". E enquanto falava, seus olhos, involuntariamente, desceram e fixaram-se em seus lábios e ligeiramente entreabertos. A tensão era elétrica. A preocupação, a culpa, a saudade, a paixão reprimida por tanto tempo... e a absorssão do Darkness, que corroía suas inibições... tudo convergiu naquele momento. O "eu" atual, mais confiante e menos contido, viu a barreira e simplesmente a ignorou.
Ele se lembrou do beijo na bochecha que Mio lhe dera. Uma onda de culpa o invadiu, como se tivesse traído Lala. Usando mais essa justificativa, avançou.
Rito inclinou-se. Não foi rápido, nem desajeitado. Foi deliberado. Seus lábios encontraram os de Lala com uma suavidade que contrastava com a intensidade de seu olhar.
Foi como se um circuito se completasse. O primeiro beijo deles.
Lala ficou imóvel por uma fração de segundo, surpresa. Então, seus olhos fecharam-se, e um pequeno gemido escapou de sua garganta. Ela respondeu. Instintivamente, apaixonadamente. Seus braços se enrolaram em volta de seu pescoço, puxando-o mais para perto. E então, em um movimento natural, quase inocente em sua ousadia, sua língua tocou timidamente a língua dele.
"O sabor de Lala é doce - algo unicamente dela." Rito pensou, sentindo seu coração acelerar quando suas línguas se tocaram timidamente, uma sensação tão nova quanto eletrizante.
Depois de alguns segundos, Rito recuou, surpreso pelo contato úmido e quente. Seus olhos se encontraram novamente, ofegantes. Um fiozinho prateado de saliva os conectou por um instante antes de se romper.
"O Rito... me beijou..." Lala sussurrou, tocando os próprios lábios com os dedos, seus olhos verdes enormes, desfocados, cheios de incredulidade e pura, radiante felicidade. "Ele me ama... Ele realmente me ama... Não acredito... Finalmente... Finalmente beijei ele..." Ela ficou ali, perdida em um êxtase silencioso, um sorriso bobo estampado no rosto, repetindo mentalmente o momento.
A paz durou exatamente dois segundos.
"VOCÊ OUSOU BEIJAR A ANE-UE, SUA BESTA NOJENTA!" O grito de fúria de Nana cortou o ar como uma lâmina. Ela avançou, seu punho cerrado erguido para acertar o rosto de Rito. Mas antes que o golpe descesse, Momo agiu. Com um movimento rápido, ela agarrou a base da cauda de Nana e apertou.
"Nyaaaah!~" Nana gritou, uma onda de fraqueza e rubor inundando seu corpo. Ela cambaleou, o braço caindo inerte ao lado do corpo. "L-Larga minha cauda, Momo!"
Momo, ainda com lágrimas secas no rosto mas agora com um sorriso triunfante, não soltou. "Olha pra ela, Nana" ela disse suavemente, apontando para Lala, que ainda estava flutuando alguns centímetros do chão, tocando os lábios e murmurando "Beijo... amor... Rito..." com um sorriso de orelha a orelha. "Ela está feliz. Feliz como nunca. Você quer estragar isso?"
Nana olhou para a irmã, sua fúria esmorecendo diante da expressão de pura alegria de Lala. Ela resmungou, olhando para baixo. "Mas ele... aproveitou..."
"Ele beijou ela porque quis" Momo corrigiu, soltando a cauda. "E ela claramente adorou."
Nana esfregou a base da cauda, corada. "Tá... tá bom. Mas se ele magoar ela..." Ela ameaçou Rito com o olhar.
Foi quando Mikan, que observava tudo com olhos críticos, falou. "Onii-chan... você tá diferente." Todos olharam para ela, exceto Lala. "Não só seu corpo parece mais... definido" ela disse, seus olhos percorrendo seus ombros mais largos, seu peitoral mais evidente sob a camisa, resultado da modificação corporal causada pela absorção da Darkness. "Mas você... você parece mais confiante. Menos tímido. Você foi lá e beijou a Lala na frente de todo mundo! O Onii-chan de antes teria desmaiado só de pensar nisso."
Rito respirou fundo, sentindo o olhar de todos sobre ele – curiosidade, preocupação, admiração (no caso de Lala, ainda perdida), e até um pouco de desconfiança (Nana). Era hora da verdade.
"Querem saber o que realmente aconteceu?" ele perguntou, sua voz calma. "Enquanto eu estava 'dormindo'... eu não estava descansando. Eu estava preso. Preso dentro da minha própria mente, lutando contra ela."
Ele começou a explicar o ocorrido.
//////////
(Flashback)...
Eu estava preso num lugar escuro, sendo perseguido por essa entidade que parecia a Yami, a 'Darkness'. Ela dizia que minha mente seria dela, mas eu resisti! Até que... vi memórias. Memórias reais: Lala chorando ao meu lado, Yami tentando não mostrar sofrimento, Mikan implorando pra eu acordar... Saber que eu estava causando aquela dor... foi pior que qualquer tortura.
Quando já não aguentava mais, tive uma ideia: em vez de lutar, aceitaria a escuridão. Mas impus uma condição: "Não machuque ninguém que eu amo!". Mergulhei na aura dourada dela, mesmo com medo. Foi horrível – como ser esmagado por dentro! Ela quase venceu...
E AÍ... ACONTECEU O INEVITÁVEL:
Nós tropeçamos (porque comigo tudo vira acidente!) e caímos... naquela posição ultraconstrangedora. Minha mão... bem, você sabe. Meu rosto... naquele lugar. EU JURO QUE NÃO FOI DE PROPÓSITO! Mas a vergonha foi TÃO forte que a aura azul que me cercava EXPLODIU!
A luz invadiu a escuridão dela, e num redemoinho, Darkness foi absorvida por mim. Agora... sinto algo diferente. Não sou mais tão tímido como antes. Alguns pensamentos... certos desejos... não consigo mais reprimir como antigamente.
//////////
O Pós-Explicação e o Novo Normal...
O silêncio na casa dos Yuuki era absoluto. Todos olhavam para Rito, processando a história insana que ele acabara de contar – perseguição mental, tentativa de dominação, e salvação por um tropeço que terminou com ele... bem, com ele no seio da Darkness.
Mikan estava boquiaberta. "Então... você dominou o poder... porque tropeçou e... acidentalmente...?"
"Sim" Rito confirmou, esfregando a nuca, um pouco envergonhado, mas sem o pânico habitual. "Funcionou."
Nana bufou. "Só podia ser você, besta." Mas não havia mais raiva, só resignação.
Lala, finalmente saindo do transe do beijo, puxou Rito para um novo abraço. Já inclinando-se para beijá-lo novamente, foi surpreendida por Celine, que pulou e agarrou o rosto de Rito. "MAU MAU!" Ela chorou, uma torrente de lágrimas escorrendo de seus olhos, seus pequenos braços envolvendo sua testa. "MAU!" Ela soluçava, grudada nele, recusando-se a soltar. Rito riu, acariciando suas folhas (cabelo) com ternura, mesmo sufocando um pouco. "Eu também senti saudades, Celine."
Enquanto Rito tentava acalmar Celine, Momo se aproximou dele. Seus olhos roxos não estavam mais cheios de lágrimas, mas de uma apreciação intensa e... algo mais. Algo predatório.
"Rito-san..." ela murmurou, sua voz um fio de seda. Ela passou a língua lentamente nos lábios, um gesto calculado. "Você está... realmente diferente." Sua mão se ergueu, não para abraçá-lo, mas para pousar em seu peitoral, sentindo os músculos definidos através da camisa. "Muito mais... tentador." Ela fez um movimento circular com a palma da mão. "Toda essa nova confiança... esse corpo forte..." Seus dedos subiram até o colarinho dele. "Faz uma garota pensar em coisas... proibidas." Ela se inclinou para perto de seu ouvido, seu hálito quente na sua pele. "Quer saber o que eu planejei para nós dois naquela cama fria?"
Rito sentiu um calafrio percorrer sua espinha – uma mistura de alarme e uma resposta inegável ao toque dela e à sua voz. A mente dele sussurrou aprovação.
"MOMO!" O grito de Nana foi agudo com raiva e constrangimento. Ela avançou, mas desta vez não mirou em Rito. Com precisão de atiradora, ela agarrou a ponta da cauda de Momo e apertou com força.
"KYAAAAAA~♥!" Momo soltou um gemido agudo e totalmente inapropriado, seu corpo curvando-se instantaneamente, toda a força drenada, seu rosto explodindo num rubor profundo. Ela soltou Rito como se estivesse quente, encolhendo-se. "N-Nana! Isso é trapaça!"
Nana soltou a cauda com um puxão final, corada mas satisfeita. "Estamos quites!
Momo ficou ofegante, apoiando-se na parede, ainda tremendo. "M-Mesquinha..."
Mikan observou a cena, depois voltou seu olhar para Rito, que estava agora libertando Celine de seu rosto. "Onii-chan... você não só dominou aquele poder" ela disse, sua voz séria. "Ele também mudou você. Você ainda é gentil, eu sinto isso. Mas você é mais... direto. Menos tímido. Como se uma parte de você que estava sempre presa... tivesse se soltado."
Rito olhou para suas mãos, sentindo uma energia estranha fluir pelo seu corpo. Sentiu a confiança nova, a diminuição da ansiedade paralisante. Ele olhou para Lala, ainda tocando os lábios e sorrindo; para Momo, recuperando o fôlego mas com um olhar ainda quente; para Nana, ainda corada mas menos hostil; para Mikan, preocupada mas aliviada; para Celine, agarrada à sua perna.
"Sim" ele admitiu, um pequeno sorriso jogando nos cantos de sua boca – um sorriso que tinha um traço da ousadia de Darkness. "Eu mudei. Mas uma coisa não mudou." Ele olhou para cada uma delas. "Eu vou proteger todas vocês. Com essa nova força... e com todos os tropeços que forem necessários."
Sob o véu da noite, a casa dos Yuuki recebeu o regresso de Rito. Ele estava em casa. Estava diferente. E o verdadeiro impacto do Darkness em seu coração e em seu harém em formação... mal havia começado. A jornada para aceitar seus desejos, e a luz que ela desbloqueou nele, estava apenas no primeiro passo. E o beijo com Lala? Aquele era apenas o primeiro de muitos que a nova confiança de Rito traria.
"O sabor de Lala é doce - algo unicamente dela." Rito pensou, sentindo seu coração acelerar quando suas línguas se tocaram timidamente, uma sensação tão nova quanto eletrizante.
Depois de alguns segundos, Rito recuou, surpreso pelo contato úmido e quente. Seus olhos se encontraram novamente, ofegantes. Um fiozinho prateado de saliva os conectou por um instante antes de se romper.
"O Rito... me beijou..." Lala sussurrou, tocando os próprios lábios com os dedos, seus olhos verdes enormes, desfocados, cheios de incredulidade e pura, radiante felicidade. "Ele me ama... Ele realmente me ama... Não acredito... Finalmente... Finalmente beijei ele..." Ela ficou ali, perdida em um êxtase silencioso, um sorriso bobo estampado no rosto, repetindo mentalmente o momento.
A paz durou exatamente dois segundos.
"VOCÊ OUSOU BEIJAR A ANE-UE, SUA BESTA NOJENTA!" O grito de fúria de Nana cortou o ar como uma lâmina. Ela avançou, seu punho cerrado erguido para acertar o rosto de Rito. Mas antes que o golpe descesse, Momo agiu. Com um movimento rápido, ela agarrou a base da cauda de Nana e apertou.
"Nyaaaah!~" Nana gritou, uma onda de fraqueza e rubor inundando seu corpo. Ela cambaleou, o braço caindo inerte ao lado do corpo. "L-Larga minha cauda, Momo!"
Momo, ainda com lágrimas secas no rosto mas agora com um sorriso triunfante, não soltou. "Olha pra ela, Nana" ela disse suavemente, apontando para Lala, que ainda estava flutuando alguns centímetros do chão, tocando os lábios e murmurando "Beijo... amor... Rito..." com um sorriso de orelha a orelha. "Ela está feliz. Feliz como nunca. Você quer estragar isso?"
Nana olhou para a irmã, sua fúria esmorecendo diante da expressão de pura alegria de Lala. Ela resmungou, olhando para baixo. "Mas ele... aproveitou..."
"Ele beijou ela porque quis" Momo corrigiu, soltando a cauda. "E ela claramente adorou."
Nana esfregou a base da cauda, corada. "Tá... tá bom. Mas se ele magoar ela..." Ela ameaçou Rito com o olhar.
Foi quando Mikan, que observava tudo com olhos críticos, falou. "Onii-chan... você tá diferente." Todos olharam para ela, exceto Lala. "Não só seu corpo parece mais... definido" ela disse, seus olhos percorrendo seus ombros mais largos, seu peitoral mais evidente sob a camisa, resultado da modificação corporal causada pela absorção da Darkness. "Mas você... você parece mais confiante. Menos tímido. Você foi lá e beijou a Lala na frente de todo mundo! O Onii-chan de antes teria desmaiado só de pensar nisso."
Rito respirou fundo, sentindo o olhar de todos sobre ele – curiosidade, preocupação, admiração (no caso de Lala, ainda perdida), e até um pouco de desconfiança (Nana). Era hora da verdade.
"Querem saber o que realmente aconteceu?" ele perguntou, sua voz calma. "Enquanto eu estava 'dormindo'... eu não estava descansando. Eu estava preso. Preso dentro da minha própria mente, lutando contra ela."
Ele começou a explicar o ocorrido.
//////////
(Flashback)...
Eu estava preso num lugar escuro, sendo perseguido por essa entidade que parecia a Yami, a 'Darkness'. Ela dizia que minha mente seria dela, mas eu resisti! Até que... vi memórias. Memórias reais: Lala chorando ao meu lado, Yami tentando não mostrar sofrimento, Mikan implorando pra eu acordar... Saber que eu estava causando aquela dor... foi pior que qualquer tortura.
Quando já não aguentava mais, tive uma ideia: em vez de lutar, aceitaria a escuridão. Mas impus uma condição: "Não machuque ninguém que eu amo!". Mergulhei na aura dourada dela, mesmo com medo. Foi horrível – como ser esmagado por dentro! Ela quase venceu...
E AÍ... ACONTECEU O INEVITÁVEL:
Nós tropeçamos (porque comigo tudo vira acidente!) e caímos... naquela posição ultraconstrangedora. Minha mão... bem, você sabe. Meu rosto... naquele lugar. EU JURO QUE NÃO FOI DE PROPÓSITO! Mas a vergonha foi TÃO forte que a aura azul que me cercava EXPLODIU!
A luz invadiu a escuridão dela, e num redemoinho, Darkness foi absorvida por mim. Agora... sinto algo diferente. Não sou mais tão tímido como antes. Alguns pensamentos... certos desejos... não consigo mais reprimir como antigamente.
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O Pós-Explicação e o Novo Normal...
O silêncio na casa dos Yuuki era absoluto. Todos olhavam para Rito, processando a história insana que ele acabara de contar – perseguição mental, tentativa de dominação, e salvação por um tropeço que terminou com ele... bem, com ele no seio da Darkness.
Mikan estava boquiaberta. "Então... você dominou o poder... porque tropeçou e... acidentalmente...?"
"Sim" Rito confirmou, esfregando a nuca, um pouco envergonhado, mas sem o pânico habitual. "Funcionou."
Nana bufou. "Só podia ser você, besta." Mas não havia mais raiva, só resignação.
Lala, finalmente saindo do transe do beijo, puxou Rito para um novo abraço. Já inclinando-se para beijá-lo novamente, foi surpreendida por Celine, que pulou e agarrou o rosto de Rito. "MAU MAU!" Ela chorou, uma torrente de lágrimas escorrendo de seus olhos, seus pequenos braços envolvendo sua testa. "MAU!" Ela soluçava, grudada nele, recusando-se a soltar. Rito riu, acariciando suas folhas (cabelo) com ternura, mesmo sufocando um pouco. "Eu também senti saudades, Celine."
Enquanto Rito tentava acalmar Celine, Momo se aproximou dele. Seus olhos roxos não estavam mais cheios de lágrimas, mas de uma apreciação intensa e... algo mais. Algo predatório.
"Rito-san..." ela murmurou, sua voz um fio de seda. Ela passou a língua lentamente nos lábios, um gesto calculado. "Você está... realmente diferente." Sua mão se ergueu, não para abraçá-lo, mas para pousar em seu peitoral, sentindo os músculos definidos através da camisa. "Muito mais... tentador." Ela fez um movimento circular com a palma da mão. "Toda essa nova confiança... esse corpo forte..." Seus dedos subiram até o colarinho dele. "Faz uma garota pensar em coisas... proibidas." Ela se inclinou para perto de seu ouvido, seu hálito quente na sua pele. "Quer saber o que eu planejei para nós dois naquela cama fria?"
Rito sentiu um calafrio percorrer sua espinha – uma mistura de alarme e uma resposta inegável ao toque dela e à sua voz. A mente dele sussurrou aprovação.
"MOMO!" O grito de Nana foi agudo com raiva e constrangimento. Ela avançou, mas desta vez não mirou em Rito. Com precisão de atiradora, ela agarrou a ponta da cauda de Momo e apertou com força.
"KYAAAAAA~♥!" Momo soltou um gemido agudo e totalmente inapropriado, seu corpo curvando-se instantaneamente, toda a força drenada, seu rosto explodindo num rubor profundo. Ela soltou Rito como se estivesse quente, encolhendo-se. "N-Nana! Isso é trapaça!"
Nana soltou a cauda com um puxão final, corada mas satisfeita. "Estamos quites!
Momo ficou ofegante, apoiando-se na parede, ainda tremendo. "M-Mesquinha..."
Mikan observou a cena, depois voltou seu olhar para Rito, que estava agora libertando Celine de seu rosto. "Onii-chan... você não só dominou aquele poder" ela disse, sua voz séria. "Ele também mudou você. Você ainda é gentil, eu sinto isso. Mas você é mais... direto. Menos tímido. Como se uma parte de você que estava sempre presa... tivesse se soltado."
Rito olhou para suas mãos, sentindo uma energia estranha fluir pelo seu corpo. Sentiu a confiança nova, a diminuição da ansiedade paralisante. Ele olhou para Lala, ainda tocando os lábios e sorrindo; para Momo, recuperando o fôlego mas com um olhar ainda quente; para Nana, ainda corada mas menos hostil; para Mikan, preocupada mas aliviada; para Celine, agarrada à sua perna.
"Sim" ele admitiu, um pequeno sorriso jogando nos cantos de sua boca – um sorriso que tinha um traço da ousadia de Darkness. "Eu mudei. Mas uma coisa não mudou." Ele olhou para cada uma delas. "Eu vou proteger todas vocês. Com essa nova força... e com todos os tropeços que forem necessários."
Sob o véu da noite, a casa dos Yuuki recebeu o regresso de Rito. Ele estava em casa. Estava diferente. E o verdadeiro impacto do Darkness em seu coração e em seu harém em formação... mal havia começado. A jornada para aceitar seus desejos, e a luz que ela desbloqueou nele, estava apenas no primeiro passo. E o beijo com Lala? Aquele era apenas o primeiro de muitos que a nova confiança de Rito traria.
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Até que fim
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